27 de janeiro de 2010

A DIALÉTICA ESPAÇO TEMPORAL


Recebemos e publicamos este texto do Arqt. Arno Kumlehn, que contribui a formação do debate, serve para enriquecer o contraditório.


Esta é uma visão critica de quem não tem senso de critica afirmado no texto.


Além de mim, o texto a meu ver, veste muito bem varias pessoas (Jordi, Sergio, Rosana, Bustamante... tem mais,... inclusive gestores públicos que infelizmente estão na arquibancada apenas assistindo)


O texto deve ser lido juntamente com o artigo GESTORES publicado quarta feira, dia 27/01/10, pagina 3 do Jornal A Noticia.


O ser democrático deve aceitar qualquer manifestação de pensamento contraditório, minha analise do texto publicado é sobre a subversão ou falta de conceitos e visões sobre metodologias de trabalho dos envolvidos ou responsáveis.


Minhas verdades são minhas verdades. Elas estão sujeitas a serem alteradas.



A DIALÉTICA ESPAÇO TEMPORAL



(não confundir temporal com possibilidade de alagamento)


Alguns dos resultados práticos da gestão urbana de difíceis escolhas diárias esta em parte diretamente vinculado ao tempo gasto com planejamento urbano, é realmente difícil pensar Joinville apenas em meio expediente somado aos afazeres burocráticos. Resultado pratico ou concreto deste procedimento é os camaristas fazerem planejamento urbano apenas com leis.


Afirmar que existe “assincronia entre a dinâmica urbana e o tempo de construção” é o mesmo que dizer que Einstein é autor de uma fabula chamada “Teoria da Relatividade”, onde espaço e tempo se fundem para podermos reconhecer que cada um analisa um evento conforme a distância que se encontra dele. Portanto a construção da cidade faz parte de sua própria dinâmica. Apenas meio dia de analise torna a observação do evento urbano bem distante, diria quase míope. A teoria de Einstein ou a cidade quando bem estudadas demonstram não serem difíceis.


“Optar entre bom ou razoável, entre realizar o imperfeito ou permanecer no sonho” no meu entendimento não são palavras apropriadas aos gestores públicos, portanto vou continuar sonhando ouvir destes que optamos (democrática e participativamente) pelo melhor para a cidade e que faremos obrigatoriamente uma gestão competente dos recursos. Ao afirmar reconhecer que a gestão publica realiza o imperfeito, me faz lembrar um iluminista do século 18, que afirmou que “as coisas publicas se sustentam com o supérfluo do privado”. Para ficar mais claro, o anedotário popular conta que um construtor de obra publica chegou ao balcão para cobrar pelo serviço e apresentou duas notas fiscais. Ao ser interpelado pelo gestor publico pelas duas faturas escutou: uma é pela obra feita e a outra pelo conserto. Todos sabemos quem irá pagar as contas do imperfeito.


Os alagamentos, a falta de pavimentação, passeios, educação no transito são resultado de nossas incapacidades, patrocinado pelo modelo de “pensamento uno, linear e hierárquico”, portanto expressão material do que construímos. Muitos confundem erroneamente a expressão pós-modernismo apenas com um estilo de arte ou arquitetura, porém seu significado é mais amplo ao afirmar de que não temos apenas uma verdade sobre os eventos de nossa vivência e que todos devem interagir e se apropriar de muitas verdades. Kant, Ponty e Weber há décadas nos alertaram sobre estes assuntos: humildemente “mudando seu ponto de observação sobre o objeto você vera outra verdade”, portanto “o mundo não é como você vê, e sim como outros vêem” que nos obriga ao dialogo para definir a cidade “mais pelas dinâmicas e relacionamentos do que pela sua fisicidade”. A cidade rizoma vai muito alem do conceito da espacialidade física, parcialmente demonstrada por Christaller, “onde a importância dos agentes físicos é ofuscada pela ênfase dada a fatores econômicos e sociais”.


Quanto ao futebol, piano, tomates e o choro de crianças pequenas, nós é que devemos encarar com serenidade e paciência o discurso vazio dos mimados que não aceitam o contraditório.


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