30 de junho de 2009
Para pensar e não dormir direito
As irregularidades que levam o TCU a retardar o início de obras estão nessas macumbas em que baixam os santos de determinadas empresas e os preços dos serviços, reais ou falsos, sobem aos céus. Obras são interrompidas quando as fiscalizações surpreendem alterações de projeto, materiais fora da especificação ou descumprimento de cláusulas contratuais. Por fim, os casos que comportam as medidas extremas do tribunal estão previstos, com clareza, na legislação.
Porque será que o governo Lula, quer reduzir a força do TCU e do Ministerio Publico? E ainda quer transferir este papel a Camara e ao Senado. Agora tente dormir com um barulho destes. Em ano de PAC !
Republica
o Presidente Lula e dois de cada três Senadores, não estão entendendo???
Curiosidades de um pais de loucos
Um motorista do Senado ganha mais para dirigir um automóvel do que um oficial da Marinha para pilotar uma fragata !
Um ascensorista da Câmara Federal ganha mais para servir os elevadores da casa, do que um oficial da Força Aérea que pilota um Mirage.
Um diretor que é responsável pela garagem do Senado ganha mais que um oficial-general do Exército que comanda um regimento de blindados.
Um diretor sem diretoria do Senado, cujo título é só para justificar o salário, ganha o dobro de um professor universitário federal concursado , com mestrado, doutorado e prestígio internacional.
Um assessor de 3º nível de um deputado, que também tem esse título para justificar seus ganhos, mas que não passa de um "aspone" ou um mero estafeta de correspondências, ganha mais que um cientista-pesquisador da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com muitos anos de formado, que dedica o seu tempo buscando curas e vacinas para salvar vidas.
29 de junho de 2009
Estulticia
Muitos dos que estão ao nosso redor são tolos, outros néscios, muitos inclusive ocupam cargos de destaque na nossa sociedade, porem só uma minoria consegue se destacar entre a massa.
Selecionamos alguns destes heróis, que em vez de fingir, assumem de forma entusiástica a sua situação.
É importante lembrar que estes indivíduos também votam nas eleições.
Meio Ambiente
A nossa periferia mostra esta situação blog AEASC e os vereadores não parecem muito preocupados, é provavel que os eleitores afetados pela ocupação irregular dos manguezais, não sejam tão importante$ ou tão convincente$ como os que defendem a verticalização desenfreada.
Sem considerar a infraestrutura urbana, a insolação, os serviços publicos existentes e a largura das ruas.
Deu no Prisco, no A Noticia
Cotadíssimo
Só um acidente de percurso para impedir que o ex-presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij) Udo Döhler venha a ser o vice de Ideli Salvatti, na corrida sucessória estadual.
Além de empresário, representaria o maior eleitorado de Santa Catarina, reduto político de Luiz Henrique.
E com um detalhe: Udo não levaria apenas a Acij, mas boa parcela do setor produtivo do Norte do Estado.
De quebra, o prefeito da cidade mais populosa do Estado, hoje, é correligionário de Ideli: Carlito Merss.
Em tempos de diversidade
A mulher resolveu se separar do marido.
O juiz perguntou a ela qual seria a principal razão para essa separação do marido Edu..
- Compatibilidade de gênios.
O juiz estranhou: - A senhora deve estar querendo dizer "incompatibilidade de gênios"...
- Não, não. É compatibilidade mesmo!
- Eu gosto de passear, Edu também gosta.
- Eu gosto de ir ao cinema, ele também gosta.
- Eu gosto de pizza aos sábados, ele também gosta.
- EU GOSTO DO CORINTHIANS, ELE TAMBÉM GOSTA.
- Eu gosto de homem, ele também gosta, aliás ADORA !!!
28 de junho de 2009
De Elio Gaspari na Folha
O assalto à bolsa da Viúva conseguiu o que 21 anos de perseguições não conseguiram, avacalhou a velha esquerda
SE ALGUÉM QUISESSE produzir um veneno capaz de desmoralizar a esquerda sexagenária brasileira dificilmente chegaria a algo parecido com o Bolsa Ditadura.
Aquilo que em 2002 foi uma iniciativa destinada a reparar danos impostos durante 21 anos a cidadãos brasileiros transformou-se numa catedral de voracidade, privilégios e malandragens. O Bolsa Ditadura já custou R$ 2,5 bilhões à contabilidade da Viúva. Estima-se que essa conta chegue a R$ 4 bilhões no ano que vem. Em 1952, o governo alemão pagou o equivalente a R$ 11 bilhões (US$ 5,8 bilhões) ao Estado de Israel pelos crimes cometidos contra os judeus durante o nazismo.
O Bolsa Ditadura gerou uma indústria voraz de atravessadores e advogados que embolsam até 30% do que conseguem para seus clientes. No braço financeiro do pensionato há bancos comprando créditos de anistiados. O repórter Felipe Recondo revelou que Elmo Sampaio, dono da Elmo Consultoria, morderá 10% da indenização que será paga a camponeses sexagenários, arruinados, presos e torturados pela tropa do Exército durante a repressão à Guerrilha do Araguaia. Como diria Lula, são 44 "pessoas comuns" que receberão pensões de R$ 930 mensais e compensações de até R$ 142 mil. Essa turma do andar de baixo conseguiu o benefício muitos anos depois da concessão de indenizações e pensões aos militantes do PC do B envolvidos com a guerrilha.
O doutor Elmo remunera-se intermediando candidatos e advogados. Seu plantel de requerentes passa de 200. Ele integrou a Comissão da Anistia e dela obteve uma pensão de R$ 8.000 mensais, mais uma indenização superior a R$ 1 milhão, por conta de um emprego perdido na Petrobras. No primeiro grupo de milionários das reparações esteve outro petroleiro, que em 2004 chefiava o gabinete do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh na Câmara. O Bolsa Ditadura já habilitou mais de 160 milionários.
É possível que o ataque ao erário brasileiro venha a custar mais caro que todos os programas de reparações de todos os povos europeus vitimados pelo comunismo em ditaduras que duraram quase meio século. Na Alemanha, por exemplo, um projeto de 2007 dava algo como R$ 700 mensais a quem passou mais de seis meses na cadeia e tinha renda baixa (repetindo, renda baixa). Na República Tcheca, o benefício dos ex-presos não pode passar de R$ 350 mensais.
