1 de julho de 2008

Meia jornada


Um país, um estado, uma cidade cresce e se desenvolve pelo seu trabalho, é com o trabalho que se gera riqueza e desenvolvimento. Quanto mais arduamente trabalhemos maiores serão os resultados e antes colheremos os frutos.

A maioria das indústrias trabalha, em 3 turnos de 8 horas, sem parar, o comercio tem estendido o seu horário de atendimento, que em geral supera as doze horas por dia, numa semana de 6 dias. Nós mesmos, quase todos os dias, devemos depois da jornada de trabalho diário, complementar com trabalho e dedicação adicional, o que representa uma jornada que sempre supera as 8 horas.

Por contra as repartições publicas, desenvolveram a meia jornada, mantendo o mesmo salário, tiveram a sua carga horária reduzida. O motivo alegado é o de reduzir os gastos. Pois quanto menor a carga de trabalho, menos se consome luz, telefone, ar condicionado, cafezinho, material de expediente e demais despesas.

É claro que este tipo de decisão, é uma ofensa dupla, primeiro ofendem aos cidadãos que trabalham duramente e que alem de ver reduzida à qualidade e o tempo de atendimento dos serviços públicos, continuam pagando o salário integral, o que seria inadmissível na iniciativa privada. Segundo ofendem o bom senso, porque aceitar que os serviços públicos são menos custosos quando estão fechados, pode levar a conclusão, que poderíamos manter-los fechados por mais tempo, quem sabe fechar o mês todo.

Como os pagamentos são hoje feitos através do sistema bancário, podemos descobrir atônitos que não é preciso manter a estrutura publica funcionando.

Não parece lógico, que a redução da jornada, não tenha vindo acompanhada da redução salarial proporcional, tampouco parece lógico que seja possível cumprir o mesmo expediente de trabalho na metade do tempo, por isto a queda de qualidade no serviço publico.

Independentemente de como se mire, não é coerente que os princípios sagrados do trabalho e do desenvolvimento, sejam subvertidos desta forma. Pode ainda que esta meia jornada sirva para agigantar o divorcio que já existe entre o serviço publico e a sociedade que o utiliza e custeia.

Um país, um estado, uma cidade cresce e se desenvolve pelo seu trabalho, é com o trabalho que se gera riqueza e desenvolvimento. Quanto mais arduamente trabalhemos maiores serão os resultados e antes colheremos os frutos.

A maioria das indústrias trabalha, em 3 turnos de 8 horas, sem parar, o comercio tem estendido o seu horário de atendimento, que em geral supera as doze horas por dia, numa semana de 6 dias. Nós mesmos, quase todos os dias, devemos depois da jornada de trabalho diário, complementar com trabalho e dedicação adicional, o que representa uma jornada que sempre supera as 8 horas.

Por contra as repartições publicas, desenvolveram a meia jornada, mantendo o mesmo salário, tiveram a sua carga horária reduzida. O motivo alegado é o de reduzir os gastos. Pois quanto menor a carga de trabalho, menos se consome luz, telefone, ar condicionado, cafezinho, material de expediente e demais despesas.

É claro que este tipo de decisão, é uma ofensa dupla, primeiro ofendem aos cidadãos que trabalham duramente e que alem de ver reduzida à qualidade e o tempo de atendimento dos serviços públicos, continuam pagando o salário integral, o que seria inadmissível na iniciativa privada. Segundo ofendem o bom senso, porque aceitar que os serviços públicos são menos custosos quando estão fechados, pode levar a conclusão, que poderíamos manter-los fechados por mais tempo, quem sabe fechar o mês todo.

Como os pagamentos são hoje feitos através do sistema bancário, podemos descobrir atônitos que não é preciso manter a estrutura publica funcionando.

Não parece lógico, que a redução da jornada, não tenha vindo acompanhada da redução salarial proporcional, tampouco parece lógico que seja possível cumprir o mesmo expediente de trabalho na metade do tempo, por isto a queda de qualidade no serviço publico.

Independentemente de como se mire, não é coerente que os princípios sagrados do trabalho e do desenvolvimento, sejam subvertidos desta forma. Pode ainda que esta meia jornada sirva para agigantar o divorcio que já existe entre o serviço publico e a sociedade que o utiliza e custeia.

