Bugres e Caiçaras
Tem gente que insiste em querer estimular o conflito numa sociedade, como a brasileira que é historicamente avessa a brigas e confusões. O presidente Lula em mais de uma ocasião tem criticado as “zelites”, tem ainda identificado estas “zelites” como sendo brancas e de olhos azuis. Aqui em Joinville, tem quem espelhando se, no seu guru e líder espiritual, se insurge contra os que moram em bairros nobres, contra os que viajam, contra os que estudam filosofia, contra os que escrevem, contra os que lêem, em definitiva assumem uma cruzada contra todo e contra todos.
A liberdade e a democracia permitem que possamos nos expressar livremente e que nossas opiniões sejam compartilhadas por uns e questionadas por outros, porem esta mesma liberdade e este sistema democrático, que até prova em contrario esta garantida na constituição, não permite nem o xenofobismo, nem muito menos a discriminação,nem pela origem, nem pela cor da pele, nem pela cor dos olhos, nem por nenhum outro motivo, porque garante a igualdade de todos. Ainda que George Orwell já tinha identificado que em determinadas sociedades, uns são mais iguais que outros.
Numa cidade como Joinville, querer destacar a origem de uns frente a outros, pode acabar sendo contraproducente, porque excluídos os bugres, que de acordo com a historia formavam as populações originarias que os portugueses, denominavam bulgarus ou heréticos ao chegar neste pais. Todos os demais somos estrangeiros. Numa cidade e numa sociedade formada por imigrantes, em que praticamente nenhuma família tem origens, neste solo, que possam ser pesquisados por mais de 150 e poucos anos. Querer segregar a origem de uns e outros pelo fato de ter nascido ou não nesta terra, é alem de pouco inteligente, uma mostra de tolice supina, até porque entre os miscigenados caiçaras, que junto aos europeus, constituem a origem desta cidade, não é possível identificar com exatidão quem são os descendentes diretos dos tupi-guaranis, ou quem vindo do Rio Grande do Sul, do Paraná, São Paulo ou de quaisquer outra origem, se somou aos negros libertos, suíços, noruegueses, prussianos, italianos e de tantas outras origens que aqui fincaram raízes.
A Joinville de hoje, continua sendo uma terra de acolhida e de trabalho, que recompensa com bondade e reconhecimento aos novos sambaquianos que aqui aportam e que pouco se importam, com os que chegaram antes ou com os que cheguem depois.
Publicado no Jornal A Noticia - Joinville
Qdo Lula falou do "Branco de olho azul" referiu-se aos americanos como reponsáveis pela crise economica. Mas os tupiniquins querem tacha-lo de preconceituoso. Ou são mal intencionados ou a burrice não permitiu entender as palavras do então presidente.
ResponderExcluirInfelizmente o post perde a credibilidade logo no inicio quando afirma que o as diversas etnias que formam a nacionalidade brasileira sempre foram avessas a a ¨brigas e confusões¨, é inquestionável as tensões, conflitos, revoltas, manifestações que levaram a mortes de muitos ao longo da história do Brasil. O restante do texto tem por base essa afirmativa equivocada o que o torna questionável e intelectualmente fraco apesar de bem elaborado. Infelizmente encontramos muito disso em blogs e textos jornalisticos.
ResponderExcluirQue ironia a sua. Desacreditar o post de saída por uma afirmação que historicamente se mostra verdadeira e faze-lo desde o descredito do anonimato vergonhoso e covarde.
ExcluirSe você conhece minimante a historia latino-americana, saberá que o Brasil é o único pais que não lutou uma guerra de independência e que os conflitos aqui tem sido, ao longo da historia, poucos e menos sangrentos que os que tem sofrido os demais países do sub-continente.
Tampouco o Brasil tem sofrido conflitos étnicos ou guerras como as que viveram incas, mapuches, aztecas e maias, por citar alguns exemplos mais conhecidos.
Não formam parte do perfil do brasileiro o conflito, a violência e a agressão.