R$ 26.496,00
Este é o preço dos 1.144 tachões refletivos que da para contar no meu caminho diário de casa ao trabalho. É muito? É pouco? Difícil de precisar. O certo é que a sua colocação tem sido objeto de tantos abusos e exageros, que o Código Brasileiro de Transito já proibiu a sua colocação no sentido perpendicular ao eixo da rua, pelo perigo que representam para o transito.
No caso de Joinville é só percorrer a maioria das ruas para verificar que a quantidade de tachões é superior, em muito, a que vemos em outras cidades. Em geral a tendência, entre os administradores do transito a tendência é a de priorizar, quando necessário, os tachões de menor porte, até porque são mais econômicos, menos perigosos para amortecedores e pneus. Para motociclistas e ciclistas os tachões maiores são um cerol no piso uma verdadeira ameaça. Em muitas cidades inclusive nem se utilizam este tipo de tachões ou quando se especificam, se faz com o maior parcimonia, só em situações excepcionais.
Joinville é sempre um caso aparte que merece um estudo detalhado e precisso. Por uma lado colocamos tachões em excesso e pelo outro faltam recursos ou vontade e deixamos sem repintar as faixas de pedestres na frente das escolas, os alunos um ano mais voltarão as aulas, sem as faixas pintadas. São prioridades diferentes.
Em alguns casos o uso dos tachões chama a atenção pelo exagerado, pelo excesso quase carnavalesco. Com certeza os técnicos de plantão afirmarão que "tudo recurso é pouco em nome da segurança", ou que "não podemos economizar para salvar vidas e deixar o transito menos perigoso", e não estão isentos de razão. A segurança deve ser priorizada, a que preço e com quais alternativas é o que precisa ser respondido. Para citar um exemplo recente deste excesso barroco, a Rua Conselheiro Lafayete, no Bairro Boa Vista, deve ter hoje a maior concentração de tachões por metro linear da cidade.
Agora você sabe, ao percorrer Joinville, você pode também fazer a conta mentalmente, se cada tachão refletivo custa R$ 23, é bem fácil R$ 23, R$ 46, R$ 69, R$ 92, R$... Entra governo, sai governo e algumas coisas não mudam, só se aperfeiçoam.
Publicado no Jornal A Noticia
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