11 de outubro de 2010

RSU - Resíduo Sólido Urbano



RSU – Resíduo Solido Urbano


Basta nascermos para gerarmos lixo o tempo todo, gentes e agentes de uma mesma moeda, cara consumidor e coroa escondida nos resultados de nossos consumos, cujas sujeiras não queremos ver ou preguiçosos continuamos a
esconder debaixo dos tapetes.


Primeiro parece tratar-se de assunto de menor importância como ao nome que damos aos resultados de nossos consumos: imprestável ou inservível, e segundo por tentarmos observar, resolver ou creditar apenas ao gerador
final culpa e aos entes públicos imputarmos sua solução.


Tudo ao nosso redor, ambientes de vivencias relacionados as nossas atividades vitais gera resíduos vizinhos ou impacta em outros locais.


Quantos metros quadrados são necessários para construirmos um lago artificial que possa gerar energia elétrica?


Quantos litros de ácidos ou enxofre são usados na produção do papel? Quanto tóxicos e pesticidas na agricultura? Anabolizantes e hormônios nas carnes que consumimos? Quantas toneladas de CO2 de nossa mobilidade?


Quilos de coisas penduradas em estruturas metálicas que balançam nas nossas calçadas? Quilos de coisas que escorrem pelos tubos e não nos importamos com seu destino ou efeito.


Todos somos responsáveis pelo saneamento ambiental, porem nos comportamos como canibais, não no sentido de comermos carne humana, mas sim de comermos nosso ambiente e suas qualidades necessários para o agora e para o futuro.


Devemos trocar os princípios de responsabilidade do pós consumo pela responsabilidade pelo ciclo total do produto, ao estendemos a obrigatoriedade da participação do produtor desde a fabricação até a destinação final
adequada ao fim de vida do produto ou de suas embalagens.


Os lixos constituem a ponta final do problema, que tem importância tão quanto de se pensar e muito na causa desse problema ou sua ponta inicial, como esta sendo gerado, reformulando a visão do impacto ambiental das atividades humanas onde produção e consumo são partes indissociáveis.


Tais conceitos e praticas já são objeto de questionamento pois afetam interesses econômicos e na adoção de medidas que acarretarão despesas, investimentos e diminuição de lucros por uma parte, e de outra obrigações e
mudanças de comportamento e aumento de custos ou tributos pelo lado da sociedade em geral.


Temos ainda que reformularmos conceitos de consumo do descartável, do desperdício e da obsolescência, da recuperação e reusos sob riscos de não termos mais território nenhum para o fazer.


“Só a antropofagia nos une Socialmente, Economicamente e Filosoficamente, A peste dos chamados povos cultos” vista por Oswald de Andrade pode ser ampliada ainda mais para povos consumistas cujo resultado ainda não podemos precisar, porem podem ser vistas pelos urubus que sobrevoam nosso lixão.


Assim escrevo no ano 454 da deglutição do bispo Sardinha

Arno Kumlehn

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