25 de agosto de 2008

Metade, não é suficente



Um tema que prende a atenção é o transito, todo o mundo tem um palpite, uma opinião, uma sugestão a fazer. Parte desta contribuição tem a ver principalmente na falta de uma política publica, num plano concreto, de uma proposta plausível por parte do poder publico. É esta falta, a que faz que todos os motoristas e a maioria dos passageiros, se sintam a vontade para opinar.

Como a ineficiência publica transmite, a percepção que ninguém entende, então todos podemos nos sentir a vontade para opinar. Numa democrática e barulhenta participação, repleta de propostas, mais dispersivas e passionais que produtivas.

Muitas são as causas e os motivos da situação caótica em que o transito tem se convertido. O acesso de maior parte da população ao carros e motos, a falta de políticas publicas de apoio ao transporte coletivo, a falta de calçadas e passeios que estimulem e priorizem os pedestres, a ausência de ciclovias e tantas outros que poderiam encher este espaço.

Mas esquecemos que a principal causa é o fazer as coisas pela metade. Por exemplo, do binário das ruas Max Colin e Timbó, previsto desde 1973, nada foi implantado . Agora com um supermercado construído no meio da Rua Timbó, esta comprometido e sem previsão de implantação.

A duplicação da Ottokar Doerffel, como tantas outras publicas, nunca foi implantada. Da Rua Marques de Olinda foi construída a metade do percorrido e ainda só com a metade da largura. A Rua Almirante Jaceguay, é outra que não saiu do papel.

A Rua Benjamim Constant já enfrenta problemas de transito hoje, mesmo assim a prefeitura alterou o zoneamento permitindo a construção de prédios em ambos os lados da rua, o que aumentara o fluxo de pessoas e veículos e saturara rapidamente esta via.

A autorização para construção de um Shopping Center, transvestido de Centro Comercial, para burlar a lei, alem de uma vergonha, representa a criação de um novo pólo gerador de trafego, numa região que já enfrenta problemas graves de saturação hoje.

Ao deixar as coisas pela metade o poder publico inibe o desenvolvimento da cidade, tolhe os investimentos privados e faz a cidade mais ineficiente.

Planejar e esquecer o que foi planejado, mudando constantemente os projetos é uma afronta é um desperdício de dinheiro publico que só tem cabimento nesta embriagadora festa pré-eleitoral, em que parece que todas as quimeras têm espaço e publico.

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