Administrar uma casa, uma família, inclusive uma
pequena empresa é mais complexo do que pode parecer, os recursos são limitados
e é difícil atender todos interesses a contento.
Administrar uma cidade, um estado ou um país é
muito mais complexo. A estrutura necessária para superar este desafio muda caso
a caso. No Japão, por exemplo, o primeiro ministro Naoto Kan consegue reunir
todo o gabinete formado por 8 ministros em quaisquer sala do palácio de
governo. O presidente Barack Obama, precisaria convocar só a 15 secretários de
estado, equivalente norte-americano ao cargo de ministro. A Chanceller alemã
Ângela Merkel precisa de 16 ministros para governar o país.
No Brasil são necessários 38 ministros para poder
acomodar todos os partidos aliados e atender todos os acordos feitos durante a
campanha eleitoral, alguns ministérios são tão exóticos como o da Pesca, a
igualdade racial, das cidades, do esporte ou os dois ministérios um da agricultura
e outro do desenvolvimento agrário. O presidente da Câmara de Gestão, criada
pelo Planalto, o empresário Jorge Gerdau, acha que não se pode trabalhar com
23,5 mil assessores de confiança na estrutura política e tem razão. Se cada um
dos 38 ministros fizesse um breve relato da sua pasta, coisa de 15 minutos,
tempo improvável em se tratando de gente em geral bastante loquaz e prolixa,
seria preciso uma reunião ministerial de no mínimo 9 horas e meia.
Em Joinville, o prefeito Carlito Merss, conta com
uma equipe de 11 secretários centrais, 14 secretários regionais, 10 presidentes
de fundações e companhias. Sem contar miríades de auxiliares e achegados, uma
equipe de 35 homens e mulheres comprometidos com um único objetivo fazer o
melhor por Joinville. Caso tomasse a iniciativa de promover uma reunião de
trabalho do primeiro escalão, não conseguiria que reunião durasse menos de 8
horas se cada um fizesse um relato bem sintético do que anda ou não fazendo.
Reduzir o numero de secretarias, de cargos
comissionados para passar a contar com uma equipe mais enxuta e capaz
envolveria um enorme custo político e consumiria um patrimônio politico que o prefeito
já não tem. Por outro lado a resistência que os próprios vereadores, tanto os
de oposição como inclusive os de situação tem para reduzir o numero de cargos, no
executivo, escancara uma atitude irresponsável na busca e preservação de mais
vagas para afilhados políticos e apaniguados próximos, no que deve ser visto
como uma atitude estranha e a todas luzes prejudicial aos interesses maiores da
cidade a que também eles deveriam servir.
É verdade. Uma equipe enxuta sempre será mais eficiente.
ResponderExcluirE o que dizer então da equipe que governa o estado? Já perdi a conta da quantidade de "secretarias" que foram criadas por LHS e que o Colombo não tem coragem de acabar.
Acho que não é uma doença local, mas sim nacional.
E o antídoto, que deveria ser o voto, parece que não funciona. Ao contrário, tem alimentado a doença.
Prezado Nelson
ResponderExcluirO texto ressalta que o governo federal tem 38 ministros e compara ainda estes números com os de outros países desenvolvidos.
Você tem razão o governo do estado segue a mesma linha. Quanto mais gente menos se trabalha e piores os resultados.
Sabe Jordi, o fato de não acontecer uma centralização de poder acarreta nesse número absurdo de secretários, assessores, puxa sacos, que gera as secretárias e por ai vai.
ResponderExcluirCom isso o Prefeito cada vez tem menor informação sobre o que acontece no seu reduto, contribuindo e muito com corrupção, excessos, desvios.
Uma central de informação ligada diretamente ao Prefeito, com um secretário da sua confiança, dificultária muito esses safados q vieram ficar por 4 anos enchendo o bolso, para aproveitar a vida depois que acabar a boquinha fácil.
O dia que nos cargos politicos houver a cobrança de METAS e se essas não forem alcansadas, eles fossem destituidos e se houve desfalque a reposição as coisas seriam diferentes, mais essa é uma claúsula dura demais para os nossos politicos e nosso país.