5 de outubro de 2010

Votou Certo? Votou por Joinville?


Votou Certo? Votou por Joinville?


Vez por outra vem a tona antes das eleições a Campanha Vote Certo, Vote por Joinville, iniciativa da ACIJ, na gestão de Edgard Meister, reeditada posteriormente com o apoio de todas as entidades empresariais de Joinville. Uma vez conhecido o resultado das urnas, aparecem os matemáticos de plantão para fazer contas e apresentar equações, teorias e projeções, com o objetivo de provar qualquer conclusão, por estapafúrdia que seja. Esta comprovado que quando espremidos os números servem para provar quaisquer coisa.


Para quem não teve a oportunidade da participar da Campanha “Vote Certo, Vote por Joinville” desde a sua concepção, a imagem mais forte que ficou foi a da campanha de televisão e radio, uma campanha feliz, inteligente e direta, e que acabou sendo ganhadora de premiação nacional. Poucos conhecem com detalhe o trabalho de planificação, preparação e as intermináveis reuniões de trabalho que foram necessárias para alcançar o resultado. Em geral a imagem que fica é a da foto final, em que aparece muita gente que não estava presente na hora de carregar o piano.


A campanha estava alicerçada em estudos consistentes e tinha uma estratégia bem definida, constava de 6 etapas, estruturadas cronologicamente e em seqüência. A sua origem foi a eleição de Wittich Freitag como Deputado Estadual, com uma votação arrasadora, porem como único Deputado de Joinville. Analisar as causas e buscar alternativas foi o primeiro passo.


A primeira fase tinha como objetivo aumentar o numero de eleitores, motivar os jovens a votar, fazer que o colégio eleitoral fosse maior. A segunda fase estava orientada a que eleitores residentes em Joinville, que não tivessem transferido ainda o seu titulo de eleitor o fizessem. Um trabalho coordenado com os cartórios eleitorais, que se desdobraram para atender a uma demanda crescente de imigrantes, que mantinham os seu domicilio eleitoral fora de Joinville. A terceira fase, sem duvida a mais complexa, foi a de conversar com todos os partidos, mostrando a necessidade de reduzir o numero de candidatos, com menos candidatos os votos se dispersariam menos e as possibilidades de eleição seriam maiores. Administrar egos e interesses menores foi o maior desafio, ainda hoje, muitos candidatos só se lançam para reforçar seu nome para a próxima eleição para a Câmara de Vereadores, sem reais possibilidades de ser eleitos, mas dividindo votos, que poderiam ser úteis. A quarta fase tinha como objetivo que os eleitores conhecessem quais eram os candidatos “Por Joinville” e foram feitas milhares de colas, suprapartidárias divulgando os nomes dos candidatos da região. Indiretamente o resultado desta iniciativa era a de identificar os candidatos chamados popularmente como pára-quedistas. A quinta etapa do projeto foi uma campanha de mídia, para que os eleitores não deixassem de votar, nem anulassem o seu voto, que contou com o apoio dos meios de comunicação, que reaplicaram centenas vezes os spots da campanha. Finalmente os eleitores exerceram o seu voto consciente e referendaram nas urnas na iniciativa.


Nesta eleição as abstenções e os votos brancos e nulos, superaram em muito os votos em candidatos de fora. Se a nossa representação não foi maior, não devemos buscar justificar com os votos dados a candidatos de fora. Se não foi melhor, devemos perguntar aos partidos.

6 comentários:

  1. A campanha "Vote Certo Vote por Joinville" não agradou nem agradaria o coronel. Ele não poderia justificar aos seus "aliados" Joinville lançar seus próprios candidatos. Ofereceu a Lages, uma cidade de parca expressão econômica, o direito de governar o destino do Estado de Santa Catarina e para as oligarquias, tão condenadas, o direito a mais alguns anos de exploração do latifúndio. Joinville ficou para traz. A cidade que forja egos extremos tem seu maior exemplo neste coronel que garantiu seu poder mas arrasou companheiros, seu partido e não deixará nehum legado político a terra que nunca teve seu príncipe.

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  2. Meu Deus, o Golnick pirou? Como vc sabe, Jordi, quem idealizou e colocou em pé a campanha fui eu e posso atestar que LHS de coronel não tem nada, ao contrário, apoiou entusiasticamente a campanha. E esse papo de oligarquias e latifúndio já era há muito tempo.
    Outra coisa, vc esqueceu de lembrar seus leitores que o Eka assumiu sozinho o risco de lançar a campanha, pois a TOTALIDADE da diretoria foi contra.

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  3. Parceiro, me esta incluindo na TOTALIDADE?

    porque se estiver, a memória o esta traindo e você esta confundindo a diretoria com o grupo das grandes empresas que apoiavam o projeto do Aterro do Lixo Industrial.

    Na diretoria o Eka tinha apoio. Na turma da vanguarda do atraso a historia era outra.

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  4. Sentado no restaurante Fritz, na 404 Sul em Brasilia, logo após uma reunião das pricipais lideranças de Santa Catarina com o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso para solicitar a duplicação da BR 101, eu e o Eka articulamos o reencontro de LHS e Freitag. A fórmula foi até engraçada visto que os dois sequer se cumprimentavam por conta da eleição de 92. Eu convenci o LHS de que Freitag estava disposto a conversar com ele e, o Eka fez o mesmo, só que do contrário. Naquele dia, após uma longa conversa, conseguimos reatar politicamente os dois mais importante lideres politicos de Joinville a época. Naquele dia eu conheci melhor o Eka, uma personalidade impar e joinvillense de fato. Também presenciei um diálogo que me fazia orgulhar por estar ali. O tempo tratou de me mostrar que a realidade era diferente. Os bastdores da politica são imundos, infelismente. Quanto as oligarquias, vale a pena ver os discursos do coronel na sua primeira eleição ao governo de SC. Também lembro da penúria que o Pedro Ivo passou para ser governador em duas eleições. A história não mente. O Gollncik tem memória e não piorou, está mais seletivo...

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  5. Meu amigo, a memória não lhe está sendo amiga... Tenho a mais absoluta certeza de que, no primeiro momento, assim que ele colocou a proposta na mesa, TODOS, sem exceção, acharam que a ACIJ não deveria se meter, ostensivamente, nessa coisa suja da política. TODOS ficaram receosos de que seriam acusados de estarem favorecendo alguém, o que, por sinal, o Carlito acabou fazendo, por conta da inclusão do Loyola (suplente) na cota de joinvilense. Depois, pouco a pouco, uns mais rapidamente, outros menos, todos acabaram abraçando a campanha.

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  6. Ou será que eu errei e estou confundindo Diretoria com Conselho?

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