22 de novembro de 2011

O VLT e o trem bala (*)


VLT e Trem Bala

Uma declaração de Udo Dohler serviu para colocar em pauta o tema do VLT ou metro de superfície, gente que entende do riscado, acha que é viável e que esta na hora de começar a pensar nisto, sob risco que nunca seja possível. Gente que esta no governo municipal e que da noite para o dia virou especialista no tema, a defendendo o modelo movido a pneu e diesel, mais barulhento, poluidor e de tecnologia ultrapassada. Acrescentam ainda a informação saída quem sabe de onde que este modal de transporte só é adequado para cidades com mais de 1.000.000 de habitantes, seria conveniente avisar as prefeituras de Delft, na Holanda, ou de Grenoble ou Dijon na França por citar só algumas cidades de pequeno ou médio porte que tem menos de 500.000 habitantes que o VLT não é adequado.

Empresários do setor do transporte coletivo consideram que um VLT ligando nada a coisa nenhuma e sem integração não é rentável, e não estão isentos de razão. O governo da presidente Dilma, coincidentemente do mesmo partido que a equipe que governa Joinville, tem desenvolvido um modelo de investimento em transporte publico, para o Trem Bala, que caso saia do papel, algum dia ligará Campinas – São Paulo e o Rio de Janeiro. O modelo da engenharia financeira, utiliza o velho e bom BNDES, e permite que os empresários participem do investimento com 30% do valor e banco publico aporte os outros 70 %. Um modelo capaz de convencer o inversor mais temeroso. Ainda para ajudar a viabilizar o negocio esta prevista uma garantia da demanda de passageiros por meio de subsídios ou de mágicas financeiras.

O trem bala tem que balizar preços com a ponte aérea, que é a seu principal concorrente. O transporte coletivo de Joinville, concorre com carro usado, motos, com prestações do tamanho do custo de passagem de ônibus.


Estimular ou não o uso do transporte coletivo é uma decisão que precisa ser tomada, o que até agora não tem acontecido, ao contrario ao longo do tempo, temos contribuído a criar e consolidar a situação atual, o aumento do perímetro urbano, a incorporação de gratuidades e subsídios sociais, lançados integralmente sobre a tarifa, tem feito que o modelo atual seja caro e concorra em desvantagem com outros modelos de transporte, mais rápidos e mais econômicos.

Colocar Joinville as portas do futuro, ou continuar apostando em modelos ultrapassados é uma decisão de governo, a diferença de decisões de cidade e de governo e sutil, as primeiras são de longo prazo e são estratégicas, as segundas tem um horizonte de no máximo quatro anos e uma abordagem mais paroquial.

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