Novos tempos. Agora o possível aumento da tarifa do transporte coletivo em Joinville, escapou dos gabinetes para ganhar a rua. Definitivamente temos uma maneira diferente de governar. A prefeitura Municipal de Joinville colocou no ar o blog do transporte coletivo com o objetivo claro da dar transparência a um debate que durante anos esteve restrito a um grupo fechado.
Alguns pontos porem precisam ser esclarecidos:
Primeiro é que não são as empresas as que poderiam ter divulgado a planilha, só a prefeitura municipal poderia ter tomado esta iniciativa. Não o fez durante décadas, é bom que o tenha feito agora.
Segundo, a divulgação pura e simples da planilha não é a solução, porem sinaliza de forma inequívoca uma nova forma de governar e principalmente de tratar o cidadão.
Terceiro, entidades representativas da sociedade organizada, como ACIJ, a Ajorpeme, CDL e outras, devem dar a sua contribuição a sociedade, participando da analise das planilhas e sugerindo alternativas, para que seja possível reduzir a espiral de aumentos, principalmente estas três entidades, durante anos tem alegado que não conheciam as planilhas e inclusive a boca pequena, lamentavam que o executivo municipal não as divulgasse, agora que tem a oportunidade, a sociedade não compreendera que fiquem caladas, as suas contribuições, para este debate, são imprescindíveis.
Finalmente, outras instituições representativas, como sindicatos patronais e laborais, associações de moradores e entidades de classe tem a oportunidade de agora em diante de tratar e ser tratados pelo poder publico municipal de uma forma diferente a aquela que tinha sido característica nos últimos anos. A sociedade ganhará se souber entender a mensagem e aproveitar a oportunidade.
Você escreveu: "Novos tempos. Agora o possível aumento da tarifa do transporte coletivo em Joinville, escapou dos gabinetes para ganhar a rua."
ResponderExcluirOs debates sobre aumentos das tarifas, a maneira como é administrado o transporte coletivo já veem sendo discutido nas ruas de Joinville há um bom tempo.
Posso citar como exemplo as manifestações populares, ligaddo as CEB`s, contra o aumento da tarifa, isso por volta de 1980-81.
Um outro exemplo foram as manifestações e pressões populares que acontecem desde 2003, onde a PMJ e as empresas ao determinaram um aumento, a população trouxe seus questionamentos.
Antes da abertura das planilhas pela PMJ, a Frente de Luta pelo Transporte Público se colou na ativa e trouxe questionamentos, onde de fato são considerados os interesses das pessoas da cidades, dos-as usuários-as e não a visão reduzir gastos, como são pontuados os discursos da ACIJ e afins.
Abraço
Maikon k
www.vivonacidade.blogspot.com
deixo como sugestão:
ResponderExcluirPArte 01
http://www.youtube.com/watch?v=oXFyIGYAJ94
Parte 02
http://www.youtube.com/watch?v=4EzVbreh0IY&feature=related
http://barraroaumento.blogspot.com/
abraço
maikon k
www.vivoancidade.blogspot.com
Fiz este comentário abaixo no Blog do Coletivo, este que a Prefeitura disponibilizou para tartar da tarifa. Curiosamente o comnetário até o momento não foi publicado, ou seja, presumo que tenha sido recusado. Alguém pode explicar porque?
ResponderExcluirEis o texto do comentário:
Primeiramente quero parabenizar o Prefeito Carlito pela iniciativa, ainda que esta forma impeça muitos dos usuários do transporte de participar ou conhecer mais sobre o que é a planilha, como são apropriados os custos, como é realizada a fiscalização e a gestão, esta ultima particamente inexistente no nosso sistema de transporte. É compreensível que neste pocuo tempo não fosse possível estruturar uma sistema de gestão e fiscalização competente, mas é fundamental que se mostre a vontade política, que foi excluída como prioridade nos últimos anos. Creio que a disponibilidade da planilha é um passo importante e nescessário, mas existe um outro condicionante e premissa, o DEBATE. Vimos nos últimos tempos uma prática oficial de reação contra o debate. O IPPUJ não se abriu, foi reticente e reagente ao seu papel de estabelecer um Norte pela via do diálogo com a sociedade. Ai então nós que se colocamos na linha aberta ao debate fomos classificados de "malditos", inimigos e outros adjetivos manos nobres. Se os agentes são básicamente os mesmos, é preciso reeducar o sistema de planejamento, por mais que seus integrantes se incomodem com este cobrança. É importante ressaltar que isto não é uma crítica pessoal, é uma reivindicação da sociedade em vários segmentos e momentos de um passado recente que ainda persiste. Reeducar o planejamento é a primeira etapa do processo de democratização da gestão urbana. A planilha é uma pequena parte desta complexa tarefa. Quanto a planilha, precisamos agora que a gestão do sistema de transporte vá ao encontro dos números para produzir um diagnóstico do sistema e então gerar a planilha pública, o contraponto jsutificado. Isto requer um tempo, mas é imprescindível, inevitável e fundamental caso contrário estaremos ANALISANDO OS NÚMEROS QUE AS CONCESSIONÁRIAS PRODUZIRAM sem qualquer chance de contra-argumentação. Abrir o debate significa abrir os ouvidos e mentes, coisa que tem sido solenemente recusada pelos gestores do planejamento. Por isto, faço abaixo uma contribuição para reflexão ao qual desde já me coloco a dis´poisção para contribuir voluntáriamente.
