- ADENSAMENTO É FILOSOFIA DE CIDADE
30 de novembro de 2009
Conceitos basicos...
- ADENSAMENTO É FILOSOFIA DE CIDADE
Mais Corrupção !!!!
A corrupção às vezes se mostra com brutalidade.
O risco é que nos acostumemos a ela, que passemos a aceita-la como um mal menor. Que imaginemos, na nossa inaceitável ignorância, que estamos livres desta chaga. Tudo leva a acreditar que Joinville não esta imune a este tipo de situações. Alias para quem acompanha a política local, mesmo a distancia, não deve ser fácil identificar casos recentes, em que situações como as mostradas aqui no vídeo, poderiam ter acontecido.
A probabilidade aqui, parece a cada dia menos remota, pelo contrario a riqueza recente de uns e os benefícios recebidos por outros, caracterizam uma situação, que relembra as avessas aquele conselho dado a César, em que se recomendava que pelo bem da Republica Romana, a mulher de César, não só tinha que ser honesta, também tinha que parecer. Aqui a situação esta mais para a mulher de César, pode até ser que seja honesta, mais que não parece, não esta parecendo nada honesta.
Video do jornal A Noticia
Curiosidade
Porque será este empenho todo no Bairro São Marcos?
Castelo de Areia
O Jornal A Noticia publica hoje o texto Castelo de Areia do Arquiteto Sérgio Gollnick, que reproduzimos na integra.
Há um ano, escrevi o texto intitulado “Cidade sem rumo”. Nele, mencionava alguns abusos urbanísticos e o constante fracionamento do uso da cidade, com mudanças pontuais de sucessivas propostas para alteração do zoneamento. Mudou o governo, manteve-se a prática, agora com alguns requintes e discursos semelhantes do Legislativo e do Executivo, como se um pretendesse agradar ao outro. Transformar o tecido urbano numa colcha de retalhos virou sinônimo de “dinâmica” justificada por adjetivos que quase sempre terminam em “pujança”. Continuamos a rasgar nossos códigos e leis urbanísticas em troca de negociatas, colocando a cidade como território livre à especulação, penalizando os excluídos desafortunados ou ainda aqueles que defendem qualidades já quase irreconhecíveis.
A Câmara de Vereadores e a Prefeitura ignoram solenemente o novo Plano Diretor, esmerando-se em atender a desejos e pressões de grupos ou corporações. Audiências públicas são marcadas às 9 horas da manhã para temas muito relevantes quando todos os cidadãos de bem estão em suas atividades laborais, educacionais etc. Assim, useiros e vezeiros da “massa de manobra”, são legitimados atos, alguns abusos e desvios. Estas atitudes demonstram que estamos fragilmente suscetíveis às trapaças no trato dos grandes temas da cidade.
O novo governo, ao contrário do que se esperava, não tem proposta, é notadamente omisso, distanciando-se dos argumentos e promessas da campanha política. Falta transparência e percebe-se muita dissimulação no trato da coisa pública. Nossa cidade vem sendo negociada e não sabemos quais serão os resultados, os beneficiários e os penalizados. Protelam novas normas urbanísticas e descaracterizam as existentes que, enquanto existirem, são muito convenientes aos espertos. Vivemos um momento de práticas eticamente condenáveis e moralmente frágeis.
A onda de mudanças pontuais com interesses específicos pode nos fazer deduzir que não há qualquer motivação nem prioridade em regular o novo Plano Diretor, debatido, aprovado pela sociedade e em vigor. Protela-se sua regulamentação, inibindo o debate público e a necessária evolução na forma de traçar os rumos para o futuro de Joinville. Sob justificativas de crescimento econômico, fazemos leis para poucos excluindo cada vez mais a maioria, que segue carecendo de políticas públicas reconhecidamente eficientes. Uma sucessão de equívocos resultante de posturas autoritárias, paternalistas e, agora, de fisiologismos nos priva daquilo que seria o básico, um sistema de saneamento e a oferta de moradia digna são as resultantes do “não-planejamento”, que nos lega situações de difícil resolução no presente e no futuro.
Somos exemplos de muitas coisas, dentre as quais a de ser uma cidade sem rumo e totalmente indecifrável. Continuadamente convencidos a ignorar os mais qualificados valores, perdemos continuadamente nossas mais expressivas identidades. Desprezamos um planejamento eficaz, duradouro, protagonizado e reconhecido pela sociedade. Somos reféns de uma agressão ao processo de planejar a cidade com responsabilidade, onde deliberadamente se postergam medidas de impacto já aprovadas.
Carecemos de conduta ética que permita legar aos nossos filhos e netos um lugar no qual sonhamos. Joinville transforma-se rapidamente num organismo propício às pragas parasitárias e, do jeito que seguimos, muito pouco daquilo que orgulhosamente construímos e preservamos vai ficar de pé.
*Arquiteto e urbanista em Joinville
29 de novembro de 2009
Verticalização
Por outro lado o IPPUJ pelo teor das declarações do seu presidente, não vê nada de errado e acha tudo completamente normal. Em azul o texto publicado:
Nesse momento de intenso debate, resgatar o objetivo da palavra “verticalização” proposta no Plano Diretor creio ser salutar. Na época, o objetivo pretendido foi de ampliar a qualidade de vida de nossa cidade, considerando, principalmente, que a elevação do número de pavimentos, desde que vinculada a uma menor taxa de ocupação do solo, traz qualidade ao ambiente urbano.
