O tempo e a razão
Algumas pessoas desenvolvem uma especial capacidade para escorregar em cascas de banana. Chegam a desenvolver uma técnica tão apurada, que quando não tem cascas com as que escorregar, eles mesmos jogam algumas, para não ficar fora de forma e manter a agilidade.
O debate sobre o Macrozoneamento, tem tudo para parecer a Comedia dos Erros de William Shakespeare, a divertida comedia que relata a sucessão de erros e trapalhadas dos seus protagonistas e as divertidas confusões que ocasionam. O projeto originalmente encaminhado pelo executivo ao legislativo, Não foi apresentado e debatido pelas Câmaras Técnicas, nem pelo Conselho da Cidade, agora o tempo mostrou o quanto teria sido conveniente que este debate tivesse acontecido, que o processo tivesse se realizado corretamente, sem pressa, nem o açodamento que tem se mostrado desnecessários.
Quando o projeto chegou ao legislativo a Câmara de Vereadores promoveu uma Audiência Publica, que por unanimidade aprovou a retirada de todas as ARTs, por considerar que representavam um aumento do perímetro urbano e uma seria ameaça as áreas rurais remanescentes, no cinturão verde de Joinville. Agora depois de aparecer uma nova proposta, abertamente apoiada pela ACIJ e Ajorpeme, os vereadores se encontraram na situação de votar o substitutivo do substitutivo, uma situação esdrúxula, em que o que se pretenderia votar, tinha perdido quase que completamente as linhas originais e descaracterizado o projeto inicialmente encaminhado.
A situação atual obriga, que o projeto atual, seja devolvido ao executivo, que deverá ser novamente escrito e encaminhado de volta ao legislativo, reconhecendo o desejo da população expressado na Audiência Publica. Este processo permite que agora sim o projeto seja encaminhado ao Conselho da Cidade e seja analisado amplamente nas Câmaras Técnicas correspondentes. Finalmente uma sucessão de erros e trapalhadas permite que o processo e o debate do macrozoneamento voltem ao seu caminho normal. Abrindo o debate de forma mais transparente e permitindo que os interesses pessoais, que tem aflorado em vários momentos com maior intensidade, se façam mais claros, e sejam mais facilmente identificados.
Sem cascas de banana, no caminho e sem equilibristas, mágicos e palhaços que ficam afirmando hoje, com empáfia o que negarão amanha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário