31 de outubro de 2008

Lucros e Perdas


Começa a arrefecer o calor da campanha, como sempre, entre mortos e feridos sobraram todos. Mas teve lucros e perdas.


Quem mais ganhou foi Joinville, que viveu uma campanha aberta, com grande numero de candidatos, com debates participativos e democráticos. Concluindo com uma participação expressiva nos dias de eleição.


Ganhou sem duvida o PT, que alem de eleger quatro vereadores, que por conta da lei da fidelidade partidária, terão agora maior dificuldade para trocar de partido. Elegeu com expressiva votação o novo Prefeito Municipal.


Ganharam também os partidos que tendo lançado candidatos no primeiro turno, optaram por apoiar o candidato vencedor no segundo turno, criando um amplo leque de apoios que se por um lado facilitam a governabilidade, ao mesmo tempo estimulam o dialogo e incorpora elementos moderadores a discricionariedade, quase imperiais que temos vivido nos últimos anos.


Ganha por tanto a sociedade, que pode esperar um governo mais equilibrado, mas voltado a sociedade e com maior vocação para o dialogo. Será preciso negociar mais com a sociedade o que gerará um modelo de gestão mais transparente.


Perdem com certeza aqueles que tentaram criar um modelo de democracia hereditária, com objetivo de perpetuar um clã no poder, sem perceber que tanto a sociedade, como a realidade ao redor dele tem mudado de uma maneira decisiva.


Perde a administração atual que tentou com denodada insistência, eleger o seu candidato e buscar com a sua eleição aprovar a sua gestão. A avaliação ruim e péssima do atual prefeito acabou representando um fardo pesado demais e comprometendo o desempenho do candidato oficial.

Perdeu o candidato derrotado, que viu a sua taxa de rejeição aumentar vertiginosamente, superando o percentual de votos recebido. A sua candidatura, não sobreviveu a exposição a luz do sol. Se conseguirá se refazer do desgaste, só o tempo poderá mostrar.


Perdeu também o Governador Luiz Henrique, que não conseguiu transferir o seu carisma e votos para os candidatos que apoiou, tanto no primeiro, como no segundo turno. Até que ponto o seu prestigio pessoal sofreu desgaste, poderá ser avaliado na próxima eleição em dois anos.


O balanço final mostra mudanças sensíveis, que podem ou não se confirmar, na medida que cada um dos protagonistas aprenda da experiência vivida. Mas o grande vencedor é sem duvida Joinville.

29 de outubro de 2008

Nossa pesquisa

Encerrada nossa pesquisa, podemos deduzir que um percentual significativo dos nossos leitores ficaram satisfeitos com o resultado das urnas.
O blog manterá uma posição de acompanhamento, tanto dos últimos meses desta gestão, como da próxima gestão.
Obrigado pela sua participação na pesquisa.

A Mesquita e a oração.




Chama a atenção a quem se aproxima a uma mesquita na hora da oração, as centenas de pares de sapatos que de uma forma mais ou menos ordenada, esperam a finalização da oração, para reencontrar os seus proprietários.

Porque ninguém escolhe o seu melhor calçado para ir a Mesquita? Porque quase todos os que cometerem o erro de levar para a mesquita o seu melhor par de sapatos, não o encontraram de volta.

Parece um contra-senso, que homens que se reúnem para orar, pedindo perdão pelos seus pecados, para chegar mais perto de Deus, tenham que escolher com atenção qual sapato usar, porque não é possível confiar na honestidade daquele que pode estar orando piamente ao seu lado.

O exemplo dos sapatos da mesquita, me faz pensar, no quanto de hipocrisia existe ao redor de nós. Quantos batem no peito e se colocam como exemplos de ética e moral, e vivem uma vida paralela, em que estes valores e princípios parecem distantes ou inexistentes.

Em alguns casos precisamos cuidar dos sapatos, em outros da carteira, na maioria dos casos existe uma forte diferença entre o que a maioria diz e o que faz. Pode ser que por estes e outros exemplos, não tenhamos desenvolvido o costume de deixar os sapatos na porta das nossas igrejas.

Algumas mesquitas, enfrentam esta situação, disponibilizando sacolas de pano, para que os fieis, possam adentrar descalços, com os seus sapatos na mão e manté-los ao alcance de vista durante todo o tempo dedicado a oração.

Existe de fato uma enorme distancia entre o que o que dizemos e o que fazemos, você deixaria os seus sapatos na porta da mesquita? Estariam a sua espera na saída?

Frase do dia

Não são apenas nossos erros que nos arruinam, mas o modo como agimos depois de cometê-los.

27 de outubro de 2008

O PT na Prefeitura (2)

O PT venceu

A partir do resultado das urnas, deixou de ser uma possibilidade que o PT venha a governar Joinville, para passar a ser um fato. Carlito Merss conquistou 62,1% dos votos válidos contra 37,8% de Darci de Matos. Vale a pena comentar: surpreende que numa cidade com uma economia basicamente industrial, o PT não tenha chegado antes à Prefeitura. Também surpreende que o mesmo partido ainda desperte tantas dúvidas entre uma parte expressiva do eleitorado. Esta visão, desenvolvida ao longo de anos, projeta a imagem do PT como um partido sem quadros para governar Joinville, com dificuldade para negociar e compor.

A sigla não tem conseguido se manter no poder nas cidades catarinenses nas quais tem sido governo. Isso alimenta dúvidas sobre qual vai ser o nível de mudança que teremos chance de experimentar nos próximos anos. Pelo resultado de ontem, podemos confirmar a vontade de mudar que os joinvilenses têm mostrado e considerar esta nova página da nossa história, como um passo marcante. A opção que Joinville tem feito tem características próprias. O PT assumirá num momento diferente, de quando assumiu algumas prefeituras, como Blumenau e Chapecó.

O PT tem uma enorme responsabilidade: a de provar que o PT local não repetirá as mazelas e os erros que o partido tem cometido quando tem tido a oportunidade de governar. Não serão permitidos nem os vícios e defeitos que têm caracterizado a gestão atual, e tampouco serão tolerados outros que possam comprometer o desenvolvimento. O nível de tolerância será provavelmente menor.

Confirmanda a mudança, nos tocará viver tempos interessantes, nos quais será preciso aprender uma forma distinta de relacionamento entre poder público e sociedade. Mais aberta e participativa. As decisões deverão se transferir das sombras e do contubérnio entre poucos amigos e achegados para a luz e transparência das audiências públicas e dos debates com toda a sociedade. Uma forma de governar e de participar que, em Joinville, deve se remontar aos primórdios da Colônia e que tem sido convenientemente esquecida por uns e outros.

Publicado no AN

26 de outubro de 2008

O PT chegou a Prefeitura


O PT chegou a Prefeitura


A partir do resultado das urnas, deixou de ser uma possibilidade que o PT venha a governar Joinville, para passar a ser um fato. Vale a pena comentar que se por uma parte surpreende que numa cidade com uma economia basicamente industrial, o PT não tenha chegado antes a prefeitura. Também surpreende que o mesmo partido ainda desperte tantas duvidas, entre uma parte expressiva do eleitorado. Esta visão, desenvolvida ao longo de anos, projeta a imagem do PT como um partido sem quadros para governar Joinville, com dificuldade para negociar e compor. Um partido que não tem conseguido se manter no poder nas cidades catarinenses nas que tem sido governo. O que alimenta duvidas lógicas sobre qual vai ser o nível de mudança que teremos oportunidade de experimentar nos próximos anos.


Só a partir de conhecido o resultado do segundo turno, podemos confirmar a vontade de mudar que os joinvilenses tém mostrado e considerar esta nova pagina da nossa historia, como um passo marcante. A opção que Joinville tem feito tem características próprias. O PT assumirá a prefeitura num momento diferente, que quando assumiu algumas prefeituras em Santa Catarina, como Blumenau e Chapecó.


O PT e especialmente o seu candidato Carlito Merss, tem uma enorme responsabilidade, a de provar, que o PT local, não repetira as mazelas e os erros que o partido tem cometido quando tem tido a oportunidade de governar. Desnecessário dizer que uma administração do PT, será avaliada com maior severidade e com maior criticismo. Não serão permitidos, nem os vícios e defeitos que tem caracterizado esta gestão atual e tampouco serão tolerados outros que possam comprometer o desenvolvimento de Joinville, ou que coloquem de novo a administração municipal nas paginas policiais. O nível de toleráncia será provavelmente menor.


Confirmando o cambio, nos tocará viver tempos interessantes, nos que será preciso aprender uma forma distinta de relacionamento entre poder publico e sociedade. Mais aberta, e participativa. As decisões deverão se transferir das sombras e do contubérnio entre poucos amigos e achegados, para a luz e transparéncia das audiéncias publicas e dos debates com toda a sociedade.


Uma forma de governar e de participar, que em Joinville, deve se remontar aos primórdios da Colónia e que tem sido convenientemente esquecida por uns e outros.

25 de outubro de 2008

Cartas do Jornal A Noticia

Crianças

Parabéns a Jordi Castan e “A Notícia” pela crônica publicada no dia 13 de outubro (“Para as pessoas”, página 3). O autor soube relatar muito bem a dedicação de uma família em relação a uma data comemorativa como o Dia das Crianças. O que pôde ser notado com a presença de mais de 70 mil pessoas no Centreventos Cau Hansen.