Publicado no jornal A Noticia

2 comentários:

  1. Olha , Jordi, eu tenho uma leitura um pouco diversa da tua sobre o fato.
    Sou radicalmente contra a 1/2 jornada(que nao é meia, é jornada de 6 horas , sem intervalo!) pelas razões que passo a enumerar:

    - a primeira, filosófica: O HOMEM FOI FEITO PARA aprender, aplicar o que aprendeu no seu TRABALHO, DESCANSAR E DESFRUTAR(ler, caminhar, ir ao cinema, conversar com amigos, passear, conhecer novos lugares, etc!) lamentavelmente, pela absurda concentraçao de riqueza que existe no planeta, somente alguns podem viver assim e, a cada dia MENOS PESSOAS PODEM FAZÊ-LO! de modo que nao será a jornada de trabalho dupla, tripla ou literalmente integral que fará este universo ficar mais generoso e azul.....E MENOS GROSSEIRO E INJUSTO! a história tem nos mostrado que nenhuma açao de justiça foi praticada sem luta , resistência e sofrimento. portanto, por sorte, neste instante, os que exploram estao numa posiçao bem confortável. só nao sei até quando! e nao estou falando aqui de revoluçao solicialista(pq a ignorancia das pessoas sempre pressupóe que qdo se pretende viver a suécia, aqui no "terceiro mundo", se é SUBVERSIVO ou COMUNISTA........), ESTOU FALANDO da possibilidade mínima de comer , dormir, vestir-se e locomover-se.

    - a segunda, que concordo que o funcionário público municipal é impressionantemente desmotivado e desqualificado e, consequentemente, incompetente, excetuando-se o da saúde, que é HERÓI! veja vc, que o LHS reduziu este horário, certamente, prá acomodar a gentarada que ele trouxe destes acordos indescentes que anda praticando! e aí.....................haja espaço prá tanto cabide! resultado: MESMO SALÁRIO HÁ 10 ANOS!!!!!!!!!!!!!!!sem cursos de atualizaçao, sem perspectiva de ascençao profissional, impedida pela realizaçao de concursos internos - mal da constituiçao de 88!
    em resumo: o gabeira foi perfeito qdo disse: sem tesao nao há soluçao! nao há mesmo!
    sabe a música do chico buarque? todo dia ela faz tudo sempre igual.......................se sacode as 6 horas da manha................me sorri um sorriso pontual.................

    ou seja: O DESFRUTE ACABOU! e vc sabe que o mal do século é o fim da serotonina.....................entao, nao dá prá se fazer uma análise assim tao fria e simplista!

    em terceiro lugar: eu conheci 2 empresários da mais alta respeitabilidade que , ao viverem o serviço público , indignaram-se com o tanto que nele se trabalha: FREITAG e LOYOLA. conheci, Jordi, os 2 lados da moeda e me sinto profundamente irritada e desrespeitada qdo alguém ousa sugerir que eu, na condiçao de funcionária pública, trabalho pouco e ganha muito!!!!!! me poupe! em que local vc contrata um executivo por R$6.000,00/mês? isto falando de um secretário municipal, sem querer ir aos ministérios onde um titular nao passa dos R$15.000,00...........é isto que ganha o Heinzelmann?????? o Furlan? o que é isto, Jordi?
    eu tenho advogado que os funcionários públicos e os políticos tem que ganhar MUITO, até para nao sucumbir a pressao do grande capital em detrimento dos que produzem a riqueza no mundo, com as suas maos. e que, se algum desses roubar, deve ser ENFORCADO em praça pública. agora...........o teu artigo desmoraliza um trabalhador sem defesa. apequenado! por isto tenho pensado em fazer um concursinho nesta prefeitura, prá ver se esta galera se agiganta. pq ela é incompetente pq reflete o propósito de seus gestores........... o que existe, Jordi, é um descontentamento brutal com a vida! a esperança sucumbiu à má fé e ao desrespeito.