No Chile, o governo pagou indenizações de 3 milhões de pesos (R$ 11 mil) e concedeu pensões equivalentes a R$ 500 mensais. Durante 13 anos, entre 1994 e 2007, esse programa custou US$ 1,4 bilhão. No Brasil, em oito anos, o Bolsa Ditadura custará o dobro. O regime de Pinochet matou 2.279 pessoas e violou os direitos humanos de 35 mil. Somando-se os brasileiros cassados, demitidos do serviço público, indiciados ou denunciados à Justiça chega-se a um total de 20 mil pessoas. Já foram concedidas 12 mil Bolsas Ditadura e há uma fila de 7.000 requerentes.
Os camponeses do Araguaia esperaram 35 anos pela compensação. Como Lula não é "uma pessoa comum", ficou preso 31 dias em 1979 e começou a receber sua Bolsa Ditadura oito anos depois. Desde 2003, o companheiro tem salário (R$ 11.239,24), casa, comida, avião e roupa lavada à custa da Viúva. Mesmo assim embolsa mensalmente cerca de R$ 5.000 da Bolsa Ditadura. (Se tivesse deixado o dinheiro no banco, rendendo a Bolsa Copom, seu saldo estaria em torno de R$ 1 milhão.)
O cidadão que em 1968 perdeu a parte inferior da perna num atentado a bomba ao Consulado Americano recebe pelo INSS (por invalidez), R$ 571 mensais. Um terrorista que participou da operação ganhou uma Bolsa Ditadura de R$ 1.627. Um militante do PC do B que sobreviveu à guerrilha e jamais foi preso, conseguiu uma pensão de R$ 2.532. Um jovem camponês que passou três meses encarcerado, teve o pai assassinado pelo Exército e deixou a região com pouco mais que a roupa do corpo, receberá uma pensão de R$ 930.
Nesses, e em muitos outros casos, Millôr Fernandes tem razão: "Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?"
Operação de Risco
A operação que iniciou pouco mais de 3 anos atrás, com o objetivo de construir um projeto político, do tamanho exato de um importante líder empresarial da região norte do estado.
Pode se converter numa operação de risco. O envolvimento da classe empresarial, poderia apresentar fissuras, na medida que o processo político não conta com a unanimidade dos seus pares. Nunca é demais lembrar que liderar uma entidade suprapartidária é muito diferente de ter um projeto político pessoal, os apoios podem não ser os mesmos.
Na medida que a candidatura tome corpo, ficaram cada vez mais claros os apoios económicos e a sua capacidade ou não de se transformar em votos. Algumas vezes, candidaturas de empresários tem tido um numero de votos muito menor que o volume dos recursos envolvidos na campanha.
27 de junho de 2009
Memoria
Quando a SC Gás instalou a tubulação de gás na rua Hermann August Lepper, o projeto original previa que fosse colocada fora da rua, na margem do rio Cachoeira, exatamente no talude que ameaça desbarrancar.
E as figueiras que já existiam na beira rio, seriam replantadas sobre a tubulação de gás. De acordo com a informação da SC Gás, as raízes não apresentariam nenhum risco, para a tubulação de aço.
O responsável da empresa na época da obra deve lembrar, porque eu, que na época era presidente da Conurb, lembro bem.
O motivo da proposta apresentada pela SC Gás, era que esta alternativa seria mais económica e menos trabalhosa, que ter que cortar o asfalto.
Como as pessoas são desmemoriadas!
Agora o risco de explosão da tubulação de gás, deverá ser utilizado como uma nova justificativa para tentar derrubar as figueiras.
Publicado no Jornal A Noticia
25 de junho de 2009
Como se cometem os crimes ambientais? (1)
Como se cometem os crimes ambientais? (2)
Como cometer um crime ambiental? (3)
24 de junho de 2009
Lula é o cara!
Este é o cara.....
Hotel para branco de olhos azuis + Lula, voce é o cara!
Hotel para branco de olhos azuis
O presidente da mais rica nação do mundo, os Estados Unidos, Barack Obama, na reunião do G20, em Londres, na semana passada, hospedou-se na embaixada americana. Já o presidente Lula preferiu o tradicional Hotel Dorchester, onde a diária de uma suíte custa 7.500 euros (cerca de R$ 20.000,00 por dia). O hotel possui famosas banheiras de mármore, com grande profundidade até dá para brincar de marolas nelas. Lula preferiu não se hospedar na embaixada brasileira em Londres, uma luxuosa mansão construída em 1897, no sofisticado bairro de Mayfair. Em 1931, a rainha Mary hospedava lá seu marido e sua filha. Os três, perfeitos representantes dos "brancos de olhos azuis", denunciados por Lula como responsáveis pela crise econômica que assola o mundo.
Faça o que eu digo, mas não que eu faço!
Enquanto na pele de "o cara", em Londres na reunião do G 20 Lula pagava um hotel com mais de R$ 20 mil por dia, ontem em Montes Claros, mais parecendo "o cara de pau" ele criticou os prefeitos que estão reclamando a redução de FPM, dizendo que "a hora é de (sic) todos apertarem os cintos. A pergunta é: Pagando mais de R$ 20 mil de diária de hotel e autorizando a compra de mais dois jatos à Embraer para servirem à Presidência da República, Lula estaria pondo em prática sua tese? O que é que é isso, companheiro?
Fonte: Correio da Tarde
Lula, você é o cara!
· você é o cara que esteve por dois mandatos à frente desta nação e não teve coragem nem competência para implantar reforma alguma neste país, pois as reformas tributárias e trabalhistas nunca saíram do papel, e a educação, a saúde e a segurança estão piores do que nunca.
· Você é o cara que mais teve amigos e aliados envolvidos da cueca ao pescoço em corrupção e roubalheira, gastando com cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquema.
· Você é o cara que conseguiu inchar o estado brasileiro com tantos e tantos funcionários e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que era.
· Você é o cara que mais viajou como presidente deste país, tão futilmente e à nossa custa.
· Você é o cara que aceitou todas as ações e humilhações contra o Brasil e os brasileiros diante de Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e outros.
