Ser ou Não Ser?
Os famosos versos de Shakespeare nos levam a pensar, que ser ou não ser, depende de nós, só em nós esta a força, à vontade e a capacidade de ser ou de não ser. Antes porem um ponto estabelece a diferença, querer. Sem querer ser, não existe alternativa possível que não seja a de permanecer neste marasmo.
A sensação é que Joinville já tomou a sua decisão e a decisão foi a de não decidir, deixar como esta. De não fazer isto, porem tampouco fazer aquilo. Dizem os especialistas que não decidir já é uma forma de decisão e de fato ao não tomar nenhuma decisão, já definiu um rumo e um ritmo.
Algumas cidades tomaram a decisão de serem cidades verdes, outras investiram seus esforços e energias em ser referencias culturais, ou centros de tecnologia, ou pólos universitários, ou destinos turísticos prioritários, ou centros de congressos e eventos. Nenhuma das cidades, que fez uma escolha e direcionou suas ações no caminho de conseguir os resultados previstos, errou na sua decisão. Só as cidades que como a nossa optaram por tudo querer e nada querer, continuam a beira do caminho vendo o mundo passar.
Ely Diniz, com quem tenho a oportunidade de compartilhar este espaço, tem escrito, sobre a imagem ou a marca de Joinville, as diversas alternativas que apresentou, mostram a complexa crise de identidade em que esta cidade esta mergulhada, sem saber que quer ser? Não consegue identificar a imagem que melhor a identifique. E ficamos uns e outros debatendo se é a cidade das flores, das bicicletas, do trabalho, dos serviços ou da dança.
Num recente planejamento estratégico, realizado com mais pirotecnia que resultado, para buscar a traves de uma catarse coletiva, um caminho comum, um horizonte que nos permitisse olhar a todos na mesma direção. Depois de concluído foi convenientemente esquecido pela administração publica e permanece guardado, como um corpo insepulto pelo Instituto Joinville. O objetivo definido pelo trabalho é que Joinville é uma cidade em que se realizam sonhos. De momento estamos na etapa do sonhar, num sonho coletivo, que leva a uns a sonhar que fazem, a outros a imaginar que a cidade legal é esta Joinville real, e a maioria já estamos começando a ficar com sono.
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