MOBILIDADE URBANA E OS STAKEHOLDERS
Considero que o desafio para agregar qualidade de vida em Joinville está associada às respostas estratégicas e integradas voltadas ao ambiente e mobilidade urbana. Buscar soluções para a sustentabilidade no meio urbano, incluindo as várias vertentes da mobilidade e transportes, passa pela coordenação e integração de políticas públicas numa visão estratégica e sistêmica, e um planejamento que tenha em conta o território e a sua interação com o sistema de transportes. Fica para mim uma dúvida se o gestor público está apto e devidamente instruído a planejar uma política de desenvolvimento sustentável para a mobilidade urbana ou, qual pode ou deve ser o seu papel e quem deverá participar desta tarefa. Várias perguntas necessitam serem respondidas de como tornar os sistemas de mobilidade urbana sustentáveis nas vertentes, ambiental, social e econômico. Tendo por base as ações do poder público nos últimos anos, num constante distanciamento e recusa em interagir com a sociedade, as respostas a estas perguntas me parecem particularmente complexas. Entendo que o objetivo fundamental da mobilidade urbana será ofertar novos espaços urbanos, incrementar a procura pelo transporte coletivo e dos modos não poluentes, diminuir o uso abusivo do automóvel. Apostar numa nova cultura para a mobilidade urbana é um grande desafio e aceitá-lo passa pela construção de um diálogo dos responsáveis políticos com as instituições comunitárias e demais stakeholders (interessados) na busca de uma cidade menos congestionada e poluída, com mais verdes, com meios de transportes urbanos mais seguros, inteligentes e acessíveis. Faz-se necessário melhorar o conhecimento, recolher informações, trocar experiências, adotar boas práticas, alocar recursos de forma adequada em prol daquilo que denomino: “uma nova cultura da mobilidade urbana”. É preciso reconhecer que para resolver os impactos negativos no trânsito, no ambiente, na economia, na qualidade de vida, na saúde pública e na segurança, não existem soluções únicas, sendo necessário adotar abordagens combinadas. Estas abordagens podem oferecer melhores alternativas à decisão política. É necessário promover modos alternativos de deslocamento e do transporte público de passageiros, sem esquecer o papel da logística para a distribuição de mercadorias no meio urbano e a necessidade de sua integração na complexa equação da mobilidade urbana sustentável. Neste segmento há que se fazer uma aposta firme na eficiência sistêmica e na sustentabilidade econômica, social e ambiental. O patamar de exigência para potencializar a utilização do transporte público implica em tomadas de decisões que garantam, por um lado, a articulação do planejamento do sistema de transportes com os instrumentos de gestão territorial e a intermodalidade, aproveitando as sinergias e a eficiência máxima de todos os modos de transporte como, por exemplo, uma das nossas mais badalada característica do passado, a bicicleta.
