A construção da Incompetência
A pesar que as criticas mais furibundas a administração municipal, podem ser facilmente identificadas com as chamadas “viúvas” da administração anterior, começa a se consolidar a idéia que, esta administração esta muito longe de atender as expectativas que a maioria dos eleitores tinham. É cada dia mais comum escutar, nos lugares mais inusitados, comentários sobre a atual gestão, e posso dizer que até agora, a maioria são de pessoas que normalmente não tinham um posicionamento político, e poucos comentários podem ser consideradas elogiosos.
Neste espaço já abordamos o risco que representava o excesso de expectativas que esta administração despertou. Este excesso facilmente poderia derivar, como de fato parece ter acontecido, para uma frustração desproporcional. Porque desproporcional? Por que objetivamente, as administrações anteriores não foram muito melhores, e a possibilidade que a próxima seja boa, é muito remota. A baixa qualidade das administrações publicas é tão comum, que as poucas que conseguem um mínimo de destaque, são consideradas exceções e inclusive se busca destacar estas raridades com prêmios e todo tipo de reconhecimento.
Cria corpo entre alguns setores a idéia que o problema da gestão municipal é um problema do gestor. Imaginando que alguém com um perfil mais executivo, resolveria facilmente a maioria dos problemas. A proposta, que seja um empresário cria corpo. A administração publica tem desenvolvido uma enorme capacidade para ser complexa e pouco eficiente, na maioria dos casos o corporativismo estimula a omissão, a procastrinação, o não tomar decisões e não assumir responsabilidades,são consideradas virtudes, numa estrutura feita para não funcionar. Um mundo muito diferente do empresarial.
O culto a incompetência pode ter iniciado com as administrações coloniais, mas tem alcançado em nosso país, um nível de perfeição e sofisticação, inimaginável décadas atrás. O conjunto de leis, normas, portarias e regulamentos que protegem este câncer, faz que seja praticamente impossível demitir funcionários incompetentes, como que seja totalmente inimaginável, estabelecer quaisquer indicador real de desempenho ou de produtividade. Será preciso muito mais que um novo Salvador da Pátria, para desfazer este nó Gordio, que impede o nosso desenvolvimento.
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