Nas calorosas discussões do plano, a área total construída no terreno permaneceria a mesma, independentemente do edifício ter 12, 24 ou 30 pavimentos. Ao elevarmos o número de pavimentos sem a devida contrapartida da redução da projeção sobre o terreno, perdem as construtoras; as de pequeno e médio portes, uma vez que o mercado permanece o mesmo, o número de compradores não se altera com a mudança do gabarito.
Perde o consumidor; ofertas concentradas em poucos empreendimentos tiram o poder de negociação dos compradores de imóveis. Perde a cidade, que busca o adensamento lógico – ocupação dos vazios urbanos, e faz o adensamento ilógico – concentração de muita área construída sobre poucos lotes. Perdem os munícipes com logradouros públicos inóspitos. E, por fim, os futuros moradores, que terão produtos de qualidade inferior.
Murilo T. Carvalho
28 de novembro de 2009
Os nossos vereadores
O vereador Lauro Kalfels, presidente da Comissão de Legislação, considera legítima a participação do Conselho da Cidade. “Mas os vereadores não vão se submeter e vamos votar. Se o prefeito quiser, que vete, vamos discutir”,
O vereador confunde as sugestões, as propostas e os anseios da sociedade com imposições. Em nenhum momento poderia ser considerado uma submissão por parte dos vereadores, se atendessem a solicitação do Conselho da Cidade, que pede que consolidem as leis, porem que se abstenham das alterações que estão sendo propostas.
A expressão "vamos votar", tem um não sei que de ameaça, pode ser que a maioria confortável que a oposição tem hoje na Câmara e a quantidade de alterações pontuais propostas levem a muitos vereadores inclusive os da chamada base aliada a votar, sem considerar as ponderadas solicitações do Conselho da Cidade.
Continua o tom forte, ao avisar que se o "prefeito quiser vetar, que vete", manifestando já o seu voto e dando por suposto que as alterações propostas serão aprovadas, mesmo com a posiçao contraria, não só do Conselho da cidade, também de uma boa parte da sociedade organizada.
O divorcio real entre a Câmara e a sociedade parece desta forma confirmado. Os vereadores legislam unicamente para os seus interesses, em alguns casos, claramente identificados, seus interesses particulares. Ainda a afirmação de que o prefeito Carlito Merss, se quiser que vete, que vamos discutir, evidencia um nível de truculência e de ameaça pouco republicano e um desejo freudiano de buscar o conflito e de querer forçar o confronto.
diz Lauro. “Não há outra saída senão verticalizar. Mais de 50% da área urbana está na mãos de duas, três, meia dúzia de pessoas. Enquanto isso, quase 20 mil famílias estão cadastradas na Prefeitura de Joinville à espera de moradia.
Os dados que o vereador apresenta, estão sobre dimensionados, os números oficiais que devem ser considerados são aqueles informados no PLHIS. são de 9058 famílias, menos da metade dos números divulgados pelo vereador.
“Onde essas residências serão construídas, se as áreas disponíveis não estão à venda? Por isso é melhor permitir prédios mais altos”, afirma Lauro Kalfels. O vereador do PSDB compara Joinville, com 1,1 mil quilômetros quadrados de área, com Curitiba (430 km). “Na capital do Paraná, vivem 1,7 milhão, enquanto em Joinville são 500 mil moradores. E aqui têm muito mais problemas, por falta de adensamento, de bairros espalhados”,
O vereador insiste em querer confundir e usa de argumentos primários, inconsistentes, imaginando que aqueles empreendedores imobiliários que defendem a verticalização de mais de 18 pavimentos o fazem para permitir que as 9.000 famílias inscritas na prefeitura possam ter acesso a uma moradia digna.
reclama“Onde essas residências serão construídas, se as áreas disponíveis não estão à venda?
Existem em Joinville muitas áreas disponíveis e que alias estão todas a venda, desde que seja por um preço justo, o problema principal é que nesta situação de incerteza, ninguém esta disposto a vender. Se um imóvel hoje tem potencial para construir 4 ou 6 pavimentos e amanha ou depois poderá passar a ter potencial para 12, 18 ou mais, porque vender?
Por isso é melhor permitir prédios mais altos”, afirma Lauro Kalfels. O vereador do PSDB compara Joinville, com 1,1 mil quilômetros quadrados de área, com Curitiba (430 km). “Na capital do Paraná, vivem 1,7 milhão, enquanto em Joinville são 500 mil moradores. E aqui têm muito mais problemas, por falta de adensamento, de bairros espalhados”, reclama
Ignora o nosso nobre vereador entre outras coisas, que verticalização sem infra-estrutura, quer dizer colocar mais veículos em ruas que já não comportam mais, significa aumentar o caos do transito em Joinville. Significa aumentar o problema do esgoto domestico. significo menor insolação, menos ventilação e uma cidade pior. O que com certeza não esquece é que sua defesa intransigente e obtusa de uma verticalização selvagem, representa maiores lucros para alguns poucos, que ele parece conhecer bem.
27 de novembro de 2009
Tratamento Republicano
O texto a seguir é a sentença proferida pela Justiça carioca a uma ação de um juiz, que não conseguia se acostumar a que o porteiro do seu prédio o tratasse por você.
Juiz de Niterói entra na Justiça contra o condomínio em que mora,
por causa do tratamento de 'você' dado pelo porteiro.
Saiu à sentença.
Observe a bela redação, sucinta, bem argumentada,
até se solidariza com o juiz que se queixa, mas...
Bom, leia a sentença abaixo.
