12 de outubro de 2010

Ilha da Fantasia



A coluna AN. Portal de Jefferson Saavedra, publica no jornal "A Notícia" o seguinte texto;

"Para o próximo ano, a previsão do orçamento da Câmara de Vereadores de Joinville aponta R$ 27,3 milhões. Como tem direito a uma fatia da receita da Prefeitura, o Legislativo tem se beneficiado do aumento da arrecadação. Em 2005, por exemplo, R$ 17,1 milhões eram suficientes. Pela inflação do período, o repasse não chegaria a R$ 22 milhões".

O texto descobre uma ilha da fantasia, aqui pertinho da gente. Historicamente a denominação "Ilha da Fantasia" é usada para fazer referência a Florianópolis, a capital do estado, onde é maior o gasto público e a concentração de servidores públicos. Dificilmente chegaremos, mesmo que nos esforcemos, a nos equipararmos com Brasília, que é o paraíso deste mundo fantasioso e perdulário no qual se converteu a nossa política e as nossas instituições publicas.


Porém, a nossa Câmara de Vereadores consegue aumentar ano após ano o seu orçamento, sempre acima da inflação e sem praticamente ter aumentado o número de vereadores , algo que deverá acontecer na próxima legislatura e que já deve ser objeto de profundos estudos e cálculos, para poder elaborar um novo orçamento que dê mais uma garfada aos recursos públicos.


Os aumentos repetidos e constantes do orçamento municipal permitem que a Câmara de Vereadores de Joinville desenvolva a sua criatividade para aumentar as suas despesas, com aluguel de veículos, pagamentos de diárias, contratação de terceiros, para elaborar novos projetos e atividades, que consumem rápida e vorazmente os excessos de arrecadação. A sociedade deve manter a sua vigilância permanentemente contra os excessos de gastos, o orçamento da Câmara poderia, como máximo permitir a recuperação do valor da inflação, o que representaria no caso de Joinville, no mínimo R$ 5 milhões a mais para obras e investimento na cidade. Os legisladores podem alegar que tem direito a este valor. Seria bom lembrar que mesmo a legislação autorizando, é imoral e antiético, que a Câmara continue aumentando os seus custos acima da inflação, sem um controle eficiente da sociedade.

Publicado no jornal A Noticia


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