· Você é o cara que, por tudo isso e mais um monte de coisas, transformou este país em um lugar libertino e sem futuro para quem não está no grande esquema.
· você é o cara que transformou o Brasil em abrigo de marginais internacionais se negando, por exemplo, a extraditar um criminoso para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente;
· você é o cara que transformou corruptos e bandidos do passado em aliados de primeira linha.
· você é o cara que está transformando o Brasil num país de parasitas e vagabundos, com o bolsa família, com as indenizações imorais da "bolsa terrorismo", com o repasse sem limite de recursos ao MST, o maior latifúndio improdutivo do mundo e abrigo de uma bando de bandidos e vagabundos que manipulam alguns verdadeiros colonos;
É, Lula! Você é o cara... de pau mais descarado que o Brasil já conheceu.
Impostos, taxas e desenvolvimento (*)
Na França do inicio do século XIX as estradas eram mantidas pelas populações dos territórios atravessados por elas, se implantou naquela época o sistema de Corvées que exigia que cada um destinasse em media de
No Brasil do inicio do século XXI, por tanto mais de 200 anos depois, o nível de desenvolvimento alcançado, permite que um brasileiro médio, como você e como eu, precise contribuir de forma compulsoria durante 147 dias do ano, só para pagar impostos, de acordo com a informação do IBPT ( Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) Num moderno sistema de Corvées que drena de forma perversa os recursos da sociedade para dirigi lhos para uma estrutura publica, pesada, voraz eternamente insatisfeita.
Os grandes avanços do sistema publico atual, fazem que o total de impostos, taxas e contribuições pagos direta e indiretamente, pela população superem em muito o total dos salários recebidos por um trabalhador faz 30 anos, mostrando um melhor desempenho da carga tributaria que da geração de riqueza.
Vote Certo, Vote por Joinville
Os empresários e a política
Com certa frequência alguns empresários esquecendo a máxima de Otto Bismarck, que lembrava que “ A política não é uma ciência exata” se envolvem em empreitadas políticas, as vezes, com mais entusiasmo que conhecimento. Ao aproximar se 2010, uns e outros se manifestam sobre a conveniência ou não de reeditar a campanha “Vote Certo, Vote por Joinville”.
Seria bom lembrar as bases desta iniciativa de sucesso nas suas primeiras edições, que com o tempo perdeu a efetividade, por esquecer os seus pontos básicos. A proposta estava estruturada a partir de varias ações, que se conduzidas de forma ordenada e coordenada, poderiam, como de fato levaram ao sucesso. Imaginar que só algumas partes dela, as mais vistosas e que menos esforço exigem, podem garantir o sucesso é um erro de julgamento.
Não parece lógico imaginar que um apelo encaminhado aos diretórios dos partidos locais, possa ter o menor efeito, se não for acompanhado de reuniões, negociações e articulações, para mostrar a sustentação dos dados. Vemos a cada dia como novos partidos definem o numero de candidatos, de acordo com a sua estrategia particular. É justo aqui lembrar a capacidade negociadora do saudoso Edgard Meister. O seu infatigável esforço, para convencer a uns e outros do melhor para Joinville. É evidente que a humildade e a capacidade para escutar são virtudes imprescindíveis para conduzir este processo, com um mínimo de possibilidade de sucesso.
Reduzir o Vote Certo a uma campanha publicitária, representa enxergar uma parcela menor do que Joinville é e representa. Querer usar a campanha para beneficiar a uns em detrimento de outros e desvirtuar uma iniciativa que tinha na democracia e participação de toda a sociedade a sua força e o seu esteio.
Se na sua primeira edição os resultados foram surpreendentes, foi porque o esforço e o trabalho não foram medidos, para obter os resultados propostos, e os quatro deputados estaduais eleitos naquele pleito, são a melhor prova disto. Como do trabalho de seguimento e apoio aos deputados eleitos por Joinville. Só que isto exige também esforço, persistência e continuidade.
Ambrose Pierce escreveu que “A política é a condução dos assuntos públicos, para o proveito dos particulares”. Lamentavelmente esta afirmação parece a cada dia mais atual.
Publicado no Jornal A Noticia
23 de junho de 2009
Em tempos de mudanças de leis
22 de junho de 2009
Politicamente Correto
Obsessão inexplicável
21 de junho de 2009
Contraponto
O arquiteto Marcel Virmond Vieira, com quem comparto o nobre espaço da pag 3 do Jornal A Noticia, publicou uma cronica interessante sobre os Custos do Transporte Coletivo
Que reproduço em azul, o seu texto original se encontra no link Cronica
Custos do transporte
Pesquisa realizada recentemente pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) comparou os custos de deslocamento de quatro meios de transporte para uma viagem de sete quilômetros, em Curitiba. O resultado provoca uma instigante reflexão, pois quando se leva em conta apenas o desembolso imediato, o ônibus aparece como o meio mais caro. Quando se incluem os custos indiretos e os custos sociais, a situação se inverte, despontando o ônibus como o mais barato.
A pesquisa levantou diversos dados interessantes. Um passageiro, num automóvel, ocupa cerca de oito vezes mais espaço nas vias públicas do que aquele embarcado num ônibus, o que explica a inevitabilidade dos congestionamentos. Outro dado interessante refere-se à questão ambiental, onde a motocicleta aparece como a grande vilã. Um motociclista polui 16 vezes mais do que um passageiro do transporte coletivo. A motocicleta continua a grande vilã dos custos sociais do transporte quando se incorporam aos dados os custos com acidentes de trânsito, 21 vezes maiores do que os dos passageiros de ônibus.
Mas no desembolso imediato, a motocicleta é o mais barato para o usuário, ficando os carros a álcool e gasolina, para o percurso escolhido de sete quilômetros, ainda um pouco mais baratos do que a tarifa média dos ônibus, na data da pesquisa. Ao incluirmos na conta custos como impostos, manutenção e depreciação, os carros a álcool e a gasolina já perdem para o ônibus, mas a moto ainda é vantajosa para o bolso do usuário, pois seus custos sociais – poluição e acidentes – são repassados à sociedade.
