6 de setembro de 2010

GREGOR MAC GREGOR


GREGOR MAC GREGOR


O escocês Gregor Macgregor (1776-1845), 171 até no nome inventou a monarquia de Poyais, um pais de instituições solidas, economia moderna e exercito respeitável no novo mundo. Como seu representante vendeu na Europa terras e cargos de uma nação inexistente. Em 1822 partiram da Inglaterra, 240 felizes compradores de latifúndios e cargos, mercadores, médicos, advogados, que ao chegarem às coordenadas indicadas descobriram da não existência das catedrais, os bancos e ruas da moderna capital Saint Josefh, apenas mato.

Existem muitos Gregores Macgregores espalhados pelo mundo, que como promotores de muitas vendas lucram com a ganância e ignorância alheias. Apenas como exemplo e extraído do livro: “As cidades que deram certo,” diz em uma de suas paginas sobre Joinville, que “o maior investimento já decidido é o da cervejaria Antártica: 190 milhões de dólares. O numero de postos de trabalho é de 620 diretos e 2.400 indiretos. O faturamento dessa unidade será de 412 milhões de reais por ano, o que garantirá uma arrecadação de 244 milhões de reais só de IPI e ICMS.”

Os discursos que iremos ouvir doravante sobre a importância da aprovação da lei complementar Macro-zoneamento em Joinville serão na tentativa de nos venderem as vantagens dos milhões de reais em investimento ou empregos que estamos desperdiçando, números que nunca se concretizam coletivamente.

Os promotores de venda não falam dos aumentos das quilometragens do transporte publico necessário a atender as novas áreas rurais de transição com suas modernas incubadoras tecnológicas, que irão refletir no aumento das tarifas do sistema, escondem ou desconversam dos lucros da valorização destas terras, como explicar que o metro
quadrado da terra ira passar de R$ 1,5 m2 para R$ 15,00 ou R$ 20,00 da noite para o dia.

Minimizam os impactos ou a influencia sobre áreas ambientalmente frágeis, desconsiderando os passivos e aumentado espaços sem saneamento básico ou nos necessários investimentos públicos em outras infra-estruturas necessárias
aos novos usos.


O prosperar da cidade sustentável não contem apenas a condicionante econômica, vista aqui apenas pelo viés do lucro privado, desconsiderando os valores de investimos públicos futuramente socializados. Devemos exigir explicações mais claras e identificar seus proponentes. Surge ainda a obrigatoriedade de vermos as condicionantes da inversão social e dos reflexos ambientais aclaradas no projeto.

Arno Kumlehn
Arquiteto Urbanista

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