12 de novembro de 2010

Difícil de aceitar, impossível ficar calado (*)

Difícil de aceitar, impossível ficar calado


Participar de reuniões na Prefeitura é sempre um exercício de paciência e uma aula de tolerância. Em recente reunião do Orçamento Participativo, com a participação de técnicos da Conurb, tomei conhecimento que os perigos existentes nas ruas, como as ignominiosas “orelhas”nas calçadas do 62 BI, ou o desbarrancamento na Rua Hermann August Lepper, não são sinalizados, porque os cones e as barreiras são roubados. A solução encontrada pela nossa Conurb, como sendo a mais adequada é não sinalizar. Se algum carro bate no meio fio e estraga o rodado traseiro, como já aconteceu varias vezes, de acordo com os depoimentos de vários dos conselheiros presentes, problema dele. Dele quer dizer do proprietário.


É claro que o roubo de placas, cones e outros elementos necessários para sinalizar os pontos perigosos da cidade, que não são poucos, é um tema grave e que merece alem de uma campanha de sensibilização, uma política publica forte de punição. Mas a posição da Conurb, alem de infantil é vergonhosa, porque mostra incapacidade para enfrentar com competência os problemas que são da sua responsabilidade e para os que a sociedade lhe delegou autoridade.


Outra afirmação que tocou escutar e que deixou a todos os delegados boquiabertos foi que não é preciso fazer projetos executivos, que as obras vão sendo feitas e os ajustes são feitos durante a execução, porque como a legislação permite aditar os contratos em até 20 %, tudo pode ser ajustado durante a execução, e que não tem nenhum problema em fazer, quebrar e refazer.


Claro que é perigoso executar obras publicas sem seguir os projetos aprovados e ainda mais perigoso é que gente que defende este tipo de idéias e conceitos ocupe cargos públicos, mas por outro lado, serve para entender e compreender, porque as obras publicas são tão mal feitas, custam tanto e duram tão pouco. Por isto ninguém deve se surpreender se as ciclofaixas recentemente implantadas junto as calçadas do 62 BI, sejam refeitas, e trocadas pelas ciclovias, que os delegados tinham solicitado no projeto original elaborado pelo IPPUJ. O custo de fazer, desfazer e refazer, será incluído na conta e continuaremos pagando caro e fazendo malfeito.


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