Nas conclusões da pesquisa, fica evidente que é imprescindível levarmos em conta os custos sociais na hora de conhecermos os custos reais de nosso modais de transporte, sob pena de errarmos a prova real na hora de fecharmos a conta da sustentabilidade.
Fica evidente também que, enquanto não houverem políticas públicas de promoção do uso do transporte coletivo e de desoneração da tarifa, a conta mais alta vai estourar nas mãos da sociedade como um todo, com vias congestionadas, ar poluído e pronto-socorros lotados.
Seria porem importante, que na sua condição de funcionário do IPPUJ, por tanto exímio conhecedor da nossa realidade local, escrevesse também, com a mesma precisão, sobre os custos que o planejamento atabalhoado e intereseiro que esta sendo implantado em Joinville ocasiona para a sociedade. Sobre a privatização do lucro e a socialização do prejuízo.
Poderia escrever nos mesmos moldes e com o mesmo estilo que utilizou na sua crônica, dizendo a população quem pagará as contas de duplicação da Santos Dumont, para atender a implantação de um Centro Comercial, quem sofrerá as conseqüências da liberação de comércio e serviços na rua Conselheiro Arp e quem esta se beneficiando com estas mudanças. Quem ganhará e quem sairá prejudicado, com a verticalização desenfreada de ruas como a Vicente Machado no bairro América. Como a proposta, que ele mesmo já defendeu na mesma pagina 3 do jornal A Noticia, de verticalizar a cidade para alem do bom senso. Criará ricos e pobres, deixando a uns muito mais ricos e a outros mais pobres. Valorizando uns imoveis e desvalorizando e descaracterizando outros.
Tambem no mercado imobiliario, o lema é ganhar no individual e que a sociedade pague a conta. Quanto mais eu ganhe, mais cara ficará a conta para os demais, claro que este não é o meu problema, se depois ninguem consegue estacionar na rua, ou o transito esta congestionado porque o numero de residencias é maior que o que recomendaria o bom senso e a tecnica, não é problema meu, eu realizei o meu lucro e estou feliz.
Para os leitores fieis deste blog recomendo os links seguintes:
Já naquela epoca alertavamos, que falar de 30 pavimentos, era uma forma de colocar um bode na sala, para depois poder aceitar conversar sobre quem sabe 18 ou 20. Sem ter uma bola de cristal, era facil identificar as pegadas. O tempo só fez que comprovar o que este blog ja antecipou em final de 2008.
Sobre o meio ambiente e os seus absurdos...
ARAUCARIAS DE SANTA CATARINA
Gert Roland Fischer (*)
Um invento sensacional.
A micro-serraria montada sobre um chassi de ônibus invento que veio para salvar da miséria, do frio e das chuvas, milhares de agricultores do planalto catarinense, cidadãos que plantaram e preservaram as araucárias por todos os anos de suas vidas. Esse mini engenho artesanal serve tão somente para cortar algumas poucas arvores, de modo especial as que tombaram com o vento ou pela velhice. Transforma as toras, algumas até semi podres, em tabuas, utilizadas na reforma das casas, estábulos e ranchos que armazenas as colheitas.
Todavia as burras leis elaboradas na luxuriante e corrupta Brasília-DF, penalizam o agricultor do planalto catarinense, que sempre plantou as suas arvores. O maior castigo dessa preservação ecológica, é que fica impedido de cortá-las para uso próprio.
Essa lei burra criou injustiças maiores - principalmente para as famílias que sempre plantaram as araucárias para reservas econômicas futuras de emergência.
Esse castigo penaliza de morte os plantadores de araucárias. A atuação de leigos na formulação legal atendendo aos modismos vindos de gerações urbanas ignorantes da vivencia do campo, é um dos motivos desses injustiças. São pessoas sem treinamento suficiente para medir as conseqüências nefastas que causam essas leis, sobre os povos reflorestadores e preservadores de florestas.
Visitando proprietários rurais no planalto catarinense - mais precisamente na região de Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho, constatei em quase todas as propriedades agrícolas, a existência de muitas araucárias jovens, semi-adultas, adultas e em período de decadência. Algumas caídas, vitimas de ventos fortes que o IBAMA - se não permite aproveitamento em taboados e forros, no mínimo impõe tantas dificuldades burocráticas e custos, que os proprietários acabam desistindo. O aproveitamento econômico dessa matéria prima florestal, poderia amenizar a penúria econômica no qual foram enfiados esses proprietários rurais familiares, pela legislação burra aprovada por um congresso mais burro ainda.
O velho plantador de pinheiros, sentado sobre uma araucária que tombou com o vento.
O IBAMA não lhe concede autorização para transformá-la em algumas tabuas utilizadas para arrumar a sua velha casinha localizada em região de muito frio e neve.
O que choca o cidadão é ver milhares araucárias apodrecendo sem qualquer possibilidade de uso e aproveitamento racional. Tudo por força da lei. Usando o bolso alheio, o legislador exige que sejam preservadas as florestas nativas e as araucárias. Grande numero das araucárias existentes hoje, foram plantadas. A sua preservação quando para fins coletivos, deve exigir a compensação justa e respeitosa.
O quadro da estupidez legislativa e da fiscalização inexistente do IBAMA-SC permite a partir do dia 15 de março de cada ano, aconteça em todo o planalto catarinense, nas margem das rodovias, a presença de milhares de vendedores de sementes de araucária, conhecidas como pinhão. Quando se questiona donde vem esses pinhões, as respostas desses “vendedores” são vagas e imprecisas. Sabe-se todavia, que são sementes roubadas das araucárias dos fazendeiros. Como não tem como proteger desse roubo instituído e tomado como exemplo do que se faz em Brasília, são duplamente prejudicados e vitimas de um sistema legal patético. Os plantadores de araucárias, não podem por ordem do IBAMA, tocar sequer nas araucárias que plantaram.
A festa do Pinhão é a maior farra nacional que se tem conhecimento há anos e que se comete contra uma espécie vegetal em extinção. A cada nova FESTA DO PINHÃO em LAGES-SC são queimadas no sapeco, cozidas ou assadas, milhares de toneladas de germoplasma considerado em extinção. Esta festa pagã vai diretamente contra a recuperação de uma espécie nativa do bioma MATA ATLANTICA. Como se trata e uma festa político-partidária pode acontecer sim, mesmo que tal ato possa ser considerado crimes ambiental hediondo pela magnitude do dano e impacto ambiental que ocasiona.
