17 de setembro de 2010

Mitomania ou Amnésia?


Mitomania ou Amnésia?


A freqüência com que detentores de cargos públicos mentem em publico passou a ser tão alta que já ninguém mais fica surpreendido, ninguém mais se escandaliza e passa a ser visto com naturalidade que nada do que seja afirmado por presidentes, seja da República ou de Institutos de Planejamento, ou por governadores ou prefeitos, inclusive por vereadores ou deputados, possa ser considerado verdadeiro, por muito mais tempo do que dura a vida da maioria dos insetos.


No caso especifico das declarações feitas pelo Arqto. Luiz Alberto de Souza, presidente do IPPUJ a imprensa nestes dias, fica a duvida se estamos frente a um caso de mitomania contumaz ou de amnésia. A mitomania seria mais grave é implicaria má fé e vontade de iludir. A amnésia, mesmo aparentando menor gravidade, também pode ser perigosa é precisa ser confrontada com a realidade.


A rua Conselheiro Arp, mudou o seu zoneamento, pela iniciativa do vereador Maurcio Peixer, que com a colaboração dos técnicos do IPPUJ, elaborou um projeto de lei, que tinha como objetivo mudar o gabarito (aumentando o numero de pavimentos) e o tipo de atividades que poderiam numa região exclusivamente residencial. A forte articulação da sociedade organizada, representada, entre outras entidades, pela Associação de Moradores do Bairro América, conseguiu que o projeto aprovado, não aumentasse o gabarito, nem se permitisse a instalação de atividades que poderiam ter forte impacto sobre as características residenciais do entorno. Se o mundo não acabou, com as mudanças aprovadas, foi porque a sociedade se mobilizou e evitou que a insanidade proposta fosse aprovada e porque os vereadores perceberam os erros e inconsistências que o projeto continha e os corrigiram em tempo.


Defender que o centro de Joinville deva se converter numa área residencial dirigida a pessoas de baixa renda, não é uma boa idéia. Insistir na proposta, sem debater abertamente com a sociedade e sem apresentar dados e estudos técnicos consistentes, sobre o impacto da mudança, continua sem ser o caminho correto e caracteriza radicalismo próprio de quem acredita que tudo pode ser feito na cidade, acha-se dono da verdade e ainda não percebeu que o pais mudou e que é preciso dialogar e deixar de impor as mudanças no grito.

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