1 de novembro de 2009

Ecochatos e Talibans



Ecochatos e Talibans


A terceira lei de Newton estabelece que quaisquer força que apliquemos gerará uma força da mesma intensidade, na mesma direção e em sentido contrario. No mesmo momento que as ações destruidoras dos talibans do concreto se concretizam. Se iniciam, por parte dos que acreditam que é possível o desenvolvimento com qualidade de vida, reações da mesma intensidade e em sentido oposto. Uma parte da sociedade acredita que o verde faz parte indissolúvel da qualidade de vida e que no futuro as nossas cidades serão melhores do que são hoje.


Existe por tanto um confronto de forças entre os desenvolvimentistas que a cada 20 anos aproximadamente, arrasam as calçadas e as arvores remanescentes no centro de Joinville, para requalificar estes espaços, Degradados justamente pela falta de políticas publicas adequadas e pela ausência de manutenção. As calçadas anteriores vão literalmente para o lixo e em nome de uma modernidade questionável e ultrapassada, tudo é destruído para ser construído de novo, mais caro e em geral com menor qualidade.


Frente a ira furibunda destes talibans do paver, se alçam de outro lado, aqueles que se a dado em chamar de ecochatos, defensores de uma cidade possível, mesmo que cada vez mais improvável.. Acreditar em uma sociedade melhor, hoje é visto pelos talibans radicais como uma forma de frear este modelo de desenvolvimento doentio que converte tudo em terra arrasada. Joinville já perdeu boa parte do seu passado e dos seus referenciais históricos, por tanto da sua cultura e da sua identidade.


Se tem radicalismo, e tem, é de lado e lado. Quanto mais uns querem destruir. Emulando as hordas bárbaras dos Hunos. Mais outros, se empenham em defender, cada arvore, cada rua, cada paralelepípedo, cada pedaço da historia recente desta cidade. Encontrando em cada nova investida destes bandos de ignaros, amalucados, uma nova luta para ser lutada.


Em quanto às investidas arrasadoras continuem, surgirão defensores de uma Joinville que se extingue a cada dia, frente a nossa desídia e inércia, alias a primeira das leis de Newton.

Um comentário:

  1. Jordi, faz tempo que admiro vc:

    Meu amigo Baltazar me ensinou isso antes de "viajar".

    Você é sensacional.

    Marcho no mesmo caminho que você.
    Minha prova é a crônica enviada para publicação na quinta-feira, dia 29/10 e que sairá na minha coluna (Notícias do Dia) segunda-feira, dia 02/11.

    Meu aplauso.
    Mila Ramos

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