    nao acho que deveríamos banalizar estas análises e esta avacalhaçao do que é público. pq nao é verdade! vou te dar um exemplo: os nossos médicos da rede municipal ganham entre R$1800,00 / 2000,00 para atenderem 250 pacientes/mês. o que significa, que ninguém quer ser médico da prefeitura, com excessao de alguns espertinhos que a usam prá "continuar o servico nas suas clínicas particulares" ou os que tem algum compromisso social. entao, a prefeitura, em vez de resolver isto com um plano de cargos e salários descente, contrata médicos "avulsos", ganhando R$5600,00/mês, para atenderem 200 pacientes....................e A GENTE QUER COBRAR O QUE??????????????? e isto nao é nada! e os exames especializados que nós pagamos o triplo para empresas fazerem NOS NOSSOS EQUIPAMENTOS, COM O NOSSO GEL, NOSSA GASE, NOSSOS FUNCIONÁRIOS???????????? entao, vamos dar pau nos gestores safados e irresponsáveis, Jordi. e deixemos os pobres funcionários públicos de FORA!, por favor????????? NAO HÁ QUEM POSSA SER FELIZ VENDO E SABENDO DISTO! NAO HÁ QUEM TENHA DESEJO DE PRODUZIR NADA!

    gente é gente em qq lugar! tem sentimento, desejo, necessidade, prazer, raiva, etc! a sua capacidade econômica nao é determinante das suas demandas existenciais! apenas, por sorte, este nosso povo foi treinado pela exploraçao a resignar-se. poderíamos ter importado um pouco do calor basco...............mas ficamos na submissao das correntes.

    e vc, como eu, sabe tb, que poucos povos trabalham como o nosso!!!!!!! cá entre nós! faz temmmmmmmmmpo que a "ciesta"nao existe mais por aqui! e agora , principalmente para o empregado da prefeitura municipal de joinville que, para sobreviver, tem que trabalhar das 3 as 10 da noite! ÉEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!

    estes dias estava revendo uma entrevista do Carlos Drumond de Andrade, na qual ele pontuava que, um país onde uma enfermeira ganha 3 salários mínimos, nao pode ser sério! pois é.................................entao, o problema nao é que a enfermeira que ganha 3 salários mínimos atende mal. é que como ela ganha 3 salários mínimos, ela tem que trabalhar jornada tripla (pq ainda tem a sua CASINHA) prá poder ganhar 6 e aí, certamente estará exaurida!

    olha, eu sou muito pouco leviana nas análises que faço sobre conjuntura. e também, nao ortodoxa, em nenhum sentido. só acho , sinceramente, contraproduscente, colocar a culpa em quem nao tem! acho que está na hora de enaltecer o esforço e destruir a má intençao e as más gestóes!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!lamentavelmente, bem sucedidas no privado e que qdo chegam ao público, descobrem a locupletaçao! estamos cheios de exemplos por aí!

    te falo isto como desabafo de amiga, sem nenhum rancor. inclusive com o direito de nao pontuar, acentuar, etc! já estou fazendo parte dos que advogam a supremacia da fonética sobre as demais regras...........rsrsr portanto,e este "desrespeito"com o idioma que aqui vês, é já uma acomodaçao mental ao futuro inexorável do fim do que nao importa na comunicaçao..........!!!!!!!!!!!

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  2. Sobre o artigo "Serviço público e meia jornada", de 13/8 (Jordi Castan, página 3), o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de SC (Sintespe) tem a esclarecer que os servidores públicos estaduais estão desde 2006 sem receber nenhum reajuste ou aumento salarial. Para piorar a situação, o governo não recebe as entidades representativas da categoria para abrir negociação salarial. Isso não ocorre na iniciativa privada, onde a legislação garante a data-base e, no mínimo, o reajuste anual dos salários pelo índice de inflação do período. É importante que o autor do artigo compreenda, assim como a sociedade catarinense, que a queda na qualidade do serviço público não é um reflexo apenas da redução de carga horário da categoria. A crise enfrentada pelos serviços públicos é conseqüência de uma política privatista que há anos vem sendo praticada por governos que vêm se alternando. De onde se conclui que a solução para o problema em questão não passa pelos trabalhadores do serviço público e sim pela vontade política dos governantes em aplicar uma política de recursos humanos moderna.

    Mario Antonio da Silva
    Presidente do Sintespe

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