Carlos Büst
Joinville

O jornal A Noticia publicou esta carta do jornalista Carlos Bust, com referencia ao texto deste blog publicado pelo mesmo jornal e que voce pode acompanhar aqui Pessoas e Empresas em que citavamos o exemplo que as pessoas fazem. O nosso agradecimento ao Carlos e reafirmar que não estamos fazendo nada mais que o nosso trabalho, destacar os exemplos positivos e comentar de forma aberta e leal os exemplos sobre os que devemos manter o alerta.

Sobre a crise económica

As mesmas pessoas que riem dos ciganos que lêem a sorte levam a sério os economistas.

23 de outubro de 2008

Em pleno periodo eleitoral...

Política é a arte de obter votos dos pobres e dinheiro dos ricos, prometendo a cada grupo defendê-lo contra o outro.

21 de outubro de 2008

Parafraseando

A América ainda é uma terra de promessas, especialmente durante uma campanha eleitoral.

Poderiamos perfeitamente adaptar a sabia frase de Alfred E. Newman, para:

Joinville ainda é uma terra de promessas, especialmente durante uma campanha eleitoral.

Frase do dia

Em ano eleitoral, o ar está cheio de discursos, e vice-versa.

Contas claras

Elogiável a iniciativa do Jornal A Noticia de divulgar com a maior transparência a lista de doadores na campanha eleitoral.
Conhecer os maiores contribuintes, identificar os setores econômicos que representam e os valores de contribuição, significa uma importante contribuição a transparência do processo eleitoral.
Erra o candidato do PT, ao não divulgar os nomes dos seus doadores e a transparência neste caso é um cristal com visão para os dois lados, não pode ser um espelho, que só nos permite olhar um unico lado.
Identificar na relação do Candidato Darci de Matos, um grupo significativo de ocupantes de cargos comissionados na administração municipal, significa que tem o apoio implícito e explicito da maquina municipal. Que alguns dos contribuintes sejam empresas que prestam serviços regularmente e com valores significativos, para a prefeitura de Joinville, reforça a relação umbilical entre o candidato e a administração. Chama também a atenção o bom transito, com as empresas ligadas a area da saúde, percentualmente as suas contribuições são expressivas, o que pode ser explicado pela forte ligação do candidato com o setor e as emendas que tem direcionado, como deputado estadual, para resolver os problemas graves que a saúde enfrenta.
Finalmente o apoio de empresas e pessoas ligadas a construção civil, evidenciam o forte e bom relacionamento que este importante setor economico tem com o candidato do prefeito. Setor que historicamente sempre tem sabido construir um excelente relacionamento com o ocupante do prédio da Beira rio. Chama a atenção a ausência na lista das contribuições do seu principal cabo eleitoral, o prefeito Marco Tebaldi, que como contribuinte e eleitor, não deve se furtar em contribuir para a campanha do seu candidato.
Falta agora a divulgação da relação dos contribuintes do outro candidato e ainda verificar, quanto do valor arrecadado e declarado esta representado por esta relação feita publica. Porque as campanhas que estão na rua, alem de vistosas, não parecem estar economizando recursos, que desta vez não parecem faltar a nenhum dos candidatos.

19 de outubro de 2008

Valeu a pena tanto esforço?

As pesquisas mostram uma queda significativa da aprovação da gestão do prefeito Marco Tebaldi, a queda tem se acentuado nos últimos meses, numa relação que parece direta entre o maior pacote de obras que realizou na sua gestão e o fato que o joinvilense tem passado a ter uma posição mais critica com relação a forma de administrar a cidade.
De alguma forma, se desprende que o eleitor da Joinville é mais critico, com quem mal gasta o dinheiro publico com obras desnecessárias e executadas a toque de caixa, aparentemente sem planejamento, que quem deixa de fazer. Durante os anos em que a administração municipal fez pouco ou nada, as criticas foram poucas e dispersas.
Agora, provavelmente como rescaldo da campanha eleitoral e do esforço que o prefeito tem feito para promover o seu candidato, toda a sua gestão esta sendo colocada em jogo.
As pesquisas publicadas mostram um dos índices de aprovação mais baixos do pais, o que é injusto, para alguém que fez tão pouco, por Joinville.
O erro, se é que teve algum que se destaque, pode ter sido o de pretender dar continuidade ao seu modelo de governo, fazendo o seu candidato. O resultado final desta pesquisa, só estará disponível em poucos dias numa urna perto de você.
Por enquanto é tempo para acompanhar de perto.

16 de outubro de 2008

Ausência

Ausência
Mesmo que a distancia a tecnologia permite acompanhar as noticias de Joinville desde longe.
Tentarei acompanhar desde Argélia o andamento da vida de Joinville e dos joinvilenses.
Ficarei fora ate começo de Novembro.

