28 de fevereiro de 2010

Obras publicas um desafio de séculos (*)

Obras publicas um desafio de séculos


Se por um lado a engenharia e a técnica tem evoluído muito nos últimos anos e de forma espantosa nos últimos 100 anos, não é menos verdade que continuamos enfrentando problemas na construção das obras, principalmente as publicas. Se para a construção das catedrais góticas, na idade Media eram precisos séculos e milhares de artesãos que de forma manual trabalhavam cada pedra, com precisão de ourives, para conseguir o encaixe perfeito e o resultado desejado, também hoje as grandes obras publicas e também as pequenas, se alastram a velocidade de lesma.



Na medida que os desafios tecnológicos tem sido vencidos, novos desafios surgem, as limitações de altura, resistência e velocidade de tempos passados, foram substituídas, pelas novas pragas que assolam o pais, a burocracia, a corrupção e a incompetência, também chamada de estupidez. Difícil decidir qual é a pior, qual é a mais nefasta, qual a que gera maiores prejuízos?


A mais perversa é a corrupção, que aumenta de forma criminosa o custo das obras publicas e reduz a sua qualidade, as vezes aumentando o nível de risco acima do bom senso. A mais poderosa é a burocracia, que sustentada por um corporativismo eficiente e voraz, converte cada passo, num calvário e cada contato do contribuinte com o poder publico numa serie de empecilhos e dificuldades, que chegam ao absurdo de precisar que alguém ateste a autenticidade de assinatura num documento, entregue em própria mão, pelo portador de um documento de identidade valido, em outras palavras alguém outro precisa provar e atestar que eu sou eu, depois do pagamento das taxas e emolumentos correspondentes. A mais presente é a da estupidez, repartida democraticamente entre todos os níveis da nossa sociedade, infinita na sua capacidade de complicar, dificultar e impedir o desenvolvimento, por pura estultícia.


Por este e outros motivos que a nossa cidade não avança mais rápido, porque não somos diferentes de centenas de outras. As obras mesmo as menores e mais simples permanecem inconclusas ou nem chegam a iniciar.

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