14 de fevereiro de 2009

A outra Joinville


Me sinto como se tivesse acabado de acordar de um sonho e estou vivendo um pesadelo. Em pouco mais de 30 dias a Joinville maravilhosa, mais, super, melhor cantada em verso e prosa, como a melhor cidade do mundo, embalada por uma campanha publicitária que agora se mostra vazia e mentirosa, acabou. Não quedou rastro.


As Secretarias Regionais estão sucatadas, não é possível imaginar que isto tenha acontecido em 30 dias, à impressão que fica e que já estavam assim faz muito tempo e que esta informação era ocultada do joinvilense. Sem maquinas, sem peças de reposição, sem estrutura operacional adequada, fora das dúzias de cargos comissionados, as secretarias não conseguem atender as demandas mais preementes da população.


O turno intermediário continuará a pesar das promessas feitas durante a campanha eleitoral, por um e outro candidato. As afirmações do prefeito que saiu, se mostram hoje vazias e fantasiosas, as escolas continuam fechadas, as obras inacabadas e as chuvas, não podem ser utilizadas como escusa para os atrasos, que deixam novamente sem o direito a educação de qualidade.


Além da falta de remédio de uso continuado nos postos de saúde e nos PAs 24 horas, agora tambem os Joinvilenses que sofrem de câncer continuam sendo tratados com uma tecnologia antiquada e mais traumática, como a bomba de cobalto, construída na gestão Freitag, na primeira, se não me falha a memória. E uma nova casamata não foi construída, por descaso e sem-vergonhice, porque não se me ocorrem outras palavras para descrever a criminosa omissão, que condena aos pacientes, que dependem da saúde publica a recorrer a alternativas piores e menos eficazes que as disponiveis.


Não tem faltado recursos para a Arena, nem para o Bulevar, nem para a reforma das praças, todas feitas com recursos próprios do município, fora outras despesas e obras de duvidosa importância e necessidade. Como não tem faltado recursos para carros, celulares e assessores parlamentares na Câmara de Vereadores.


Porque só agora a imprensa noticia fatos que não são novos? Que mudou? Será que esta instaurada uma campanha de denuncismo? Com certeza que não pode ser acusado de denuncista quem mostra a verdade que estava oculta, que ficou mascarada por uma imprensa que parece ter estado comprometida com o poder, seja ele qual for. Quem informa tem a obrigação de fazê-lo com isenção, por dura que seja a verdade. Joinville tem o direito de saber e a imprensa, inclusive este jornal tem a obrigação com os seus leitores de informar, sem ocultar nada por grave que seja.


A imagem deste post esta disponível no site do jornal A Noticia


Publicado no Jornal A Noticia


Carta publicada no Jornal A noticia no dia 20 de Fevereiro

A outra Joinville

Quero parabenizar Jordi Castan pelo artigo “A outra Joinville” (17/2, página 10). Ele conseguiu repassar o sentimento de moradores dos diversos municípios de Santa Catarina onde houve mudança no poder.

Minha opinião é de que, na transição, contrate-se uma auditoria externa, para o fechamento das contas, sem ficar esse empurra-empurra de querer descobrir quem fala a verdade, se a atual administração ou a anterior. Outro fato é a preocupação se conta com a maioria ou não na Câmara de Vereadores.

Ora, vereador está lá para legislar e aprovar projetos que sejam bons para o município. Se cumprissem o papel para o qual foram eleitos, não precisava prefeito nenhum ficar preocupado se tem minoria ou maioria.

Claudio S. Sousa

São Francisco do Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...