(*) Eng. Agrônomo e pesquisador de espécies nativas da mata atlântica.
As vesperas de 2010
20 de junho de 2009
Linha reta
No mundo empresarial a menor distancia entre dois pontos é sempre uma linha reta, às vezes para manter a linearidade é preciso patrolar, passar por cima, terraplenar. O objetivo justifica todos os esforços. No mundo da política, a frase que melhor parece encaixar é: “Os caminhos do Senhor são infinitos.”, porque tudo parece possível de ser alcançado.
As diferenças, entre uma e outra abordagem, são evidentes e devem ser analisadas cuidadosamente por aqueles que pertencendo a um grupo, tenham como objetivo percorrer o caminho em direção ao outro. São escassos, praticamente inexistentes, os casos de políticos que depois de uma carreira política de sucesso, tenham se dedicado a vida empresarial e o tenham feito com o mesmo êxito.
Por outro lado e cada vez mais comum que empresários, bem sucedidos ou não busquem na vida publica a continuidade do seu trabalho. Neste grupo é mais fácil encontrar casos de empresários que tenham repetido na vida publica o seu sucesso empresarial. Em comum tem a inteligência, sabedoria e principalmente a sua capacidade para escutar, aglutinar e unir a todos em volta de projetos políticos de interesse da sociedade.
Devemos com tudo prestar atenção ao fato que as características e o comportamento que se esperam e desejam de um líder empresarial, não são sempre as mesmas que garantem o êxito na vida publica. Se o mundo empresarial às vezes valoriza os lideres decididos e autoritários, em política a capacidade para escutar até ficar rouco é uma característica de valor tão importante, como saber negociar e cumprir acordos.
Aprender a dar pequenos desvios, nos levará mais longe. Envolver a todos é mais importante que uma boa decisão tomada sozinho. Escutar cada um dos lados e decidir com sabedoria, conduz a um caminho lento e sinaliza um rumo duradouro. Unir o melhor do perfil empresarial, com as virtudes dos homens públicos, não é fácil e parece ser uma opção para muito poucos. Temos na nossa historia recente exemplos que podem servir de referencia. Poucos lamentavelmente, muito poucos.
19 de junho de 2009
18 de junho de 2009
Verticalização
O curso de Arquitetura e Urbanismo da Sociesc, foi reconhecido pelo MEC neste semana, um êxito que devemos celebrar com orgulho. No próximo futuro poderemos contar com gerações de profissionais formados em Joinville, que poderão ajudar a construir uma cidade melhor.
Um caso interessante é o da matéria de Gestão Urbana, o professor da área solicitou aos alunos, que analisassem o zoneamento de uma região do Boa Vista e que utilizassem a legislação vigente, para calcular os máximos percentuais e taxas de ocupação permitidos, em resumo os mesmos critérios que os empreendedores imobiliários utilizam sempre, aqueles que permitem a maior rentabilidade.
Como resultado do trabalho os alunos, verificaram que nem a largura das ruas, nem a infra-estrutura de esgoto, de transporte coletivo e de serviços públicos necessários, para um bom desenvolvimento urbano com qualidade de vida, comportariam os elevados índices de ocupação que a legislação atual permite e sugeriram que os índices fossem reduzidos dos atuais 8 andares que a legislação permite, para três pavimentos, por entender que o bairro teria uma forte perda de qualidade de vida, A ventilação e a insolação ficariam comprometidas. O adensamento seria excessivo. Hoje existem na região 16,08 economias por Hectare, a legislação atual permite 79 economias por hectare, quando um indicador adequado seria de 32 por hectare, se utilizássemos por exemplo o padrão de Porto Alegre, como referencia.
Em quanto o bom senso que os alunos da Sociesc demonstram não prevalece, a nossa cidade vai de uma forma cada vez mais rápida, se convertendo numa colcha de retalhos, que atendendo a interesses particulares, comprometem de forma irreversível o nosso futuro. Um exemplo deste descontrole urbanístico é a rua Fernando Machado, no Bairro América, que com uma largura de rua prevista para residencial unifamiliar, esta se convertendo num inferno de prédios, sem a infra-estrutura necessária. Antecipo do caos
Ainda para agregar mais conflito a esta situação, nasce na Câmara de Vereadores um projeto de autoria do vereador Sandro Silva, propondo aumentar o gabarito na região central, amparado no exemplo de Londrina, cidade planejada no norte do Paraná. O projeto deve prever que no futuro próximo o centro da cidade se convertera, numa imensa área para pedestres, porque o transito de veículos será inviável e a verticalização terá permitido um adensamento irreversível da área central.
A imagem, que é parte do trabalho citado, mostra como os prédios comprometem e reduzem a insolação e aumentam a área de sombreamento.
Publicado no Jornal A Noticia e no Jornal Noticias do Dia
Para pensar acordado
17 de junho de 2009
Rua Araquari
Rua Araquari
Moro há 24 em Joinville, 14 dos quais na mesma rua. Quando iniciamos a construção da casa, começamos a nos acostumar com o entorno, os vizinhos, as calçadas, as arvores e plantas dos jardins. Com o tempo aprendemos a conhecer a rua, cada ondulação do calçamento de paralelepípedo, inclusive os buracos e aprendemos a evita-los.
Não sempre conseguimos com o mesmo sucesso, um deles, o maior estava estrategicamente localizado no eixo das ruas Araquari e Marechal Deodoro, na maior parte do tempo evitávamos o encontro entre o buraco e o pneu do carro. O amortecedor agradecia.
Durante estes anos todos, encaminhamos varias solicitações aos órgãos correspondentes da prefeitura, uma hora a Seinfra, outra hora a Conurb, inclusive nas vezes que os prefeitos receberam em audiência a associação de moradores, la estávamos nós com as reivindicações dos moradores e entre elas inevitavelmente o conserto dos buracos.
A gente acaba criando uma relação de amor e ódio, com o descaso, por um lado o buraco que nos desafia a cada dia, que nos olha com orgulho, como dizendo:
- Viu eu ainda estou aqui.