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMARCA DE NITERÓI - NONA VARA CÍVEL - Processo n° 2005.002.003424-4
S E N T E N Ç A
Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LUÍZA VILLAGE e JEANETTE GRANATO, alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de 'senhor'.
Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de 'Doutor', senhor' 'Doutora', 'senhora', sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos. (...)
DECIDO. 'O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter.' (Noberto Bobbio, in 'A Era dos Direitos', Editora Campus, pg. 15).
Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo. Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito. Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito.
Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade. O
cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo Requerente.
Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude. Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida.
'Doutor' não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, e mesmo assim no meio universitário. Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de 'doutor', sem o ser, e fora do meio acadêmico.
Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa de homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame.
Por outro lado, vale lembrar que 'professor' e 'mestre' são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado. Embora a expressão 'senhor' confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir.
O empregado que se refere ao autor por 'você', pode estar sendo cortês, posto que 'você' não é pronome depreciativo. Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação. Fala-se segundo sua classe social.
O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe 'semi-culta', que sequer se importa com isso.
Na verdade 'você' é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso 'Vossa Mercê'. A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome 'você', devem ser classificados como formais. Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de 'seu' ou 'dona', e isso é tratamento formal.
Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/ a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente. Na edição promovida por Jorge Amado 'Crônica de Viver Baiano Seiscentista', nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que 'você' é tratamento cerimonioso. (Rio de Janeiro/São Paulo, Record, 1999).
Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse. A própria Presidência da República fez publicar Manual de
Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes. Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido. Por isso que se diz que a alternância de 'você' e 'senhor' traduz-se numa questão
sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais.
Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.
Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor, julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa. P.R.I. Niterói, 2 de maio de 2005.
ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO
Juiz de Direito
26 de novembro de 2009
A Escola Machado de Assis
O curioso caso da escola Machado de Assis
A escola Machado de Assis esta localizada no bairro Saguaçu, aqui em Joinville e representa um caso interessante de conflito de interesse. O que começou como uma pré-escola, foi aos poucos crescendo e ao crescer passou a estar em desacordo com a lei, não com uma lei, mas com varias, tanto é que consegue acumular uma boa quantidade de notificações e multas dos mais variados órgãos da fiscalização da Prefeitura Municipal.
O problema que a escola vive, não é diferente do que muitos empreendedores experimentam, ao começar a crescer, o que era uma pequena oficina de fundo de quintal, permitida pela benevolência dos vizinhos, acaba se convertendo num problema, o barulho das maquinas e dos equipamentos, os caminhões e inclusive carretas trazendo matérias primas e levando produtos manufaturados, não são compatíveis com a tranqüilidade e o sossego que se deseja numa área residencial. O filhote de cachorro, cresceu até um ponto que não cabe mais no apartamento. O que fazer?
A escola em questão, enfrenta um problema adicional, como pode ser referencia de ensino e de valores morais e cívicos uma instituição de ensino que desrespeita sistematicamente a lei, que incomoda os vizinhos, que gera um volume de trafego incompatível com o zoneamento, que constrói sem respeitar os recuos e as taxas de ocupação a que os vizinhos estão obrigados. Que tipo de ensinamento esperar de uma instituição de ensino que fazendo ouvidos moucos as insistentes avisos e notificações, Se empenha em querer modificar a lei para o seu beneficio próprio.
Alterar pontualmente a lei, exclusivamente para beneficiar uma escola, alem de uma burla aos cidadãos que a respeitam e a cumprem, representaria uma anistia injusta das multas que a escola acumula. Ainda mais lamentável, que legisladores municipais se avenham a mudar as leis na conveniência de uns e outros, que interesses menores e picuinhas paroquiais, possam servir de guia, para os nossos nobres edis.
Joinville, se converte numa colcha esfarrapada, que faz da modificação de leis e regulamentos uma moeda de troca. Numa cidade em que as mudanças pontuais tem nome e sobrenome e as escolas ensinam a trapacear como sendo um principio fundamental.
A Pedra Filosofal (*)
Na idade media, existia a crença que alguns alquimistas tinham conseguido a Pedra Filosofal, que tinha a capacidade de converter quaisquer metal em ouro.
Este poder mágico, faria de quem tivesse este capacidade uma pessoa poderosa e riquíssima.
Joinville é uma cidade prodigiosa, que tem a capacidade de crescer como resultado do esforço e do trabalho dos seus cidadãos. Poucos recursos públicos contribuem ao desenvolvimento desta cidade. Quando chegam, sempre são menores, que o muito que já foi arrecadado. Por estas e outras, o joinvilense tem se especializado em não depender de outros e em confiar só em seus próprios médios e recursos, para poder prosperar.
Existe porem um pequeno grupo de alquimistas, pouco mais de uma dúzia, que se esforçam dia trás dia em obter a pedra filosofal, para poder facilmente acumular riquezas e poder, sem precisar de esforço e trabalho. Ao poder modificar ao bel prazer as taxas de ocupação, os gabaritos para prédios e ao propor de forma pontual e dirigida, novas taxas de adensamento, os nossos alquimistas conseguem converter terrenos pouco valorizados em ouro.
O risco que os alquimistas corriam era, que se como o rei Midas, convertessem tudo em ouro, o ouro não só deixaria de ter valor, porque seria um metal comum, como também ocasionaria a sua propria morte. A ameaça que estes aprendizes de feiticeiro representam para esta cidade prodigiosa é grande e a sociedade precisa estar alerta, para acompanhar as alterações, que como sempre, estão sendo propostas, para beneficiar a poucos e prejudicar a maioria.
Uma cidade sem planejamento, em que tudo seja possível, em que o céu seja o limite para a verticalização e sem infra-estrutura que permita um crescimento harmônico, fará que viver aqui seja uma armadilha.
25 de novembro de 2009
O ensinamento de uma escola
O CURIOSO CASO DO COLÉGIO MACHADO DE ASSIS
O Colégio esta localizado na quadra formada pelas ruas Herval D’oeste, Saudades, Guaramirim e Canoinhas, no bairro Saguaçú em Joinville e representa um caso interessante de conflito de interesse. O que começou como uma pré-escola foi aos poucos crescendo e ao crescer passou a estar em desacordo com a lei, não com uma lei, mas com varias, tanto é que consegue acumular uma boa quantidade de notificações e multas dos mais variados órgãos da fiscalização da Prefeitura Municipal.
O problema que a escola vive, não é diferente do que muitos empreendedores experimentam, ao começar a crescer, o que era uma pequena oficina de fundo de quintal, permitida pela benevolência dos vizinhos, acaba se convertendo num problema, o barulho das maquinas e dos equipamentos, os caminhões e inclusive carretas trazendo matérias primas e levando produtos manufaturados, não são compatíveis com a tranqüilidade e o sossego que se deseja numa área residencial. O filhote de cachorro cresceu até um ponto que não cabe mais no apartamento. O que fazer?
A escola em questão enfrenta um problema adicional, como pode ser referencia de ensino e de valores morais e cívicos uma instituição de ensino que desrespeita sistematicamente a lei, que incomoda os vizinhos, que gera um volume de trafego incompatível com o zoneamento, que constrói sem respeitar os recuos e taxas de ocupação a que os vizinhos se vêem obrigado. Que tipo de ensinamento esperar de uma instituição de ensino que fazendo ouvidos moucos aos insistentes avisos e notificações, se empenha em querer modificar a lei para o seu beneficio próprio.
Alterar pontualmente a lei, exclusivamente para beneficiar uma escola, alem de uma burla aos cidadãos que a respeitam e a cumprem, representaria uma anistia injusta das multas que a escola acumula. Ainda mais lamentável, que legisladores municipais trocam votos de projetos de lei conforme a conveniência de uns e outros, que interesses menores e picuinhas paroquiais passam a servir de guia, para os nossos nobres vereadores.
Joinville era ate bonita em sua colcha de retalhos, que por conta das modificações perderá seus fios, ficando apenas com os retalhos. Uma cidade em que as mudanças pontuais onde não são pesadas as conseqüências têm nome e sobrenome
Perguntas sem resposta
Leiam esta carta:
Prezados Conselheiros,
Estive presente na entrega do ofício ao Presidente da Câmara de Vereadores hoje às 8h30min e na sequência na Audiência Pública da qual trago os relatos.
1. Vereador James Schroeder apresentou a proposta de mudança de Lei chegando aos números abaixo do déficit habitacional de 15 mil moradias, lembrando que esta informaçao difere da que foi apresentada no PLHIS. A informaçao original e a que destacamos em vermelho: Explicando: o vereador James anuncia 15 mil com déficit habitacional porém na penúltima reuniãodo PLHIS de 23/10/2009 apresentaram 13mil inscritos pela Secretaria de Habitação, déficit de 7037 pelo IBGE e projeção para 2021 de 12888 moradias (cálculo da empresa de Ctba que está fazendo o PLHIS).
De 0 a 3 salários mínimos = 9058 famílias assim sendo:
São Marcos - 49.
Vila Nova - 370.
Nova Brasília - 253.
Morro do Meio - 267.
Escolinha - 152.
Boehmerwald - 192.
Panaguamirim - 611
Relata ainda o vereador que para esta etapa do Programa Minha Casa Minha Vida serão atendidas 2300 famílias, com pretações de $ 50,00 ou até 50% da renda para pagamento em 10 anos e o restante será subsidiado pelo Governo Federal.
Informou ainda que 37,5% das áreas de Joinville estão em mãos de um proprietário que segundo ele não esconde este fato. Ainda apresentou o Vereador James três possíveis áreas.
2.-O vereador Patrício, do São Marcos colocou-se contra pela falta de infraestrutura para implantação neste Bairro (escola e posto de saúde) além da perda da qualidade de vida do local.
Foi rebatido pelos vereadores Tânia, Osmari Fritz e pelo presidente da Câmara. Esta não foi a real posição da presentatividade dos moradores do referido Bairro pelo que pode ser percebido.
Onde quero chegar: para quem esteve presente até às 12h50min por favor justifique, pois fiquei Confusa.
A questão que nos foi colocada ontem ne Reunião do Conselho da Cidade todos sabem, a ponto de termos decidido por unanimidade fazer ofício de encaminhamento ao Presidente da Câmara para liberar área para o PMCMV.
Presentante do Bairro Moro do Meio pediu que fosse implantado o Programa lá pois há muitos na fila de espera. Notem os dados acima apresentados:. São Marcos - 49. Morro do Meio - 267, o que vem a justificar realmente a maior necessidade no Morro do Meio. Por ter feito um trabalho acadêmico recentemente apresentado à Prefeitura Municipal de um Projeto de Habitação de Interesse Social mais Sustentável e com geração de emprego e renda o qual foi entregue ao Prefeito Municipal e Secretário de Habitação protocolado em 13/04/2009, repito de presente.
