17 de setembro de 2008

Planejamento


Peter Drucker, guru da gestão lembrava que o Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro das decisões presentes.
No caso de Joinville o planejamento, tem sido orientado em duas direções, uma na chamada teoria do caos, no quanto pior, melhor. Para a partir deste ponto poder apresentar as propostas mais estapafúrdias e miraculosas. com o intuito que não possam ser questionadas, porque a situação já estaria fora de controle.
Nesta linha de trabalho, temos por exemplo a forma de lidar com as nossas praças e espaços verdes, que depois de anos sem nenhum investimento, se encontravam em estado de total abandono. A prefeitura propôs uma ampla reforma para resolver a situação caótica, que ela própria tinha criado. Outro setor que tem sido gerenciado a partir da teoria do caos é o transito. Depois de permitir a construção de supermercados no meio de uma rua, e de autorizar a construção de Shopping em região não recomendada, se criam pólos geradores de tráfego, sem nenhum critério, só para atender a interesses particulares. O resultado é a maximização do lucro privado e a socialização dos custos para adequar o transito ao impacto que a próprio prefeitura criou. O caos em estado puro.
A segunda linha de planejamento é o do caminhão de melancias, o tradicional modo de gestão publica, utilizado por exemplo no caso dos corredores de ónibus. "Primeiro fazemos e depois vamos arrumando", a frase não é minha é do próprio prefeito num programa de radio.
Esta mesma forma de planejamento é a que esta sendo proposta com relação a legislação complementar que deveria servir para regulamentar o Plano Diretor. O avanço da cidade, tanto com moradias como industrias, sobre as áreas verdes e a zona rural, alem de ser um desatino, criara maiores custos para todos, que precisaremos ratear entre todos. O transporte coletivo será ainda mais caro, porque deverá percorrer mais kilometros, a fatura de agua também, porque precisará levar a regiões que hoje não precisam, o mesmo que acontecerá com o esgoto, a energia e os outros serviços que caracterizam um centro urbano.
Insistir em que o perímetro urbano não será ampliado e criar sete (7) áreas de expansão da cidade, para declaradamente instalar industrias e residências, é ofender o bom senso dos joinvilenses e ainda imaginar que as melancias se acomodarão durante a viagem. O futuro da cidade estará comprometido irremediavelmente.

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