O curso de Arquitetura e Urbanismo da Sociesc, foi reconhecido pelo MEC neste semana, um êxito que devemos celebrar com orgulho. No próximo futuro poderemos contar com gerações de profissionais formados em Joinville, que poderão ajudar a construir uma cidade melhor.
Um caso interessante é o da matéria de Gestão Urbana, o professor da área solicitou aos alunos, que analisassem o zoneamento de uma região do Boa Vista e que utilizassem a legislação vigente, para calcular os máximos percentuais e taxas de ocupação permitidos, em resumo os mesmos critérios que os empreendedores imobiliários utilizam sempre, aqueles que permitem a maior rentabilidade.
Como resultado do trabalho os alunos, verificaram que nem a largura das ruas, nem a infra-estrutura de esgoto, de transporte coletivo e de serviços públicos necessários, para um bom desenvolvimento urbano com qualidade de vida, comportariam os elevados índices de ocupação que a legislação atual permite e sugeriram que os índices fossem reduzidos dos atuais 8 andares que a legislação permite, para três pavimentos, por entender que o bairro teria uma forte perda de qualidade de vida, A ventilação e a insolação ficariam comprometidas. O adensamento seria excessivo. Hoje existem na região 16,08 economias por Hectare, a legislação atual permite 79 economias por hectare, quando um indicador adequado seria de 32 por hectare, se utilizássemos por exemplo o padrão de Porto Alegre, como referencia.
Em quanto o bom senso que os alunos da Sociesc demonstram não prevalece, a nossa cidade vai de uma forma cada vez mais rápida, se convertendo numa colcha de retalhos, que atendendo a interesses particulares, comprometem de forma irreversível o nosso futuro. Um exemplo deste descontrole urbanístico é a rua Fernando Machado, no Bairro América, que com uma largura de rua prevista para residencial unifamiliar, esta se convertendo num inferno de prédios, sem a infra-estrutura necessária. Antecipo do caos
Ainda para agregar mais conflito a esta situação, nasce na Câmara de Vereadores um projeto de autoria do vereador Sandro Silva, propondo aumentar o gabarito na região central, amparado no exemplo de Londrina, cidade planejada no norte do Paraná. O projeto deve prever que no futuro próximo o centro da cidade se convertera, numa imensa área para pedestres, porque o transito de veículos será inviável e a verticalização terá permitido um adensamento irreversível da área central.
A imagem, que é parte do trabalho citado, mostra como os prédios comprometem e reduzem a insolação e aumentam a área de sombreamento.
Publicado no Jornal A Noticia e no Jornal Noticias do Dia
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