Durante um tempo um vizinho, colocou barro, para tampar o buraco, não durava muito, e acabou desistindo. Outro pintava uma moldura branca em torno do buraco, como avisando que ele estava lá e que era preciso estar alerta.
Um acaba se acostumando a estes incômodos do quotidiano e chegam a ficar invisíveis, deixam de nos incomodar, passam a formar parte do nosso dia a dia, como uma mosca varejeira, a sujeira que o gari não limpa ou o flanelinha que privatizou um pedaço da rua.
No sábado passado repentinamente chegaram eles, com seus uniformes azuis, com seu caminhão novinho e em menos de uma hora acabaram com todos os buracos da rua, os grandes, os pequenos e os médios. Em poucos minutos não restou nenhum. Confesso que fiquei triste, perdi um conhecido de anos.
Depois da tristeza inicial, fui tomado por outro sentimento, se era tão fácil de resolver, porque não foi feito antes? Quantos ofícios, quantos telefonemas, quanto incomodo, para algo que era fácil de resolver. Era só querer. Faltou para os nossos prefeitos de plantão e para os seus secretários, só querer. Algo tão simples. Quantas vezes as coisas não se resolvem, simplesmente porque a autoridade de plantão não quer.
Publicado no Jornal A Noticia
16 de junho de 2009
Quantas arvores novas....
Uma dica para o Conselho da Cidade
Mas tres já é demais."
15 de junho de 2009
A cozinha peruana
Por motivos de trabalho, viajei a Lima, e descobri com assombro, que a Unesco tinha tombado a gastronomia peruana. Se inicialmente duvidei da informação depois de uma semana, pude comprovar a riqueza, a variedade e a deliciosa mistura de sabores, cores e texturas que compõem a culinária daquele pais.
Amazônico como o Brasil, Peru acrescenta ainda a diversidade dos ingredientes do altiplano e o sabor dos abundantes peixes e mariscos, trazidos as costas do pacifico pela corrente de Humboldt, berçário de sabores e de frescor.
A gastronomia peruana incorpora com delicado equilíbrio, a exuberante riqueza amazônica, com peixes de água doce, as suas frutas como o cupuaçu, o cacau, o maracujá, as anonas e tantas outras. Combinadas com as trutas do Titicaca, com as variedades de batatas e tubérculos, que recebem nomes exóticos e que com cores que vão do roxo escuro, ao branco intenso, percorrendo todos os tons de laranja e amarelo, incorporam uma deliciosa combinação de cores e sabores a uma gastronomia refinada e rica.
Menção especial recebem as diferentes variedades de milho, quase todas desconhecidas do nosso paladar e que surpreendem pela diversidade, pelo tamanho e pelo gosto. Os peixes e mariscos completam a oferta, na forma de deliciosos cebiches ou grelhados.
E a nossa gastronomia? Parece mortalmente ferida por centenas de restaurantes de comida por kilo, templos dedicados a uma proposta em que a quantidade é mais importante que a qualidade, a variedade se orienta a ingredientes sobre cozidos, com uma apresentação pouco interessante e com uma oferta em que o sabor desapareceu para dar lugar a monotonia do gosto, da cor e do tempero.
Pode ser que um movimento esteja se iniciando para propor a Unesco o tombamento da comida por kilo, um invento tão genuinamente brasileiro, como o rodízio e a seqüência. Para desta forma buscar um lugar de honra no pódio da gastronomia mundial. Particularmente, acredito que o Brasil, poderia ocupar um papel mais importante se valorizasse o tempero da sua comida regional, o prazer do fazer bem feito e de recuperar o sabor a qualidade dos nossos ingredientes naturais e tradicionais.
Politico Camaleão
Alguns políticos conseguem se mimetizar como o camaleão do vídeo.
Preste especial atenção a ultima seqüencia e identifique
quais os políticos locais que conseguem imitar o camaleão.
Ainda sobre as Figueiras da Beira Rio
O Eng Agr. Gert Fischer encaminha o texto seguinte:
As Figueiras podem ficar tranquilamente. Basta um projeto de podas regulares não só de galhos, mas de raízes que descem dos galhos e assim impede-se o gigantismo da árvore que oferece a melhor sombra de Joinville. As raízes adventícias são muito fortes e se abraçam no que estiver pelo caminho, observe que a moldura da propaganda que protegia a árvores foi engolida pelas raízes. Essas raízes devem ser podadas todos os meses e anos. ai a árvore permanece bem disciplinada e não arrebenta pavimento e passeios.
A foto mostra a incompetência do serviço publico em tratar corretamente as diferentes espécies de árvores de nossas vias publicas.
A engenharia tem soluções para essa espécie e conforme diz a Sra. Ana Paula Cortez, fundadora e ex-presidente da AMECA - Assoc. Movimento Ecológico Carijos de SFS, dando uma excelente ideia e mais uma solução
Esses dias o Prefeito me disse preocupado:
---- Eng. Gert a principio estava contra o corte das figueiras, mas já me convenceram que temos que pensar em breve em corta-las.
Penso que uma AUDIÊNCIA PUBLICA SERÁ NECESSÁRIA para discutir a engenharia de calçadas, pavimentos asfalticos e arborização publica com manutenção inteligente.
Seria bom não esquecer que a tubulação de gás foi colocada DEPOIS do plantio das Figueiras e que os problemas de desbarrancamento do talude já tem mais de 6 anos, resultado muito mais de um projeto de engenharia capenga, que das raízes das Figueiras.
Descaso, abandono e incompetência.
São três das palavras que melhor identificam a forma como tem sido tratado o tema das Figueiras da beira rio, pela administração municipal, nas anteriores e na atual.
Durante anos as arvores da cidade não tem tido nenhum cuidado nem manutenção, abandonadas ao léu, sem podas que mantenham a forma e o tamanho. Sem nenhum outro cuidado que a desatenção. Agora elas são as culpadas do estado em que se encontra a Avd. Hermann August Lepper.
Se na administração anterior, se apostou no quanto pior melhor e o próprio prefeito a época, ficou torcendo para que as arvores caíssem, desta forma não seria necessário derruba-las. Também nas administrações anteriores, a falta de manutenção, levou a destruição das bocas de lobo, a inutilização da drenagem da rua e a erosão das margens e dos taludes, sem que as Figueiras nada tivessem a ver.
