15 de junho de 2009
Descaso, abandono e incompetência.
São três das palavras que melhor identificam a forma como tem sido tratado o tema das Figueiras da beira rio, pela administração municipal, nas anteriores e na atual.
Durante anos as arvores da cidade não tem tido nenhum cuidado nem manutenção, abandonadas ao léu, sem podas que mantenham a forma e o tamanho. Sem nenhum outro cuidado que a desatenção. Agora elas são as culpadas do estado em que se encontra a Avd. Hermann August Lepper.
Se na administração anterior, se apostou no quanto pior melhor e o próprio prefeito a época, ficou torcendo para que as arvores caíssem, desta forma não seria necessário derruba-las. Também nas administrações anteriores, a falta de manutenção, levou a destruição das bocas de lobo, a inutilização da drenagem da rua e a erosão das margens e dos taludes, sem que as Figueiras nada tivessem a ver.
A proposta de troca das arvores por outras, não ataca o problema real, a falta de manutenção, o descuido e o abandono em que nossa cidade se encontra. Os prédios públicos da mesma rua, tanto a Casa da Cultura, como o Arquivo Histórico e a antiga secretaria da habitação, estão hoje mais perto de ser tombados, como refúgios e reservas da vida selvagem que reconhecidos como prédios públicos que sinalizam a presença do poder publico, voltado para a atender a sociedade.
As margens do Cachoeira, são uma prova viva da forma como a cidade é tratada, como terra de ninguém. O abandono de hoje e de ontem, voltara na forma de obras faustuosas, de custos inverossímeis, que novamente cairão no abandono e no esquecimento. Agora vamos cortar as Figueiras. Monumento vivo a nossa incompetência e descaso.
Seria conveniente, analisar com critério o custo dos poucos metros de Bulevar que a administração passada executou e imaginar o quanto custará ainda para o orçamento municipal a recuperação do abandono e da falta de manutenção.
A preservação não só das figueiras da beira rio, como de quaisquer arvore, deveria ser o objetivo das ações, a construção de um arrimo, a estabilização do talude com obras de baixo impacto, devem ser as soluções priorizadas. Criar um espaço verde que permita aos joinvilenses se reaproximar do rio e recuperar este espaço urbano que hoje esta degradado e desvalorizado. Sem obras monumentais e com criatividade.
Imagem do arquivo do Jornal A Noticia
Publicado no Jornal Noticias do Dia
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