Assim procurou-se por um terreno real com indicação da Secretaria de Habitação e fez-se o referido Projeto em área do Município e com outra ao lado que estaria sendo adquirida, somando 32.062m2 (dentre frações de áreas a serem desapropriadas para fins social, áreas remanescentes e áreas já doadas ao Município) localizado na Rua Minas Gerais esquina com a Estrada Lagoinha. Fui ao microfone e lembrei ao Secretário de Habitação, mas como não respondeu, creio que não entendeu meu questionamento, ao final da Audiência falei e mostrei no mapa exposto no telão a referida área. Aproximou-se o representante da CEF e justificou que a construtora que edificará o empreendimento do PMCMV adquirirá o terreno mas que a PMJ poderia vir a usar este terreno... Agora pergunto:
1. então porque todo este trabalho sobre o Bairro São Marcos?
2. se o déficit do Morro do Meio e de outras localidades como o Panaguamirim é maior que o Bairro São Marcos além de argumentações da Associação de Moradores do São Marcos indicando necessidades muito maiores no Jardim Paraíso e Sofia, além de outros bairros, porque insistir no Bairo São Marcos?
3. além disto, segundo manisfestação do arq. Eduardo da Fundema precisaria ser avaliada a área do Bairro São Marcos do ponto de vista ambiental;
4. se o déficit é o menor de todos no Bairro São Marcos por que lá implantar? Porque não nos locais de maior carência e necessidade? Ou outros? Menos descolamento entre trabalho e moradia com certeza acontecerá?
5. se a construtora adquire a área qual a razão da mudança do zoneamento e mesmo sem se ter certeza ainda onde será implantado porque mudar o zoneamento?
6. segundo perguntei ao Secretário Sr. Alsione respondeu que o recurso não voltará ao Governo Federal, então porque esta pressa e mesmo porque desde o mês de setembro já estão para decidir e não foi assim de última hora para ser decidido até 30/11?
Peço por favor esclarecimentos a quem for de responsabilidade quanto às argumentações e questionamentos acima. Nada como mostrar tudo de maneira transparente e com clareza.
Atenciosamente,
Rosana Barreto Martins
Representante do Conselho da Cidade/suplente
Câmara Setorial do Ambiente Construído
A Gaiola dos Macacos (*)
Democracia é a arte de, da gaiola dos macacos, gerir o circo.
É conhecida a experiência desenvolvida a partir de um estudo sobre o comportamento de um grupo de macacos colocados numa gaiola. No meio da gaiola e a certa altura se colocou um cacho de banana. E se disponibilizaram algumas caixas, que se empilhadas permitiriam a um macaco ou a um grupo deles alcançar as bananas.
Um dos macacos tomou a iniciativa de empilhando as caixas alcançar o cacho. Quando conseguiu, um potente jato de água foi lançado sobre todo o grupo. E sucessivamente foi repetida experiência, até que os macacos foram desestimulados a tentar alcançar o cacho.
Quando finalmente não houve novas iniciativas, um dos macacos da gaiola foi substituído por um novo macaco, que sem conhecer a experiência, tomou a iniciativa de tentar alcançar o cacho, sendo desestimulado a faze-lo pelos demais macacos. A experiência foi repetida até que todos os macacos que compunham o grupo inicial foram substituídos por um novo grupo de macacos que nunca tinha vivido a experiência de receber o jato de água. Porem que de modo condicionado e estimulados pelos outros, desistiram de tentar alcançar o apetitoso cacho de bananas maduras.
Nas gaiolas de macacos que temos por aqui, são também os macacos mais experientes, que assumem o papel de instruir os novos sagüis, que entram na gaiola, sobre o que pode, o que deve e o que não deve ser feito. O curioso é que os novos sagüis superam rapidamente as técnicas, criatividade e habilidades dos macacos mais experientes. As macaquices dos novos sagüis superam em muito o imaginado pelos lideres do bando.
24 de novembro de 2009
Forrest Lula
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23 de novembro de 2009
Nucleos na Argelia
O Ministério da Micro e Pequena Empresa de Argélia apresentou nas jornadas nacionais do Artesanato e da Micro empresa os resultados do projeto que em parceria com a GTZ ( Agencia Alemão de Cooperação Técnica) em que seguindo o modelo desenvolvido no Brasil e especialmente em Santa Catarina, de formação de Núcleos Setoriais.
Argélia depois de dois anos de implantação do projeto e de ter conhecido o modelo catarinense, tem hoje 146 núcleos funcionando com mais de 1500 empresários participando, representando mais de 20 setores económicos diversos.
Na imagem o Discurso do Ministro da MPE, Sr. Mustapha Benadaba, na plenária das Jornadas nacionais do Artesanato e da Micro empresa, realizadas em Argel nos dias 21,22 e 23 de Novembro - No Club des Pins, com a participação de mais de 1200 presidentes de Câmaras Empresariais, executivos e empresários.
A logica das multas
A Fundação Municipal do Meio Ambiente aplicou multa de R$ 336.600 a Emaisa Empreendimentos e Locações Ltda responsável por desmatar uma área de vegetação nativa com aproximadamente 250 mil metros quadrados, no Paranaguamirim.
A empresa tem prazo de 20 dias úteis para apresentar a defesa administrativa a contar desta terça-feira, dia 24. A multa equivale a 2 mil Unidade Padrão Municipal (UPMs) e foi calculada com base nos itens de agravo do dano ambiental. Por ser floresta de restinga é considerada área de preservação permanente.