Penso que o nosso "benchmarking" viria na busca pelas melhores práticas para conduzir nossa cidade à maximização do desempenho em mobilidade de forma contínua, avaliando permanentemente os propósitos e serviços em relação aos mais reconhecidos modelos ou líderes em soluções de mobilidade sustentável. (Se tiverem curiosidade em conhecer alguns modelos bem sucedidos de mobilidade urbana acessem: http://www.streetfilms.org/ ). Para que isto ocorra, muitas das decisões passam pela gestão eficaz da estrutura urbana e dos sistema de transporte, pelo uso de boas práticas, designadamente ao nível de uma estruturação de vias e corredores de transporte para as mais diversas modalidades, uma gestão eficaz do estacionamento em áreas públicas, na implantação do parqueamento para a transferência modal do transporte individual ao transporte coletivo, na gestão do sistema e no planejamento do território. Dar importância às atividades de investigação para a promoção da mobilidade sustentável irá fazer entender as demandas e os condicionantes da mobilidade urbana bem como o conhecimento de novas tecnologias e suas aplicações. É necessário acreditar e apostar numa abordagem integrada e multidisciplinar, na inovação, em soluções inteligentes e na coordenação de políticas, promovendo, com a participação de todos os interessados, mudanças positivas no paradigma da mobilidade. Entretanto, é a intervenção da sociedade no domínio do transporte urbano que irá gerar uma mais-valia imprescindível, entendendo como princípio da subsidiariedade de forma dinâmica e flexível. Isto confere um suporte à atuação do poder local, de partilha de experiências, do reconhecimento de multiplicidade de soluções e até de financiamento a nível privado ainda não totalmente explorado. Todos nós, cidadãos, instituições privadas, autoridades políticas e responsáveis pelos transportes devemos tirar o melhor partido das novas oportunidades. Se adotada esta linha, poderemos ter com brevidade um plano estratégico para a mobilidade urbana de Joinville, instrumento fundamental de promoção da coesão territorial e social no espaço, bem como um passo à frente na promoção do desenvolvimento sustentável.
Obrigado pela atenção.
Sérgio Gollnick
arquiteto e urbanista
Caro Maikon K, pode se desprender do texto do blog uma inverdade, a de que nunca antes neste pais....
ResponderExcluirNa verdade sempre tem havido intentos de promover um debate sobre o preço e o valor da tarifa de ônibus, porem até agora é a primeira vez que o executivo leva o debate para a sociedade.
Agora vem o momento de ver como a sociedade vai responder.
Outro aspecto importante que dev e ser considerado é que de fato poucos pagam a passagem, porque a maioria da população esta empregada e recebe vale transporte, por isto no Brasil a discussão da tarifa do transporte coletivo, não existe de uma forma estruturada com a sociedade e os grupos, principalmente de estudantes que defendem o passa livre ou um preço diferenciado são facilmente considerados uma minoria de agitadores.
O tema é importante e o modelo atual tem erros graves, que procuramos levantar no blog e que ainda são melhor complementados pelos leitores nos seus comentários.
Obrigado pela sua contribuição.
Maikon K
ResponderExcluirDesculpe os links que deixou não abrem
olá.
ResponderExcluirem relação ao link vá ao youtube.com e digite na sistema de bsuca: saída de emergência. deve aparecer em duas partes o documentário de um ex-estudante do IELUSC.
Depois escrevo uma resposta.agora preciso concluir outras tarefas.
abraço
maikon k
www.vivonacidade.blogspot.com
Obrigado pela informação adicional, por este caminho sim é possivel acessar o link do youtube.
ResponderExcluirAguardo a sua resposta, para poder continuar com o debate
Olá.
ResponderExcluir“Na verdade sempre tem havido intentos de promover um debate sobre o preço e o valor da tarifa de ônibus, porem até agora é a primeira vez que o executivo leva o debate para a sociedade.” Escrito por JC e Retirado do quarto comentário.
Eu discordo que o debate é levado para a sociedade. Podemos destacar historicamente que o debate sobre o transporte coletivo está na sociedade desde começo dos anos 80. Sendo que, nos últimos anos (desde 2003) as mobilizações populares pipocaram em Joinvas e tbm em diferentes outras cidades. (para esse ponto é pesquisar sobre criação do movimento passe livre no brasil e os vídeos como Revolta do Buzu, Amanhã será Maior ou os livros “guerra da tarifa” do leo vinicius.). Por conta disso, acredito que Carlito não está levando o debate para a sociedade, mas está dando “uma aparência democrática” ao debate e indo discutir com a população. Eu escrevo sobre uma aparência porque até o momento somente um blog e uma audiência marcada com a Frente Única de Luta pelo Transporte Coletivo é um caminho para o debate, porém, os resultados necessariamente precisam ocorrer de maneira realmente seguindo o ponto de vista de seus-uas eleitores-as e a população de maneira geral.
