30 de outubro de 2010

Calçadas de Joinville, solução ou armadilha





O programa e as propostas para fazer de Joinville uma cidade acessível, são dignas de encômio. A forma como as ações são executadas, estão mais próximas de uma opera bufa, ou parecem resultado de um roteiro elaborado por Dede, Didi, Mussum e Zacarias na sua época de máximo esplendor. Duvida? Então nada melhor que dar uma caminhada pelo centro de Joinville.



As imagens mostram, calçadas novas, executadas nos padrões propostos pelo Programa Calçada Legal, coordenado pela Conurb, evidentemente de continuar a situação atual, as pessoas que sejam portadores de necessidades especiais, pensarão quatro vezes antes de enfrentar as armadilhas em que as nossas calçadas do futuro estão convertendo a nossa Joinville de hoje.

A Joinville atual é resultado do excesso de gente fingindo que cuida de alguma coisa. Tem a Conurb, o IPPUJ, a SEINFRA, as Secretarias Regionais, ainda as empresas que a traves de licitação operam a publicidade e as placas de ruas. Por si isto fosse pouco, devemos agregar a este grupo as empresas contratadas para executar as obras publicas, porque a Prefeitura, que tem tanto funcionário, tem que contratar tudo fora, porque não tem ninguém que trabalhe. Para concluir, tem as empresas que instalam os sinaleiros, as placas de transito, as defensas, que na realidade só cumprem a função de veicular publicidade e não defendem nada. Esqueci as companhias de telefonia, de TV a cabo, as de gás encanado e a própria Águas de Joinville.


Se a este galimatias de responsabilidades e irresponsáveis agregamos a falta de coordenação e o excesso de normas, regras e portarias que ninguém cumpre e todos ignoram, temos como justificar muito facilmente o caos urbano em que estamos mergulhados.

Um comentário:

  1. Chegamos ao ponto de questionar se os cegos são aqueles com ficuldades físicas nos olhos ou aqueles que executam obras destinadas a facilitar-lhes a mobilidade. Os fiscais destas obras deveriam receber vendas nos olhos, e bengalas, e submeter-se ao teste de colocar-se no lugar dos portadores de deficiências.

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