O desmatamento foi localizado em 14 de outubro em uma operação conjunta que envolveu a Fundema, Graer e Polícia Ambiental. Á área estava sendo monitorada por imagens do Google Earth
A Fundação Municipal do Meio Ambiente de Joinville (Fundema)aplicou multa de R$ 252.450,00 à Cia. Fabril Lepper por ter poluído o rio Cachoeira, em agosto. A empresa tem prazo de 20 dias úteis para apresentar defesa administrativa, a contar da data desta quinta-feira, dia 12.Depois disso, a Fundema analisa e emite o julgamento do processo. Caso a multa seja mantida, a empresa poderá, em última instância administrativa, recorrer ao Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema).
Com uma diferença de poucos dias a Coluna do jornalista Cláudio Loetz, no jornal A Noticia, veiculou estas duas noticias. Confesso que tenho dificuldade em entender a lógica por trás do valor das multas.
Como são definidos os valores? Qual é o critério para definir que o desmatamento de 250.000 m2 de mata nativa em área de preservação permanente, vale X e o derramamento de uma quantidade indefinida de efluentes, que pode ter chegado a 1.000 lts. valem Y?
A lógica parece nebulosa. Quanto mais o processo seja transparente e verificável, mais a sociedade estará a salvo de interpretações parciais e de multas mediaticas. O contribuente pode ficar com a impressão que é possível estabelecer um parâmetro que aplique um critério maior, as que ocupem um maior espaço na mídia. O que as faria ser mais caras, que aquelas que recebam menor cobertura mediática. Desta forma se cria uma lógica perversa, em que uns são mais punidos, para servir de exemplo e se perde o principio da igualdade de todos perante a lei.
Parece que por esta lógica, as árvores valem muito menos, pode ser porque a própria Prefeitura tem mostrado uma relação menos harmoniosa com a vegetação arbórea, que com um rio que é um esgoto a céu aberto.
22 de novembro de 2009
Vergonha
21 de novembro de 2009
Para pensar acordado
20 de novembro de 2009
O Ceu é o limite
- O CÉU É O LIMITE
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Em carta a ser enviada a Carlito Merss nos próximos dias, um grupo de associações de moradores de bairros próximos ao Centro suplica ao prefeito empenho para que não sejam aprovadas mudanças urbanísticas em Joinville. O grupo refere-se à consolidação de leis do setor, em curso na Câmara de Vereadores desde o ano passado e com possibilidade de aprovação ainda este ano. Entidades de classe – ainda não estão definidas exatamente quais – estão participando do movimento.
O pessoal adversário das mudanças garante que os vereadores estão planejando liberar a construção de prédios sem limite de andares no Centro da cidade e arredores – hoje, o máximo é de 18 pavimentos. Tal medida seria um atentado à qualidade de vida, pois não haveria infraestrutura para suportar tantos prédios. Não haveria problema em liberar tais construções, desde que fossem cobradas compensações em dinheiro (outorga onerosa de construir): com a grana, seria possível investir na infraestrutura da cidade, seja na área diretamente afetada pelo empreendimento ou em outras regiões.
Colcha de retalhos
Há queixas em relação à possibilidade de permissão de unidades de reciclagem de lixo em quase toda a cidade; redução de recuos obrigatórios em determinadas zonas; entre outras. “Uma verdadeira colcha de retalhos amadorística e desarticulada”, alega a carta, ainda em elaboração.
Audiências
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A cobrança é para que o trabalho da Câmara se resuma à consolidação de leis já existentes, sem criação de novas regras que não sejam discutidas pela sociedade. Na semana que vem, estão previstas audiências públicas na Câmara para debater projetos de mudanças de zoneamento.
Movimento Cidade Digna
Frente a tanta confusão e a tantos interesses mesquinhos e pontuais, esta criando corpo o Movimento Cidade Digna, um grupo significativo de ONGs, legalmente constituidas, com CNPJ.
Que revoltadas com as propostas que estão circulando na Camara de Vereadores e que estão tendo eco entre os legisladores municipais, estão se organizando e colocando o bloco na rua.
Esta turma vai fazer barulho. Veja o texto original que esta sendo divulgado.
Movimento Cidade Digna
Ponto de Onibus na rua Marechal Deodoro
Lembrando que a sinalização, manutenção e melhoria dos pontos de ónibus é responsabilidade da Prefeitura Municipal de Joinville.
Conferência da Cidade
19 de novembro de 2009
A beira do caos
Anel Viário
Anel viário
Leitor assíduo de “A Notícia”, fiquei entusiasmado com a entrevista concedida ao colunista Claudio Loetz pelo presidente da Acij, Carlos Schneider.
Loetz trouxe ao debate um tema muito importante e explorado nas eleições de 2008. Na ocasião, os candidatos do PT e do DEM disputavam a paternidade do Projeto Eixo Norte-Sul, sob a alegação de que essa seria a única solução para o sistema viário. Os candidatos do PP e do PDT pregavam que a solução viria com o veículo leve sobre trilhos (VLT).
Eu, representando o Partido Verde, optei por um projeto único, totalmente viável, integrando as necessidades das pessoas.
Elencamos oito eixos balizadores e mostramos a todo joinvilense que é possível fazermos uma cidade mais organizada e moderna.
Entre os 43 desenhos apresentados, um foi o do “anel viário”. Proposta radicalmente inversa ao processo natural que se permite em Joinville, mas que temos como alternativa de organização espacial da cidade.
Naquela mesma eleição, no segundo turno, do qual não participei, os dois candidatos perceberam que a solução para nosso sistema seria mesmo a implantação do anel viário e defenderam a minha ideia.
