As mudanças de zoneamento na Univille
Que esta cidade perdeu o rumo e o prumo não é mais novidade, escrever sobre isto é redundante. Mas é interessante perguntar por que as quatro universidades (PUC, UFSC, UNIVILLE e UDESC) escolheram a Câmara de Vereadores para solicitar mudanças de zoneamento e gabarito, amplas, gerais e quase irrestritas, e não optaram por fazer as suas “justas” reivindicações no Conselho da Cidade?
Entre os 140 homens e mulheres, justos e sábios, que formam o Conselho da Cidade, há representantes destas instituições de ensino, que tem o direito, pelo regimento, de trazer para o Conselho e para suas Câmaras Técnicas os temas que considerem pertinentes. Faz-se estranho que as quatro universidades tenham optado por seguir outro caminho. Sem duvida, mais expeditivo, mas também menos transparente e participativo.
Trocar o debate nas Câmaras do Conselho da Cidade e a posterior aprovação, ou não, pelo Conselho, por uma reunião com a comissão de urbanismo e uma rápida audiência publica homologatória, escancara como é feito o planejamento urbano da cidade. Evidencia a falência e falta de credibilidade dos modelos participativos e democráticos, inclusive entre seus próprios participantes e servem para mostrar como na sua ineficiência e lerdeza, a sociedade busca atalhos mais rápidos e menos transparentes.
Em tempo, as afirmações dos vereadores, nos discursos que acompanharam a aprovação da lei 312/10 que consolidou toda colcha de retalhos em que a cidade se converteu em anos de alterações pontuais, tem a mesma força que uma ventosidade numa rede. Nenhuma. As declarações afirmando que nenhuma alteração de zoneamento o de gabarito seria feita em quanto estivesse sendo debatido o conjunto de leis complementares ao Plano Diretor da Cidade, exceção feita a casos de interesse publico. Mostra a inconsistência da situação atual, a falta de credibilidade que devem merecer ao eleitor, e ao cidadão afirmações feitas sem nenhuma intenção de serem cumpridas.
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