17 de novembro de 2010

Jardins de Joinville


Jardins de Joinville


Nenhum jardim me parece tão emblemático como o jardim da Prefeitura Municipal, ele transmite uma mensagem clara, sobre a importância que a gestão municipal dá para o verde da cidade das flores.


A primeira impressão é que para os canteiros foram utilizadas todas as flores que sobraram dos outros canteiros da cidade, sobrou uma caixa de torenia, plante aqui. Sobraram duas caixas de begônia, então não desaproveite, plante aqui ao lado. Os beijinhos que sobraram no canteiro desde o inverno passado teimam em crescer no meio das outras flores e o resultado é uma mistura de tudo. O resultado se fosse o quintal florido da residência da Frau Brietzig na Rua Max Colin, seria elogiável e teria ainda um muito de autentico e de original. Quando referido a sede do executivo municipal a mensagem é a de uma caótica desorganização e da total falta de responsável ou autor pela obra.


Faltam arvores e vegetação de porte ao jardim e os poucos ipês que, com teimosia, tentam prosperar próximos ao Tênis Clube depois de mais de 20 anos de plantados, ainda não desenvolveram um porte adequado, o que para bom entendedor, evidencia que, alem de não receber nem um pouco de fertilizante já faz alguns lustros, o solo do jardim não deve ter sido preparado da forma adequada e até agora nenhum dos técnicos e especialistas que diariamente transitam pela sede do poder municipal, tem mostrado muito interesse em cuidar deles.


A impressão geral para um leigo é que se o jardim do Paço Municipal apresenta tal estado de abandono e desatenção, pouco se pode esperar da administração municipal nesta área. Porque se este jardim que esta literalmente frente ao olhar permanente do prefeito e dos principais secretários, não tem merecido maior atenção, aqueles, outros jardins, localizados mais distantes, certamente oferecerão um aspecto bem pior.


Quem entende um pouco mais, acha que se alguém deixasse para cuidar um vaso de flor a algum dos responsáveis da área, o mais provável é que, a planta, não durasse mais de 15 dias, porque quando tivesse água, faltaria o regador, e quando tivesse o regador, faltaria o adubo. E no dia em que estivessem disponíveis água, regador e adubo, seria feriado ou ponto facultativo, impossibilitando o trabalho.



Publicado no jornal A Noticia de Joinville

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