Pode parecer que a equipe que tem sob sua responsabilidade o planejamento de Joinville, reúne condições especiais que faz que suas propostas e intervenções sejam menos brilhantes que outras do passado. Nada mais longe da verdade, Joinville teve ao longo dos anos uma boa tradição de planejamento. Ainda que não todos os projetos tenham saído do papel, como foram concebidos é bom lembrar de alguns destes projetos.
O projeto do corte do morro do Boa Vista e a utilização do barro para terraplenagem dos manguezais, permitiria, se implantado, grandes objetivos, entre eles o de melhorar as condições de insolação e de ventilação da cidade, ao remover o obstáculo que o morro representa, a cidade passaria a receber a brisa do mar. Alem de criar um enorme área plana e urbanizavel, no que hoje é só um morro ocupado por mato, com pouco valor imobiliário. O projeto permitiria também a ocupação, depois de convenientemente aterrado, de uma área hoje tomada por mangue e caranguejos. Parte deste projeto foi implantado em gestões passadas, com o aproveitamento de material dragado do próprio manguezal e permitiu a formação de algumas fortunas e a eleição de vários políticos.
Outro projeto menos conhecido, porem não menos brilhante, era aquele que tinha como objetivo, converter o mangue numa gigantesca lagoa de decantação, a genialidade do projeto, estava alicerçado na função que o manguezal realiza de purificação e filtragem dos resíduos vegetais que arrastados pela natureza, sedimentam nas suas raízes e são convertidos em fértil solo orgânico. O projeto desenvolvido na secretaria de planejamento, precursora do IPPUJ, não foi adiante, mesmo representando custos muito baixos e economizando a construção de custosas lagoas de estabilização. A idéia de converter os manguezais numa lagoa de estabilização do esgoto domestico não tratado, esta sendo implantada desde faz algumas décadas, sem praticamente nenhum investimento publico. O projeto ainda traz como vantagem adicional que os caranguejos de Joinville, sejam maiores e mais saborosos que os de outras cidades litorâneas.
Não devemos duvidar da enorme capacidade de planejar o futuro que Joinville tem, que alguns projetos não tenham tido sucesso, não deve nos desanimar outros virão para substituí-los.
A imagem deste post é de propriedade do Eng Agro Gert Fischer e forma parte de seu acervo pessoal.
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