12 de julho de 2010

Covardia (*)

Covardia


No passado recente uma boa reprimenda ainda fazia efeito. Na maioria das vezes nem precisava do castigo. Ser chamado pelo diretor ou diretora na escola, depois de ter aprontado uma e outras, tinha um efeito que hoje chamaríamos de sócio-educativo, que na maioria dos caos não seria preciso tomar medidas punitivas mais duras.


Aos poucos temos perdido a maioria dos valores morais que em tempos passados já constituíram o esteio da nossa sociedade. Honestidade, ética, seriedade, pontualidade, comprometimento e tantos outros que hoje foram esquecidos e não são aprendidos nem na escola, nem o que é pior na própria família. Os valores morais que formam o caráter de um individuo e da sua sociedade, devem ser aprendidos primeiro em casa, no seio da família, pai e mãe são os referenciais. O que aprendamos deles nós marcará para toda a vida.


São cada vez mais comuns as historias de alunos dando carteiraços em professor, tem caso de aluno de 8 anos em escola tradicional de Joinville, dizendo para o professor: Você sabe de quem eu sou filho? Estes casos são ainda mais comuns em faculdades e universidades em que os professores já perderam a conta do numero de vezes que escutaram: Você sabe com quem esta falando?


A Administração publica é o reflexo da mesma sociedade, com os seus valores, virtudes e defeitos, aumentados em geral pelo uso do poder e da autoridade que os cargos públicos conferem. Quando os guardas de transito se escondem para multar, sem deter o veiculo e notificar primeiro verbalmente ao motorista, agem covardemente, escondidos trás o poder de policia e a autoridade que a fé publica lês confere. Prestam porem um desserviço ao fugir da sua obrigação primeira, que é a de advertir, educar, ensinar e só em ultima instância punir. Agem sem coragem para cumprir sua função publica ocultos por postes e arvores.


É fácil dizer que multar é a melhor solução, renunciando a educar, a advertir. O resultado que teremos cada vez mais é uma sociedade violenta, formada por indivíduos que não fazem nada mais que se defender da truculência, do abuso de poder e da prepotência dos que tem a obrigação de servir a sociedade, e tem a responsabilidade de ser referenciais dos valores éticos e morais que consolidam uma sociedade justa e plural.

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