9 de setembro de 2008

Credulidade



Acreditamos em tudo, é impressionante como podemos ser tão crédulos. Uma informação recente da Associação dos Internautas informa que só um de cada três internautas é capaz de distinguir uma informação verdadeira de uma falsa. Estamos falando em principio de um grupo que se situa acima de media. De todos os que recebem um e-mail falso, aproximadamente 11 %, acredita nele, o copia e ainda o re-envia.

O mais grave é que entre estes 11 % de crédulos, nos encontramos formadores de opinião, meios de comunicação ou redatores que acreditando naquilo que lêem, o noticiam e acabam conferindo-le uma credibilidade que não tem. Afortunadamente estes casos, representam um percentual muito pequeno, mas a sua repercussão tem impacto forte sobre a sociedade.

A nossa credulidade, levada aos extremos é preocupante e deve nos servir da alerta, especialmente em períodos como o eleitoral em que ficamos especialmente vulneráveis a todo tipo de noticias, rumores e informações.

É importante que antes de acreditar piamente, usemos o bom senso, a pesquisa, o cotejamento e a experiência. Desta forma estaremos menos sujeitos a formar parte destes dois terços da sociedade, escandalosos 66 %, que não são capazes de diferenciar uma informação verdadeira de uma falsa. Daqueles que acreditam nas promessas feitas pelos candidatos em período eleitoral.

O que é pior, entre os menos informados e entre os que têm um menor grau de escolaridade, os percentuais tendem a ser ainda maiores. Por tanto uma parte significativa destes eleitores, se partimos dos dados apresentados pelas pesquisas. Não só acreditam. Chega ao ponto deles próprios divulgarem como verdadeiras informações e asseverações que formam parte do mundo da fantasia, da quimera e do sonho, donde nunca deveriam ter saído.

Hoje a informação disponível, nos próprios meios de comunicação, nos debates, na propaganda eleitoral gratuita e através de tantas outras fontes, permite que aqueles que querem se informar, tenham acesso às informações.

Um número preocupante, os mais de 50 % dos eleitores que estão pouco ou nada interessados na campanha eleitoral. São estes os que definirão o perfil dos próximos eleitos.

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