Uma questão importante que circulou nos jornais e foi lembrado por uma companheira do Centro de Direitos Humanos de Joinville: o hoje prefeito Carlito tem uma ação judicial questionando as concessões das empresas de transporte coletivo, penso que a data abertura é final dos anos 80 e começo dos anos 90), onde é apontando a ilegitimidade das concessões. Agora, como prefeito ainda não postulou como deveria, mantendo a coerência de acordo com os apontamentos do processo.
Bem, o debate se faz necessário.
Abraço
Maikon K.
O tal mundo blogueiro ta ganhando tanta repercussão que até a Prefa fez um.hehehe
Maikon K
ResponderExcluirEstamos talvez discordando num aspecto crucial. O debate só pode ser levado a sociedade pelo poder publico. Quando a sociedade busca o debate e não encontra eco no poder publico, como alias tem sido nos ultimos anos, não se tem um debate e sim um confronto.
Penso que nesta abordagem reside uma visão conceitual. Uma parte da sociedade, claramente identificada por voce nos seus textos e no seu blog, não tem aceitado a imposição de preços, sem a necessaria discussão com a sociedade e tem se utilizado das ferramentas de que dispõe para se fazer ouvir. Com maior ou menor sucesso.
O debate a que me refiro nos posts, tem a ver com a vontade de escutar, esta tem faltado no passado e parece que agora se faz presente. presupõe por parte da sociedade a participação com propostas construtivas e viaveis.
Parece que discordamos no metodo ou na forma, porem concordamos no objetivo.
Mobilizações, guerras e confrontos, tem sido as estrategias para se fazer ouvir pelos surdos.
O debate presupõe dialogo. Pelo momento acredito que existe uma forte predisposição para percorrer este caminho. Caso fracasse esta alternativa é claro que outros caminhos estarão abertos e serão possiveis.
Maikon
ResponderExcluirNão se engane de que a abertura da planilha num blog venha a ser uma legitima forma de debater o transporte coletivo. Aliás ea surgiu por conta do seu movimento, de cartas enviadas ao prefeito e de uma sistemática abordagem dste tema por alguns "apaixonados" ou especialistas que não se contentam com as medidas que vem sendo impostas. Há concordância na causa e talvez alguma discordância nos métodos por conta, não de caráter ou de propósitos, mas esepcialmente das leituras do problema e dos objetivos, os seus mais diretos e iemdiatos, os meus mais estruturais. O que importa é que a somatória é positiva e está se chegando a um ponto onde o poder público começa a ter entendimento de que não será possível canetear simplesmente uma tarifa. Ainda sou cético quanto ao debate mais amplo, não pela disposição do Prefeito, mas pela carência de pessoas habilitadas para levar este debate em bom termo. Enfim...vamos ver como as coisas andam.
"Não se engane de que a abertura da planilha num blog venha a ser uma legitima forma de debater o transporte coletivo." Em nenhum momento caí no papo de que a planilha na internet é a forma legitima para o debate, longe disso, assim como não tenho o ponto de vista de que a "carência de pessoas habilitadas para levar este debate em bom termo", acredito no ponto de vista político do transporte coletivo e a redução a questão técnica é esvaziar e legitimar um aumento, já que a maioria não "entende" as planilhas. não recuso por completo a questão técnica, somente não acredito que devemos deixar de lado a questão política de uma tarifa, como diz um companheiro de luta, é "antisocial".
ResponderExcluirJC, o confronto de fato era o que aconteceu nos anos anteriores, por conta de que a PMJ não escutava as vozes além das empresas, o máximo que rolava era o bolha do m. caetano ouvir depois do aumento. Agora, Carlito resolve escutar é o minimo que se espera, já que o debate fora dos lugares institucionais sempre estiveram fervendo.
Bem, vc pontuou certinho, temos conceitos diferentes em relação aos pontos fundamentais das nossas defesas e posições. mas o debate é válido.
Abraço e bom fds.
Maikon k
Maikon K
ResponderExcluirPodemos discordar dos métodos, porem não dos objetivos.
Sempre vou defender que primeiro a sociedade deve propor, participar, debater, só depois que estes métodos não tenham sucesso, que se pode optar por outras alternativas.
Não me iludo, mas tenho esperança em que algumas coisas não serão como antes. E contribuo para que mudem.
Não acredito que o confronto deva ser a primeira alternativa, nem a segunda, mesmo concordando que algumas vezes seja inevitável.