Torço para que o prefeito perceba que o projeto merece ser considerado por ser, sem sombra de dúvida, a melhor e mais inteligente alternativa.
Rogerio Novaes
Joinville
18 de novembro de 2009
Embate desigual
Embate Desigual
A responsabilidade para determinar que cidade teremos no futuro, esta hoje dividido a partes iguais entre o legislativo e o executivo, a LOM concede este direito a ambos. Divisão esta que parece injusta, se consideramos a capacidade, conhecimento especifico e a estrutura desigual que ambos possuem. A situação se agrava quando o planejamento não é feito de forma coordenada e harmônica.
O Executivo dispõe para planejar a cidade de uma estrutura formidavel, o IPPUJ, com mais de 60 funcionários, dos quais 30 com formação superior, em arquitetura, engenharia, sociologia, psicologia, entre os engenheiros, alem de civis, também elétricos, florestais e por ai afora. Uma força que não pode ser desconsiderada e que permite ao executivo ainda combinar esta capacidade com a Procuradoria do município e o competente quadro técnico da Seinfra se for necessário.
O legislativo, para legislar na área de urbanismo e planejamento urbano, conta com um único Engenheiro químico, como assessor de urbanismo e pouco mais, parece uma luta desigual, quando os interesses e objetivos não são os mesmos. A complexidade dos temas em analise, as repercussões de decisões tomadas sem os necessários estudos técnicos e sem um amplo debate, são custosas para a sociedade e tem trazido a cidade a esta situação em que nos encontramos.
A falta de harmonia na concepção da cidade e a construção de modelos diferentes de desenvolvimento, tem impacto profundo na cidade. Os únicos perdedores neste embate somos os cidadãos que vemos Joinville, sendo retalhada e segmentada em pequenos pedaços, que mostram a luta de interesses opostos.
Ao criar o Conselho da Cidade, Joinville passou a contar com um ambiente democrático, participativo e representativo da sociedade. O Conselho da Cidade é um foro mais adequado e qualificado, que as audiências publicas homologatórias que a Câmara de Vereadores tem promovido no atacado, para tentar dar credibilidade a um processo em que a sociedade virou um mero espectador. Massa de manobra para ocupar o plenário. Audiências publicas que tem se desprestigiado a cada nova edição pela sua banalidade, superficialidade e ausência total de estudos técnicos que possam servir de embasamento.
Joinville só será uma cidade melhor, quando consigamos unir toda as capacidades em prol dos mesmos objetivos e neste momento, desconsiderar a credibilidade que o Conselho da Cidade representa, acrescentada pela capacidade técnica das próprias câmaras técnicas e da estrutura do IPPUJ, é um contra-senso e compromete o nosso futuro e o das próximas gerações, que pagarão o preço da nossa pequenez atual.
17 de novembro de 2009
Ministerio da Verdade
Nunca antes na historia desta cidade
Do mesmo modo que o governo federal repete a saciedade o bordão, “Nunca Antes na Historia deste Pais...” Também em Joinville tem se adotado o mesmo principio. Por citar um exemplo recente, Na Festa das Flores o tópico é que nunca antes na Historia da Festa das Flores... Por favor, me poupe, uma festa que chega a sua 70 edição, com certeza já viu de tudo. Desde trabalho voluntário sendo regiamente remunerado, a verbas milionárias para publicidade, até compras sem licitação.
A Prefeitura Municipal encaminhou recentemente um projeto de lei para criar novos cargos no executivo, sem tomar o cuidado de reduzir nenhum em outros setores, em que sem duvida tem gente sobrando, também neste caso o bordão erra, porque já outras vezes na historia desta cidade vimos este tipo de situações.
Poderia ser aproveitado o projeto de lei para criar um novo serviço, que já começou a funcionar, por enquanto de forma pouco profissional, porem com bons resultados. A implantação do MINVER (Ministério da Verdade) que no caso de Joinville deverá assumir o titulo de SEVER ou Secretaria da Verdade. A construção da verdade é uma peça importante do modelo de governo proposto.
As informações para a sociedade, passam a ser verdades, Os parques serão entregues em 2009, se depois não acontece, a SEVER tem o cuidado de informar que não foi bem assim, que o que tinha sido informado seria que seriam entregues em 2010, em 2011 ou em 2012, dependendo claro da pluviometria. Que o PA 24 Horas, que estava quase pronto, continua sem ser entregue a população, não tem problema, os técnicos da SEVER, emitem um novo comunicado esclarecendo, que não era bem isto, que na verdade o projeto tem problemas, que precisam ser resolvidos e a obra refeita por um custo varias vezes superior ao orçado.Que é preciso uma justificativa para cortar umas árvores que atrapalham o novo corredor de ónibus, os técnicos da SEVER inventam parasitas e problemas inexistentes, para convencer a população da ação heróica dos bravos desmatadores, que operam em prol da segurança da população desvalida. Que em lugar de contratar novos médicos, estamos hoje com menos médicos, porque o município paga pouco. Nada que a competente estrutura da SEVER, não possa resolver informando que os salários que Joinville paga para os médicos especialistas, são maiores que os que recebe o ministro da Saúde de Mali, ou que se equivale aos proventos que um pipoqueiro
Anel Viario (Versão Publicada pelo Jornal A Noticia)
Anel viário, por Jordi Castan*
Em entrevista ao jornalista Claudio Loetz, em “AN”, o presidente da Acij, Carlos Schneider, sugere a construção de um anel viário para resolver os problemas do trânsito. A proposta serve também para questionar o projeto de um eixão Norte-Sul. O bom senso recomenda que a ideia deve ser vista com ceticismo, porque foi concebida de forma apressada, nos estertores da administração municipal passada e mais direcionada a criar um fato político na campanha eleitoral do que a ser uma alternativa viável.O projeto, que nunca parece ter superado a fase de um desvario, é caro, exige pesadas obras de infraestrutura e quase com certeza não sairá do papel. E se o fizer, será parcialmente, acrescentando uma às dezenas de obras incompletas ou parcialmente executadas. Os seus principais erros são o de não resolver as necessárias ligações Leste-Oeste e desconsiderar o modelo de uma cidade policêntrica, que precisa fluir sem passar obrigatoriamente pelo Centro.
