5 de julho de 2008

Arrogancia 3


A surpreendente eficiência que a prefeitura tenta mostrar ao executar as obras correspondentes a implantação dos corredores de ônibus em algumas ruas centrais, pode gerar a imagem equivocada que o nosso governo municipal é ágil, rápido e organizado, nada mais longe da verdade.

Ao evidenciar que quando quer trabalha rápido, a prefeitura deixa também claro que quando não faz o que precisa ser feito, tampouco o faz porque não quer, dando aos eleitores a mensagem clara que as obras são implantadas ao sabor dos interesses pontuais e das vontades do governante de plantão.

Iniciar as obras, antes que seja assinada a ordem de serviço, mostra como a festa em torno da sua assinatura é desnecessária, a menos que as obras tenham sido, por conta da pressa, realizadas sem as licitações de rigor, o que seria ainda mais grave.

A rapidez com que foram iniciadas mostra que a prefeitura ja trabalhava bo projeto com anterioridade, não se contrata nem a pintura horizontal, nem as placas, nem os tachões de um dia para outro. Se as obras tivessem sido iniciadas sem os necessários estudos técnicos imprescindíveis e sem o obrigatório estudo de impacto de vizinhança, a situação representaria um degrau adicional no nível que atualmente apresenta.

A arrogância que tem caracterizado a forma de relacionamento entre esta administração municipal e a sociedade, devemos acrescentar um novo componente, que se já tinha sido, insinuado em ocasiões anteriores, não tinha ficada tão explicito, como agora, a truculência.

Esta forma de agir, não é a que a sociedade espera de um administrador municipal, ao contrario o joinvilense espera e deseja ser tratado com equanimidade, com educação e com mesura. Agir soturnamente não parece condizente com quem nada tem a temer ou a esconder, agir intempestivamente não parece a melhor forma de tratar um problema grave, que só tem ficado pior, pela própria inércia do poder publico, que conhecendo os problemas desde no mínimo faz mais de uma década, nada tem feito, alias por não fazer, nem tem sido capaz de manter pintadas e sinalizadas os corredores de ônibus existentes na Avd. JK.

Não planejar é próprio de quem improvisa. O resultado da improvisação e da falta de organização é um trabalho achavascado, cheio de erros e imperfeições, que precisa ser refeito depois, como ja aconteceu no remedo de binario nas ruas Jaragua, Conselheiro Arp, Marechal Deodoro e Lages. O que entre outros problemas ocasiona custos adicionais, re trabalho e o descontentamento da população que vê os recursos municipais sendo mal gastos pela falta de planejamento e organização.

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