17 de fevereiro de 2011

Nem cheguei tarde, nem cochilei


Nem cheguei tarde, nem cochilei


Na condição de membro eleito da Câmara Comunitária e Técnica da Integração Regional do Conselho da Cidade, participei no dia 17 da reunião conjunta das Câmaras que compõem o Conselho. O objetivo da reunião era conhecer as diretrizes que devem nortear os trabalhos das Câmaras e do Conselho.


Como tantos outros representantes da sociedade organizada, dedico boa parte do meu tempo a trabalhar por uma Joinville melhor, participando também da Associação de Moradores do Bairro América e das reuniões do orçamento participativo da regional centro.


Depois de concluída a apresentação técnica do Arquiteto Murilo Teixeira Carvalho do IPPUJ, foi franqueada a palavra aos participantes, para que pudessem fazer as suas considerações, contribuições e criticas a proposta apresentada. No papel de mestre de cerimônias o presidente do IPPUJ, coordenou a reunião. Quando me foi concedida a palavra, ponderei e coloquei os pontos que não me pareciam claros e que alias continuam sendo poço diáfanos. A falta de uma visão estratégica, a ausência de uma metodologia de trabalho estruturada, a falta de hierarquização dos temas e das prioridades, a necessidade de considerar as áreas alagáveis e de risco e a priorização de uma abordagem sustentável da cidade.


A minha surpresa foi escutar do douto presidente do IPPUJ: “Você ou chegou tarde ou cochilou” , vou repetir aqui ou que respondi a sua infeliz colocação:

“Nem cheguei tarde, nem cochilei.” Cheguei as 17:50 numa reunião prevista para iniciar as 18:00, cumprimentei inclusive o presidente do IPPUJ quando chegou as 18:15. Tampouco cochilei, preste atenção a apresentação e anote as minhas duvidas e questionamentos.


Deveria o professor universitário imaginar que estava se dirigindo a alunos rebeldes em sala de aula, sem perceber que deve respeito aos cidadãos que dedicam seu tempo graciosamente a participar democraticamente do debate dos destinos desta cidade. Enganou-se se pensou que com sua abordagem conseguiria desacreditar ou desmerecer as contribuições.


Não é de hoje que acho que o presidente do IPPUJ não tem o equilíbrio para ocupar o cargo que ocupa, nem a isenção para desempenhar cumulativamente o papel de presidente do Conselho da Cidade. As suas declarações públicas e publicadas evidenciam alem de fortes ranços e rancores mal resolvidos, preconceitos e instabilidade incompatíveis com os cargos e a responsabilidade que para eles se exige.


Não cochilei, não cheguei tarde e continuarei atento as ações que possam comprometer a qualidade de vida de Joinville.

Um comentário:

  1. Não é possível que um cidadão com todo seu arcabouço de conhecimento e responsabilidades chegue a este ponto. falta-lhe a noção da importância e do significado que é coorenar um conselho como o Conselho da Cidad que é plural e tem que ser um ambiente de conhecimento e debate até o esgotamento. Creio que é o sintoma do poder autoritário, comum a quem nunca teve este nível de responsabilidade, que está se alastrando neste governo, que deveria ter um postura democrática e aberta. Isto apenas mostra o grau de irritação frente a inúmeras críticas bem como a unanimidade que se forma na sociedade quanto a falta de preparo e competência para gerir o planejamento de uma cidade com meio milhão de habitantes. Não apenas é uma atitude de desrespeito, mas acima de tudo é um enfrentamento que merece a resposta certa no momento certo. Talvez na pesquisa deste blog sobre quem devesse sair do governo tenha esquecido a principal figura deste enredo, o diretor que avalisa atitudes de pessoas que não possuem estrutura e capacidade para ocupar um cargo público da maior cidade de Santa Catarina.

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