Legislação estulta
Nada pode ser mais entretido que tentar cumprir o galimatías de leis, portarias, regulamentos e instruções normativas, que buscam ordenar o dia a dia das pessoas.
Quanto mais nos aprofundamos neste tema, mais nos convencemos que a estupidez humana é infinita.
Recentemente um empresário, proprietário de uma pequena empresa me procurou para contar o seu caso. A sua empresa de prestação de serviços é pequena, ele e um funcionário, para atender aos seus clientes precisa de equipamentos de segurança e cumprir a legislação sobre higiene e segurança no trabalho, com todos seus anexos e normas. Só não conseguiu ainda resolver, como proceder quando precisa entregar para si mesmo um equipamento de segurança, sejam uns óculos ou umas luvas. Ele precisa assinar duas vezes, como que entrega e que recebe ao mesmo tempo? Esta duplicidade não pode no futuro desenvolver nele dupla personalidade e decidir no futuro entrar com uma ação contra ele mesmo, por não ter entregue ou recebido os EPIs, que ele mesmo deveria entregar e receber?
Os empresários de empresas de menor porte têm pela frente um futuro complexo, aonde os seus maiores desafios não serão nem o mercado, nem a qualidade do seu serviço e dos seus produtos. Os grandes desafios do futuro estarão direcionados a sustentar uma maquina publica, cada dia mais pesada e ineficiente, que necessita criar leis e normas, para justificar a sua própria existência. Um modelo burocrático que pela sua complexidade e estupidez, exige tempo, esforço e principalmente dinheiro dos empresários e da sociedade, para manter esta estrutura publica mastodôntica, cada vez maior, mais lenta e mais ineficiente. O resultado é uma sociedade mais desordenada, com maiores conflitos e com pior desempenho.
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