Embate Desigual
A responsabilidade para determinar que cidade teremos no futuro, esta hoje dividido a partes iguais entre o legislativo e o executivo, a LOM concede este direito a ambos. Divisão esta que parece injusta, se consideramos a capacidade, conhecimento especifico e a estrutura desigual que ambos possuem. A situação se agrava quando o planejamento não é feito de forma coordenada e harmônica.
O Executivo dispõe para planejar a cidade de uma estrutura formidavel, o IPPUJ, com mais de 60 funcionários, dos quais 30 com formação superior, em arquitetura, engenharia, sociologia, psicologia, entre os engenheiros, alem de civis, também elétricos, florestais e por ai afora. Uma força que não pode ser desconsiderada e que permite ao executivo ainda combinar esta capacidade com a Procuradoria do município e o competente quadro técnico da Seinfra se for necessário.
O legislativo, para legislar na área de urbanismo e planejamento urbano, conta com um único Engenheiro químico, como assessor de urbanismo e pouco mais, parece uma luta desigual, quando os interesses e objetivos não são os mesmos. A complexidade dos temas em analise, as repercussões de decisões tomadas sem os necessários estudos técnicos e sem um amplo debate, são custosas para a sociedade e tem trazido a cidade a esta situação em que nos encontramos.
A falta de harmonia na concepção da cidade e a construção de modelos diferentes de desenvolvimento, tem impacto profundo na cidade. Os únicos perdedores neste embate somos os cidadãos que vemos Joinville, sendo retalhada e segmentada em pequenos pedaços, que mostram a luta de interesses opostos.
Ao criar o Conselho da Cidade, Joinville passou a contar com um ambiente democrático, participativo e representativo da sociedade. O Conselho da Cidade é um foro mais adequado e qualificado, que as audiências publicas homologatórias que a Câmara de Vereadores tem promovido no atacado, para tentar dar credibilidade a um processo em que a sociedade virou um mero espectador. Massa de manobra para ocupar o plenário. Audiências publicas que tem se desprestigiado a cada nova edição pela sua banalidade, superficialidade e ausência total de estudos técnicos que possam servir de embasamento.
Joinville só será uma cidade melhor, quando consigamos unir toda as capacidades em prol dos mesmos objetivos e neste momento, desconsiderar a credibilidade que o Conselho da Cidade representa, acrescentada pela capacidade técnica das próprias câmaras técnicas e da estrutura do IPPUJ, é um contra-senso e compromete o nosso futuro e o das próximas gerações, que pagarão o preço da nossa pequenez atual.
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