12 de setembro de 2008

Cogito, ergo sum.




Penso, logo existo. A frase de René Descartes continua depois de 400 anos completamente atual. A base do seu pensamento filosófico é a do ceticismo, duvidar de tudo aquilo que não pode ser provado. No momento em que a nossa sociedade, perde os seus referenciais de bom senso e acredita em tudo, com uma credibilidade, que nos equipara a estultos párvulos. Parece apropriado ler e reler a Descartes.

Devemos duvidar de cada idéia que possa ser duvidada, questionar, averiguar, pesquisar. Enquanto permanecer a duvida, por pequena que seja Não podemos acreditar. A duvida deve guiar os nossos questionamentos, não para gerar insegurança. Ao contrario nos ajudando a construir a verdade e a certeza. A duvida deve ser uma verdade indubitável.

Descartes institui a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que possa ser provado. Como seria distinta a nossa vida a partir do desenvolvimento da duvida construtiva.

Se ao receber, as propostas e projetos dos nossos dirigentes, atuais e futuros, em lugar de acreditar piamente, passássemos a verificar se realmente existem estas necessidades; analisássemos com atenção todas e cada uma das propostas e das alternativas apresentadas; Sintetizássemos todas as alternativas possíveis e enumerássemos todas as conclusões e selecionássemos as melhores. Estaríamos alem de dando nossa contribuição como cidadãos, ajudando a construir uma sociedade melhor.

Uma sociedade mais critica é uma sociedade que não se satisfaz com qualquer resposta, que não aceita a primeira resposta. Só a resposta certa, só a verdadeira será valida.

Exigirá mais esforço de todos, porque estamos acostumados a acreditar a exemplo dos gregos antigos que acreditavam tanto no destino, como em que as coisas são desta forma, porque assim devem ser. Só poderemos mudar as coisas se acreditamos que podem ser diferentes. Por isto como Descartes precisaremos continuar pensando para existir.

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