O preço e o valor das coisas
Depois que alguém passa dos cinqüenta é normal que tenha que acrescentar a sua mala de viagem, uma pequena farmácia com os remédios mais usuais, a possibilidade de ter que precisar de algum deles aumenta a cada ano e a cada viagem. Tocou-me as pressas buscar uma farmácia na ultima viagem, para repor um dos remédios que tomo regularmente. A surpresa foi que o preço do remédio, elaborado pelo mesmo laboratório, com a mesma dosagem e o mesmo conteúdo, custou um terço do preço que pagaria regularmente em qualquer farmácia local.
Em outra viagem, me chamou a atenção o preço promocional de um modelo Logan, fabricado, na Europa, pela Dacia, uma subsidiaria da Renault, o preço final com os impostos, era de menos de Eu 5.500, utilizando quaisquer taxa de cambio recente, o carro 0 km, na concessionária no custaria mais de R$ 15.000. Para comparar o valor do mesmo carro no Brasil, só seria preciso olhar o jornal de domingo. O preço final, praticamente o dobro do que custaria na Europa.
A conclusão é que somos um país muito mais rico do que imaginamos, porque temos a capacidade de pagar muito mais caro pelas mesmas coisas, pelas que os nossos vizinhos pagam à metade ou até menos. Pode ser perigoso fazer comparações entre o que pagamos pelas coisas e os produtos e serviços que recebemos, porque podemos chegar a conclusões bizarras e acabar estragando o nosso dia.
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