4 de julho de 2010

Preservação e Conhecimento

Preservação e Conhecimento


O Caderno Idéias do A Noticia, publica matéria interessantíssima sobre a preservação do nosso patrimônio histórico e cultural. A publicação em Joinville do Roteiro Turístico – Arquitetônico e Cultural, de autoria da arquiteta Rosana Barreto Martins representa uma importante contribuição ao conhecimento e preservação do nosso ameaçado patrimônio.



O texto e principalmente o mapa, que localiza cada um dos pontos que deve ser primeiro conhecido e posteriormente preservado, são material de leitura obrigatória para os joinvilenses, principalmente os que detem cargos públicos e tem sob sua responsabilidade a preservação de um patrimônio que se esvai, sob seu olhar complacente. É verdade que a torpeza com que os temas referentes ao patrimônio tem sido tratados pelas administrações publicas e a lerdeza com que as poucas ações efetivas tem acontecido, tem servido para estimular que a maior parte do patrimônio de Joinville tenha se perdido irremediavelmente.


A atitude da maioria das nossas preclaras lideranças empresariais e administrativas, que vêm na preservação um engessamento, ao desenvolvimento marcial que se empenham em implantar em Joinville. O modelo de cidade proposto é construído a partir das diretrizes destas hordas de talibans do concreto, emulam as tribos bárbaras, que na sua ignorância, destruíam tudo o que não alcançavam a compreender. Fazendo da terra arrasada o seu referencial e o alicerce para construir uma nova sociedade, que desconsidera os referenciais históricos e culturais de outrora.


Joinville se encontra hoje, nesta encruzilhada, sem conseguir elaborar e apresentar a sociedade, uma proposta coerente que entenda que “preservar não é tombar, nem renovar é por tudo abaixo”. Impor uma preservação pelo tombamento, sem reconhecer a necessidade de oferecer alternativas econômicas que garantam a sustentabilidade do próprio tombamento é condenar Joinville e perder o pouco que resta em pé. Não propor alternativas ao tombamento total, só serve para criar maior apreensão numa sociedade, que tem se acostumado a esperar sempre, do poder publico, as piores alternativas possíveis. E que atuando preventivamente optando por destruir patrimônio e referenciais históricos, numa velocidade inimaginável. Preparando-se para o pior. Quando o pior é a destruição da própria historia.


Imagem da REVI - Revista Eletronica do Curso de Comunicação Social - IELUSC


Publicado no jornal A Noticia

2 comentários:

  1. Jordi, admiro muito seu amplo conhecimento sobre a cidade. Parabéns!

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  2. Obrigado pelo seu comentário.
    Todos temos um compromisso com a cidade e com as pessoas que nela moram.

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