Surge uma nova bobagem
na campanha eleitoral. O novo alvo a abater é quem aparece primeiro nas
pesquisas, antes o tema era a sujeira ou a limpeza da ficha dos candidatos.
Agora o tema é a capacidade ou não para administrar e sobre o diferente que é
administrar uma empresa privada ou uma empresa pública. O debate é estéril,
porque não considera a administração uma ciência, baseada em conhecimentos
aprendidos, em técnicas conhecidas e na utilização de ferramentas de
planejamento, controle e gestão adequadas. Inclusive é estranho que o Conselho
Federal de Administração, o CRA, não tenha se manifestado e permita que uma
profissão tão importante seja tão maltratada.
Implicitamente o
objetivo deste debate, neste momento, é o de desacreditar ou desqualificar
aqueles que tem experiência em administração ou tenham a formação para atuar
como administradores, insinuando que este conhecimento não servira ou não é o
adequado para administrar as complexas e “sui generis” estruturas publicas que
se regem e seguem estranhos padrões e normas, que dificilmente chegarão a ser
dominadas por administradores oriundos da iniciativa privada e curtidos nas leis
do mercado, que para nada são seguidas na administração pública brasileira. O
melhor exemplo é o malfadado turno único, o estranho principio que rege aqui é
que é melhor trabalhar menos que trabalhar mais, trabalhando menos horas o
custeio se reduz e o custo da maquina passa a ser menor. Algo que com certeza
será incompreensível para qualquer um que tenha se formado num curso de
administração.
Analisando os princípios
e bases que segue a administração não há conceitualmente diferença entre uma
administração publica e outra privada. O que muda são os objetivos que cada
organização tem como meta. A menos que o que se faça no serviço público não
seja administração e recebe algum outro nome.
Se consideramos que administrar
é dirigir uma organização utilizando técnicas de gestão de e para as pessoas
para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com
responsabilidade social e ambiental. Não há nada aqui que esteja em desacordo
com o que se espera de um administrador público. O que se pode discutir e quais
são os objetivos e metas de cada organização, que podem ser até diferentes, mas
os princípios de eficiência, eficácia, economicidade e tantos outros são
basilares neste campo e se aplicam, ou deveriam aplicar-se a todas as
organizações.
O risco é alguem confundir administrar BEM e
faze-lo MAL. Quem nunca administrou
uma quitanda ou uma pequena loja dificilmente conseguira administrar com eficiência
uma empresa publica, uma fundação e menos ainda uma prefeitura ou uma cidade do
porte de Joinville.
Nenhum comentário:
Postar um comentário