Schneider é qualificado para opinar sobre o tema, apesar de não ser um especialista em urbanismo, pois é uma pessoa viajada. Viajar lhe permite adquirir uma perspectiva diferente da cidade, dos problemas e das possíveis soluções. Ao ver a cidade com outro olhar, passa a propor alternativas que não sejam as pautadas pelo imediatismo político e pela mediocridade possível.
É alguém que pensa e que faz do pensar um hábito. Que planeja a médio e longo prazo. Que toma decisões que definirão o futuro de milhares de pessoas. Esta forma de agir confronta com a unicidade de pensamento e com a falta de criatividade, que têm traçado o destino de Joinville há tempos. Se por um lado a opinião contrasta com projetos que repousam nas gavetas da Prefeitura, por outro exigirá dele e da Acij posições e atitudes mais firmes.
O episódio lembra aquele rei da Idade Média que, querendo confrontar o conhecimento dos sábios do reino, perguntou: Aonde está o centro do mundo? Um jovem discípulo respondeu: “O exato lugar que sua majestade ocupa. Porque sendo o mundo redondo, todos os pontos estão equidistantes”. Frente aos que enxergam um mundo plano, é bom escutar que o mundo é redondo, como a proposta do anel viário.
Este texto. editado pelo jornal, difere sensivelmente do texto original enviado para publicação. O jornal entendeu que esta versão seria melhor. O leitor do blog pode comparar as duas versões e tirar as suas conclusões.
Algumas vezes pro motivos tecnicos, de espaço ou de compreensão os textos publicados nos jornais são editados. Ao editar, pode acontecer que o sentido de determinadas frases seja alterado. Outras vezes o texto melhora sensivelmente.
Como dizem os italianos: "Tradutore, traditore"
16 de novembro de 2009
A arte da Mentira Política (*)
Recentes estudos comprovam o todos já estamos carecas de saber. Todos mentimos, a diferencia reside na quantidade de vezes e no tamanho das mentiras.
Mark Twain escreveu que “ Ninguém poderia viver com alguém que falasse sempre a verdade.” E é hoje que a sua afirmação se mostra profética.
Especialistas fazem questão de diferenciar as pequenas mentiras, aquelas chamadas caridosas, como por exemplo quando alguém próximo nos pergunta: você acha que engordei? Ou os contadores de historias, Quando todos sabemos que tudo não passa de um exagero ou de uma fabulação, neste grupo é fácil encontrar pescadores e namoradores. Que não podem ser colocadas no mesmo nível que aquelas proferidas pelos mitômanos profissionais, aqueles que tem como objetivo enganar, burlar e se aproveitar da boa fé dos outros.
Neste quesito ninguém consegue um refinamento maior que os nossos políticos. Inclusive já em 1600 o escritor britânico Jonathan Swift escreveu o seu tratado da Arte da Mentira Política, livro de leitura obrigatória em curso de graduação e doutorado, que mostra com todo luxo de detalhes a refinada técnica que deve ser desenvolvida para poder mentir com profissionalismo.
A arte da mentira, requer alem da teoria, a pratica e só a pratica diária leva a perfeição. Entre as dicas que devem ser seguidas a risca pelos mitômanos profissionais, destacam a de Não estabelecer prazos curtos para as promessas que se façam, porque podem ser verificados pelos eleitores. Por isto não é recomendável dar datas exatas para inauguração de Parques, praças, PAs (Pronto Atendimentos), ou para asfaltamento de ruas ou construção de binários. Sempre é necessário deixar a porta aberta para o imponderável, como chuvas, desapropriações ou raios.
Outro tema que merece ampla discussão é se o povo, tem ou não direito a saber a verdade, a opinião geral é que o povo formado por gente ignara e pouco preparada, deve ser enganado sistematicamente, que não pode e não deve, pelo seu próprio bem, ser confrontado com a verdade.
É verdade, contudo, que frente as mentiras contumazes dos políticos profissionais, o povo responde com as suas. Numa ingênua forma de resposta e equiparação, comentando e fofocando, que fulano engordou no governo, que comprou casa na praia, ou que uma vizinha assegura que a mulher fez uma plástica, paga por um empreiteiro. Tem quem assegura que aquela ex-miss, teria sido a sua amante. Mentiras tolas, que o povo usa para, tentar se equiparar a verdadeiros profissionais do dissimulo e da truanice
Lula no Vale de Jequitinhonha
O Presidente foi a Itinga, no vale do Jequitinhonha, para inaugurar uma ponte, e foi agraciado com uma camiseta vermelha, com a estrela do PT.
Veja o mico que ele pagou!
A camiseta foi-lhe entregue com a parte da frente voltada para ele.
Ao estendê-la para ver sua foto ele expôs a parte de trás para os outros.
Veja só a cara dele quando viu o que todos os presentes já tinham visto.