A proposta de troca das arvores por outras, não ataca o problema real, a falta de manutenção, o descuido e o abandono em que nossa cidade se encontra. Os prédios públicos da mesma rua, tanto a Casa da Cultura, como o Arquivo Histórico e a antiga secretaria da habitação, estão hoje mais perto de ser tombados, como refúgios e reservas da vida selvagem que reconhecidos como prédios públicos que sinalizam a presença do poder publico, voltado para a atender a sociedade.
As margens do Cachoeira, são uma prova viva da forma como a cidade é tratada, como terra de ninguém. O abandono de hoje e de ontem, voltara na forma de obras faustuosas, de custos inverossímeis, que novamente cairão no abandono e no esquecimento. Agora vamos cortar as Figueiras. Monumento vivo a nossa incompetência e descaso.
Seria conveniente, analisar com critério o custo dos poucos metros de Bulevar que a administração passada executou e imaginar o quanto custará ainda para o orçamento municipal a recuperação do abandono e da falta de manutenção.
A preservação não só das figueiras da beira rio, como de quaisquer arvore, deveria ser o objetivo das ações, a construção de um arrimo, a estabilização do talude com obras de baixo impacto, devem ser as soluções priorizadas. Criar um espaço verde que permita aos joinvilenses se reaproximar do rio e recuperar este espaço urbano que hoje esta degradado e desvalorizado. Sem obras monumentais e com criatividade.
Imagem do arquivo do Jornal A Noticia
Publicado no Jornal Noticias do Dia
Em tempos de Expogestão
A empresa deve fazer reunião para decidir e não reunião para reunir.
14 de junho de 2009
Pedágio
Com a entrada em funcionamento do pedágio de Palhoça se completa o conjunto das 5 praças de pedágio, que compõem o trecho Curitiba – Florianópolis. A rodovia passou a receber manutenção o que não acontecia no passado, conta agora com serviço de socorro e de pontos para descanso. A pintura é refeita com regularidade e a noite as faixas refletivas aumentam a segurança.
A empresa concessionária do serviço, implantou o não-sei-que-coisa-fácil, que de forma engenhosa permite que com o pagamento de uma taxa adicional, possamos ser cobrados pelo pedágio, numa única vez ao mês, e ainda não precisar parar nos pontos de pedágio. As simpáticas meninas insistem para que instale o dito cujo não-sei-que-coisa-fácil. Eu decidi que não vou instalar a dita engenhoca.
Alem de ser contra os meus princípios, ter que pagar a mais para ser cobrado, O que alias permitiria a empresa reduzir o numero de funcionários e com isto reduzir os seus custos. Fiz as contas e acho que não compensa. As meninas que atendem no pedágio, são simpáticas, bem treinadas, me recebem sempre com um bom dia, boa tarde ou boa noite, dependendo do horário, me despedem com um boa viagem e ainda ganho um lindo sorriso.
Definitivamente é muito barato, se considero que alem de tudo isto, continuo tendo acesso a todos os serviços que a concessionária oferece. Considero que numa época em que conversamos mais com maquinas e aparelhos que com pessoas, escutar um “Bom dia, boa tarde ou boa noite”. É um diferencial de qualidade e se ainda recebemos um “Boa viagem” e um lindo sorriso o preço deixou de ser justo e passou a ser uma autentica pechincha, para nos usuários.
No Jornal A Noticia
Um conselho à cidade,
A audiência pública, realizada na Câmara de Vereadores, que propôs discutir a lei de criação do Conselho da Cidade foi o mais recente episódio da falta de preparo para um debate sadio do futuro da cidade. Primeiramente, as audiências protagonizadas pela Câmara carecem de regulação, pressuposto imprescindível a um debate público e, por consequência, da legitimidade. Como agravante, não existe um processo de comunicação eficaz com a sociedade que a coloque devidamente instruída sobre os temas das audiências ou que a motive participar.
Isto nos leva a um faz-de-conta de que os temas da cidade estão sendo debatidos com a sociedade. Nesta última audiência, pouco mais de 40 pessoas estavam no plenário e, destaque-se, apenas quatro vereadores. O tema Conselho da Cidade é muito importante para uma tão singela plateia.
Na outra ponta, surge a manipulação pela descaracterização da proposta formulada nas oficinas que deram origem à lei do Plano Diretor, tirando do texto original da proposta a palavra deliberar e sua proporcionalidade nas representações da sociedade, que seguiam a orientação do Ministério das Cidades.
O conselho, na forma como está proposta a lei, será um “cartório de homologação”, ferindo o que preceitua o Estatuto das Cidades. Na audiência, um dos vereadores afirmou que os membros do Conselho da Cidade, nos debates das políticas públicas, terão apenas a função de “sugerir”. Teremos, então, o esvaziamento do conselho pelo desinteresse e perda dos seus objetivos.
Recentemente, a cidade de Itajaí sofreu uma decisão da Justiça Federal invalidando o Plano Diretor, que já havia sido aprovado pela Câmara de Vereadores, pela falta de legitimidade, ou seja, as audiências públicas careceram de representatividade e o processo de chamamento da sociedade foi considerado viciado. Neste tema, não é necessário inventar a roda. Muitas cidades do Brasil já têm seus conselhos em pleno funcionamento e seria de bom alvitre que nossos vereadores e planejadores fossem conhecê-los, observando, em especial, a representatividade da sociedade.
Pelo que percebi na audiência e na forma como a proposta do Conselho da Cidade está colocada, dá-me a impressão de que o modelo não privilegia o debate democrático, e Joinville estará mais uma vez indo a ré. O fortalecimento da participação da sociedade garantindo informação e o conhecimento técnico motivou a formação do conselho na lei que institui o Estatuto das Cidades.
Emerge, então, um nítido receio dos homens eleitos quando se fala em democratizar as relações e decisões dos poderes na formulação das políticas públicas. Este receio se coloca na perda do domínio ou do poder, resultado de uma cultura autoritária e tecnocrática ainda presente na lida política. Como deuses, nossos políticos e tecnocratas se consideram intocáveis em seus desígnios.
