Na medida em que a campanha avança, os candidatos vão aos poucos detalhando e apresentando a sociedade os seus planos de governo.
Poucas pessoas se dão ao trabalho de lê-los e menos ainda tem tempo e disposição para estudá-los e comparar as propostas com a realidade.
Ninguém analisou as propostas que o prefeito fez na campanha eleitoral, quatro anos atrás e ninguém vai cobrar todas as que não realizou. Até porque tal esforço seria inútil. O eleitor que tentasse receberia uma avalanche de escusas e justificativas, que o levariam a desistir rapidamente.
Não parece que tenhamos avançado muito neste sentido, os candidatos, com maior ou menor seriedade, depois de escutar a sociedade ou a um grupo selecionado de especialistas, entregam aos marqueteiros as suas propostas, que ganharão a forma do que chamaremos plano de governo.
Alguns prometem 400 novos leitos hospitalares, porem não se comprometem com a redução ou a eliminação das filas, outros garantem que é possível construir um contorno viário com seis ou oito pistas, quando nem conseguimos manter pintadas as faixas de pedestres na frente das escolas. Quem sabe um túnel, atravessando o morro do Boa Vista, seja a solução para uma cidade que não consegue priorizar os pedestres e os ciclistas.
Aos poucos, duas cidades distintas, começam a se perfilar aos olhos do eleitor, a cidade imaginaria improvável que os candidatos sonham, e a cidade que o eleitor quer e precisa. Uma cidade feita, menos de grandes projetos fantásticos, propostos mais para impressionar o eleitor e quem sabe iludir ainda alguns incautos.
Os problemas que como joinvillenses, vivemos e sentimos, são distintos. Gostaríamos de poder escolher um prefeito, que administre bem a nossa cidade. Alguém que faça as coisas que precisam ser feitas, que priorize as pessoas. Quem sabe um prefeito que acredite no que promete. Alguém, de quem depois de quatro anos, possamos nos orgulhar. Alguém que pense no futuro da cidade, não para quatro anos e sim para as gerações futuras.
Imagem de Orlandelli
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