22 de julho de 2010

Férias Solidárias

Férias Solidárias

As férias de Julho não têm no hemisfério sul a mesma duração e significado que tem no hemisfério norte, o período de Julho e Agosto deles, equivale ao nosso verão. Numa viagem recente a conexão no aeroporto de Miami, foi uma boa oportunidade de observação e aprendizagem.

Entre os grupos de turistas dois se destacavam da multidão, os brasileiros e os estadunidenses que optaram por fazer das suas férias uma oportunidade para praticar a solidariedade, realizando um trabalho voluntário. Numa única manha, encontrei um grupo de jovens, a maioria mulheres que com as suas camisetas vermelhas divulgavam o seu projeto de férias, uma missão ao Equador para praticar o que tem aprendido no seu curso de medicina, promovendo a saúde de altitude a mais de 3.000 m. Outro grupo muito mais numeroso estava composto por professores, que se dirigia a Honduras para levar educação e o seu objetivo, tirar do abandono as crianças daquele país, professores dando aula nas suas ferias. Vários grupos das mais variedades idades, informavam nos seus bonés e camisetas que o seu projeto era ajudar a reconstruir o Haiti. Além de dezenas de grupos cristãos, pentecostais ou evangélicos, que fazem das férias a sua oportunidade para ajudar o próximo. A quantidade de grupos, a diversidade de objetivos e o seu entusiasmo não podiam deixar de ser notados.

Os brasileiros formavam grupos mais alegres e barulhentos, indo ou voltando de Orlando e dos seus parques, ou de Miami e dos seus Centros Comerciais. Era fácil identifica-los, carregados como retirantes, quase com uma casa nas costas. Rodeados com as coisas mais inverossímeis, desde uma Minnie de 2 m, a TVs de plasma de 50 ou mais polegadas, não lembro de ter visto ninguém carregando uma geladeira, mas não seria nenhuma surpresa. É a forma escolhida para contribuir e participar de um projeto solidário, para que os Estados Unidos possam superar a grave crise que tem atingido a sua economia. Cada dólar gasto nestas latitudes, traz alegria, ao lar de uma família carente e contribui a manter um emprego americano ou chinês, não tenho certeza. Cada um desenvolve os seus projetos sociais. E mesmo o resultado e objetivos serem diferentes o entusiasmo e a alegria eram comuns nos dois grupos.

Em Joinville, cidade voluntária e solidária por excelência, temos exemplos constantes de quem combate o fogo, ou prepara uma feijoada solidária, ou quem cuida e atende o próximo todos os dias não só nas ferias de Julho. Um bom motivo para nos orgulhar.

Publicado no jornal A Noticia

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