É importante lembrar que o Conselho da Cidade, além de um direito assegurado por lei, deve ser formulado corretamente, com uma maioria de representantes da sociedade escolhidos diretamente pelas representações formais que deverão ser capacitadas nos diversos temas e momentos, dando pertinência aos debates e às definições das políticas públicas. Creio que não seja muito difícil entender isto, nem mesmo o resultado que pode surgir deste debate. Basta querer.
lepadronjoinville@terra.com.br
12 de junho de 2009
A Joinville que queremos
A Joinville que queremos
Claudio Loetz *
A economia de Joinville tem dinamismo próprio. Ancorada na indústria (especialmente metalmecânica, têxtil e plástica) também é forte em outros segmentos, como tecnologia de informação. A área de serviços vem ganhando força ano a ano, por conta da expansão da migração de profissionais vindos de centros maiores (São Paulo, Porto Alegre, entre outros) que demandam negócios novos e diversificados.
O mais industrializado município catarinense e terceiro maior na geração de riqueza do Sul do País caminha para se tornar, cada vez mais, polo geoeconômico de referência nacional. É esta característica, que distingue Joinville no cenário brasileiroe também é seu calcanhar de Aquiles. As dez maiores companhias com fábricas em Joinville profissionalizam sua gestão e, muitas delas. estão presentes no mundo todo. Até mesmo, algumas são controladas por investidores que nada mais têm a ver com a cidade e decidem de acordo com as necessidades do mercado global. Aos poucos, estamos, os joinvilenses, perdendo o direito de decidir os destinos das empresas aqui instaladas. Longe desta frase sugerir um lamento inócuo , significa a constatação de que o futuro precisa ser plasmado pela integração de agentes econômicos, instituições privadas e pelo Poder Público. Especialmente nestes anos de crise econômica, quando todos se preocupam com o que virá adiante.
Justamente para colhermos os frutos bons precisaremos plantar sementes adequadas, agora. Quero afirmar, aqui, neste espaço, que é hora das lideranças (empresariais, políticas, comunitárias) acordar. É absolutamente urgente refletirmos sobre o que nos espera nos próximos 40 anos. Esta construção se fará em 2009 e 2010. Refiro-me à regulamentação do Plano Diretor do município, documento que vai embasar as futuras gerações e ordenar (como e para onde) vamos crescer.
Por isso, é necessário atenção máxima à preservação de meio ambiente, cuidar para se conseguir limitar exploração imobiliária em regiões centrais, oportunizar empreendimentos próximos aos locais de moradias e viabilizar infraestrutura moderna com sustentabilidade e garantir acesso fácil ao insumo fundamental: a água.
Se não agirmos neste sentido, de pouco valerá a acumulação de riqueza de uma ínfima minoria em detrimento de uma massa amorfa, à margem de uma vida com bem-estar.
A estrutura sócioeconômica, em Joinville, foi construída a partir do signo do trabalho na indústria. Que continuará a ditar o modelo de desenvolvimento por aqui, por décadas, ainda. Isto, porém, é insuficiente. Precisamos - e com urgência - atuar para que o trabalhador ganhe verdadeiros espaços de lazer, junto com o direito à qualidade de ensino e instrução profissionais compatíveis com o que exige o mundo. Abrir janelas para compreender a vida é fundamental, ensina a Filosofia, sempre útil em momentos difíceis.
Se conseguirmos isto, vamos nos orgulhar do que fizemos. E as crises, que chegam, cíclicas, como mostram os manuais de Economia, serão superadas pelos mais competentes.
* Claudio Loetz, jornalista, é colunista de Economia do jornal A Notícia
Qualidade Infraero - Anvisa
10 de junho de 2009
Liderança
Com a conclusão da gestão de Udo Dohler como presidente da ACIJ. Finaliza uma etapa mais de um dos mais interessantes lideres empresariais desta cidade.
Se por um lado, seu nome não é o mais lembrado como exemplo e referencia de gestão. Pelo outro lado sua participação constante à frente de temas empresariais, comunitários e políticos, fazem dele um dos personagens mais representativos de uma forma de ser e de agir que parecia
Sobre sua capacidade de serviço a classe empresarial, nenhuma prova parece mais evidente, que os quatro mandatos, como presidente da ACIJ, nenhum outro dos seus pares ocupou o cargo tantas vezes, e poucos o fizeram com tanto entusiasmo e dedicação, desatendendo inclusive a sua família e sua empresa, em prol dos interesses maiores da classe empresarial. Sacrifício e ânsia de servir, que pode ter sido mal interpretado, por uns e outros.
Do mesmo modo, as comendas, medalhas e homenagens, não conseguem plasmar o seu esforço denodado para que a celebração dos 150 anos da fundação de Joinville, fosse um sucesso. Ou a instalação em tempo recorde e superando todos os obstáculos, de uma subestação de energia, para garantir o fornecimento as maiores indústrias da cidade. Inclusive o seu empenho para que a UFSC se instalasse na curva do arroz, as margens da BR- 101, foram ações que capitaneou com firmeza e sem titubeio. Sem buscar colher mais méritos ou buscar outras recompensas, que a satisfação do dever cumprido de forma desinteressada e altruísta.
O modelo de gestão que o caracteriza e tem se convertido na sua marca pessoal, inspirado na época em que as empresas eram dirigidas, com pulso firme e de forma unipessoal, próprios de uma época e de um momento histórico. Que nele e no seu modelo de liderança parecem perdurar e se converter em eternos.
Inclusive o fato que ele mesmo tenha reconhecido em entrevista recente, o seu desejo, longamente cultivado, de concorrer a um cargo publico, o que entre os empresários, que o conhecem, sempre tem sido um segredo a vozes. Agora parece cada vez mais próximo e factível, depois da visibilidade adicional que a Associação empresarial de Joinville tem lhe proporcionado. Mostra o quanto de sacrifício pessoal ainda esta disposto a oferecer em prol da cidade que tanto ama e a que tanto deve.
A nova gestão da ACIJ terá virtudes e características muito diferentes, os associados e a comunidade perceberão a mudança desde o primeiro momento. Do mesmo modo que cada um de nós é singular é único, em quanto ser humano. O modelo que Udo Dohler representa não é repetível.
Publicado no Jornal A Noticia
Foto do Arquivo do AN