20 de fevereiro de 2010

O tigre de Papel

A imagem do jornal A Noticia, mostra o Presidente do IPPUJ e do Conselho da Cidade. Ao mesmo tempo que no passado recente restou importância as 140 alterações introduzidas pela Câmara na Consolidação, dando ao mesmo jornal declarações. claramente favoráveis a aprovação do projeto de lei 20\2008, justificando que não existiriam problemas graves, caso o projeto fosse sancionado e acusando de pouco mais que de terroristas, as pessoas que claramente alertaram para o impacto negativo que teria sobre a cidade a aprovação de todas as alterações.

“A tese de que a consolidação não deveria apresentar mudanças não prospera, porque não ajuda a cidade a avançar” ( jornal A Noticia-23 janeiro 2010) Claramente concordando com a aprovação e se desconsiderando o documento que tinha assinado como presidente do Conselho da Cidade, que foi encaminhado a Câmara de Vereadores de Joinville em que solicitou:

Conselho da Cidade reconhece a urgente necessidade da “consolidação” das leis urbanísticas e entende como de suma importância que as “alterações” sejam feitas depois, e somente após estudos técnicos aprofundados, com efetiva participação da sociedade e do Conselho da Cidade. (Oficio do Conselho da Cidade a Câmara de Vereadores)

Agora de forma surpreendente declara:

"Se (Os vereadores) começarem a fazer papel de urbanistas, vai acontecer de novo o que aconteceu na consolidação. Fazem um monte de alterações, fica uma lambança que nem eles se entendem e a gente tem que vetar." (20 de Fevereiro de 2010)

Fica a duvida quais destas declarações devem ser consideradas, se as do Sr. Hyde ou as do Dr. Jekyll. Porque claramente estamos acompanhando e não é de hoje as declarações de alguém que uma hora diz uma coisa e outra hora escreve ou diz exatamente o contrario.

Não parece recomendável escutar com muita atenção alguém que dedica a mesma ênfase a defender posições contraditorias. Se alguém segue os seus conselhos, pode achar que nas reuniões no gabinete do prefeito, com vereadores e secretários a posição conciliadora e minimizadora do impacto negativo que a aprovação da lei complementar 20\2008 representaria para a cidade, não era autentica. O que as declarações ameaçantes de hoje, que falam de "lambança" e "a gente tem que vetar" são foguetório sem pólvora. Nos dois casos a credibilidade do declarante diminui a cada dia.

2 comentários:

  1. arnoarq@terra.co.brdomingo, fevereiro 21, 2010

    Como a "lambança" é generalizada e para ficar no mesmo tema proposto recomendo a leitura do livro "VAI DAR M...." do Francisco Higa. Projeto não depende exclusivamente da competência técnica do gestor, mas também das características sobre as quais ele alicerça suas atitudes e comportamentos, entre elas o comodismo e apadrinhamento, a busca pelo enganoso caminho mais fácil ou atendimento de vontades particulares, princípios morais e a disciplina, à qual é preciso agregar duas outras vontades: a coerênica e a pontualidade. Dependerá ainda, e principalmente, do tipo de relacionamento que ele estabelecer com as pessoas envolvidas no processo (chama constantemente a sociedade e elogia o legislativo) e ainda saber mostrar o grau de atratividade e competências do projeto sobre essas pessoas. Outro propósito apresentado pelo autor é desestabilizar o raciocínio óbvio que normalmente leva as pessoas a agir e a conduzir decisões de modo absolutamente previsível e limitado por bloqueios mentais ou avaliar que outros não tem competências ou capacidades. Esta é uma leitura que motivará o leitor a refletir sobre o assunto.
    Tem também o Capitulo 4 - O QUE É UM GESTOR ALÉM DA HIRARQUIA do livro MUITO ALÉM DA HIERARQUIA de Pedro Mandelli (ps. por sinal o Pedro esta morando em Joinville e também poderia colaborar com a cidade, e principalmente com os gestores publicos)
    arno kumlehn

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  2. Boas dicas, tão boas que vou publicar seu comentario no blog.

    Obrigado

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