16 de fevereiro de 2010

Já chegamos a 55 %


55 %


Tem muitas historias sobre a ineficiência da gestão publica, sobre como o governo administra mal e gasta muito, sem olhar o contribuinte. Quase todas plasmam situações reais, verídicas e em todas se destaca o seu lado engraçado, por esta capacidade que o brasileiro tem de rir de tudo e não precisar ter que encarar as coisas com seriedade. e quase todas plasmam uma situação real, inegável.


A administração municipal tem utilizado até a exaustão a falta de recursos para justificar quase tudo. Tanto o que não faz, o que deixa de fazer e o que poderia estar fazendo. A pesar dos constantes e sucessivos aumentos de arrecadação, numa voracidade ilimitada e nunca satisfeita. Sempre falta dinheiro. A cantilena, por constante e repetitiva, perdeu efeito e não serve mais como justificativa, a população não parece gostar da ideia que mais da metade do orçamento seja destinado a pagar a folha.


O Secretário de Planejamento, Eduardo Dalbosco,informou recentemente que só a folha já representa 55 % do custo total da prefeitura, muito próxima, portanto do limite dos 57 % impostos pela lei de responsabilidade fiscal. Uma situação que deixaria a qualquer administrador de cabelo em pé. A situação é mais grave por dois motivos. O primeiro é que mesmo sem contratar nenhum novo funcionário e sem aumentar o salário à folha da prefeitura municipal de Joinville cresce assustadores 12% ao ano, só por conta de triênios, vantagens, incorporações, bónus e outras benesses. Segundo porque a administração continua contratando e aumentando salários, como se não houvesse amanha. Chegar aos 57 % é uma questão de tempo, alias de pouquíssimo tempo.


No passado recente, se optou em reduzir o horário de expediente da prefeitura, sem redução proporcional de salários, carga horária passou de 40 horas para 30 em media. Como não existe muito mais espaço para aumentar, ainda mais, a carga impositiva, a pesar de não ter faltado secretario com entusiasmo e vontade para isto. Estamos chegando mais perto de um impasse. A prefeitura já é hoje a maior empregadora de Joinville, sem que o PIB tenha aumentado um centavo por isto. Uma proposta que poderá surgir desta situação critica será a de reduzir a jornada de trabalho da prefeitura a um ou dois meios dias por semana. Talvez alguns minutos, poucos, por dia. Reduzindo assim os elevados custos, com cafe e adoçante, inclusive as contas de energia elétrica e telefonia devem reduzir de forma significativa, com a maior redução do expediente. Como única alternativa heróica para compensar o aumento desenfreado da folha de pagamento, que cresce a cada dia como as tranças de Rapunzel, ou será que tem outra?


Publicado no jornal A Noticia

2 comentários:

  1. Caro Jordi, vendo a questão dos pontos facultativos da prefeitura esse ano, junto com o balanço que mostra o limite de gastos com a folha , proponho e informo o seguinte.

    Referente aos pontos facultativos, que ao que parece não haverão mais, o que não é injusto, nem com servidores, nem com a população, tendo em vista que o servidor ganha para trabalhar 40 horas semanais, e mais de 80% da prefeitura faz somente 30 horas, devido aos turnos, 8 as 14, ou 7 as 13, 12 as 18 horas.

    Quem começou com emendação de feriado e meio período foi LHS , pois não queria dar aumento salarial, e usava dessa moeda de troca para com os servidores e sindicatos comprados á época.

    Tebaldi continuou, e no fim de seu mandato refez o plano de carreira da maioria dos funcionários, o que gerou impacto agora , conforme publicado em sua coluna, nesta gestão, pois muito funcionários dobraram seus ganhos e alguns ganham até mais de 80 % do que eram seus ganhos.

    O prefeito ganha pontos com a população fazendo isso, perde com os funcionários , inicialmente, mas logo botarão a mão na consciência, e admitirão que ganham para trabalhar, e o povo é que tem que aproveitar esse dia e comparecer na prefeitura para resolver suas pendengas, pois se for comprovado que não aparece, a prefeitura tem gasto desnecessário na manutenção , por exemplo, água , energia, e o prefeito pode voltar atrás e emendar oputros feriados.

    Quanto ao gasto abusivo do orçamento com a folha, faço a seguinte observação. Tem muitas pessoas com tempo de serviço para se aposentar que continuam ocupando espaço e mamando de alguma forma no0 governo. Não discrimino os mais velhos, mas pessoas mais velhas que esbaldam energia para o trabalho, são raros no serviço público, generalizando então, deveria se ver quem está em fase de aposentadoria, e fazer esse desligamento, e cobrar mais dos novos, mais desempenho, pois dentro de uma administração pública há sempre os espertinhos que fazem concursos achando que irão se encostar, e não querem trabalhar.
    Pois que se faça avaliação de desempenho, que se cobre mais, que se pare de vender , Natura, Avon, Calcinha, Roupa de Cama, e demais bagulheiras no ambiente da prefeitura, e principalmente por funcionários no horário de expediente, porque suas chefias não enxergam, enxergam o que não existe, pegam no pé de pessoas que cumprem suas funções e amealham-se com comparsas inúteis a administração pública , para continuarem em seus postos, e assim terem a maioria, e fica bom para todo mundo, menos para a folha de pagamento,e claro , para a população.

    Tenho esperança que daqui a 10 anos a prefeitura será outra, pois a grande maioria dos primeiros funcionários chamados por concursos público de 1994, estarão se desligando, graças a Deus, e com a concorrência que temos hoje nos concursos, cada vez teremos pessoas mais capacitadas , atualizadas e comprometidas com seu serviço, bem diferente desse pessoal , que hoje está lá, arcaicos, velhos no pensamento, burocráticos, que não deixam os novos agilizarem nada, porque dizem sempre, que " sempre foi assim" .A prefeitura não anda, o prefeito não disse a que veio. Pois que vocês mostrem a que vieram, oui trabalhem, ou caiam fora, mas não atrapalhem, isto é inadmissível hoje no poder público atual, ainda mais nuam prefeitura como Joinville.

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  2. Jordi,
    hoje você foi na jugular, sem anestesia. Concordo inteiramente com tudo o que você escreveu, apenas registro que o estouro do orçamento de pessoal em 2009 é também fruto da bomba de efeito retardado deixado pela gestão anterior. Os aumentos e planos de carreira aprovados pelo Tebaldi foram de uma armadilha digna de Machiavel. Como a atual gestão vai poder reclamar dos benesses dados pelo Tebaldi, se o discurso de melhorias para o servidor público sempre foi um dos pilares do PT? Não podem nem reclamar. Concordo também que o governo precisa avaliar cortes nos custos. Realmente, o cafezinho com adoçante está pela hora da morte.

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