O PT na Prefeitura ?


O PT na Prefeitura ?



Frente a possibilidade, que neste momento supera os 50 %, que o PT venha a governar Joinville, vale a pena comentar que se por uma parte surpreende que numa cidade com uma economia basicamente industrial, o PT não tenha chegado antes a prefeitura. Também surpreende que o mesmo partido ainda desperte tantas duvidas, entre uma parte expressiva do eleitorado. Esta visão, desenvolvida ao longo de anos,projeta a iamgem do PT como um partido sem quadros para governar Joinville, com dificuldade para negociar e compor. Um partido que não tem conseguido se manter no poder nas cidades catarinenses nas que tem sido governo. O que alimenta duvidas lógicas sobre qual vai ser o nível de mudança que teremos oportunidade de experimentar nos próximos anos.

Só a partir de conhecido o resultado do segundo turno, poderemos confirmar se a vontade de mudar, com que os joinvilenses tem sinalizado, na eleição para o legislativo municipal e no primeiro turno da eleição pra prefeito, é uma tendência a confirmar, ou se os eleitores decidem manter por quatro anos adicionais o modelo de gestão municipal atual e dar sustentação aos projetos de continuidade que estão propostos.

O PT e especialmente o seu candidato Carlito Merss, tem uma enorme responsabilidade, a de provar, que o PT local, não repetira as mazelas e os erros que o partido tem cometido quando tem tido a oportunidade de governar. Desnecessário dizer que uma administração do PT, será avaliada com maior severidade e com maior criticismo. Não serão permitidos, nem os vícios e defeitos que tem caracterizado esta gestão atual e tampouco serão tolerados outros que possam comprometer o desenvolvimento de Joinville, ou que coloquem de administração municipal nas paginas policiais. O nível de tolerância será provavelmente menor.

Caso se confirme a tendência pelo cambio, nos tocará viver tempos interessantes, nos que será preciso aprender uma forma distinta de relacionamento entre poder publico e sociedade, mais aberta, e participativa. As decisões deverão se transferir das sombras e do contubérnio entre poucos amigos e achegados, para a luz e transparência das audiências publicas e dos debates com toda a sociedade.

Uma forma de governar e de participar, que em Joinville, deve se remontar aos primórdios da Colônia e que tem sido convenientemente esquecida por uns e outros.




13 de outubro de 2008

A luz dos recentes acontecimentos

"O fazer revela o ser"
de Jean Paul Sartre

Sistemas de governo

Em pleno segundo turno da campanha eleitoral, menos que discutir quem será o próximo prefeito, parece um momento ideal para debater, qual será o modelo de governo. Temos vários modelos que podem ser seguidos, com maior ou menor sucesso, de acordo com o modelo escolhido, poderemos ter resultados melhores ou piores.

A Democracia é um dos mais citados e a partir das suas múltiplas variações, como a Democracia Participativa, que cada vez é menos participativa e por tanto menos democrática.

A Ditadura, que deixou saudades, especialmente aqueles que dela curtiram as benesses e se por uma parte não requer dialogo, nem negociação, sempre parece que se sente mais a vontade com uma oposição forte e combativa, que lhe permite usar e abusar do seu saco de maldades.

A Tecnocracia, ou o governo dos técnicos, sistema perfeito, por prescindir do povo. O povo fica reduzido unicamente a um percentual, a um numero numa estatística.

A Plutocracia é o sistema de governo, que alcança a sua perfeição em algumas entidades empresariais representativas do nosso modo, mas genuíno de ser.

A Anarquia, que se por uma parte se apresenta como oposta a ditadura, pode ser um nível superior da própria democracia, numa organização na que ninguém manda e todos fazem o que bem entendem. Nenhuma autoridade é capaz de manter o equilíbrio da estrutura política, social, econômica. Em alguns casos Joinville parece ter chegado a este nível superior de democracia. Reservado a poucas sociedades desenvolvidas.

A Cleptocracia, se bem não é uma invenção ou uma novidade nestas terras, sim tem alcançado na nossa sociedade elevados níveis de aperfeiçoamento e de desenvolvimento, que fazem que mesmo nas menores comunidades seja praticada com sucesso.

Um nível superior da Cleptocracia e a Banditocracia, que tem a capacidade de unir num mesmo objetivo, os aficionados a marginalidade, que tem sua origem na classe media e que ao chegar ao poder, por ele são corrompidos, e os verdadeiros profissionais da marginalidade.

Finalmente e sem querer esgotar o tema e Aristocracia, que é a organização social e política em que o governo é monopolizado por um número reduzido de pessoas privilegiadas, não raro por herança ou origem. Na nossa sociedade existem constantes iniciativas para novos grupos e novos clãs, para utilizar este sistema de governo para se perpetuar no poder.

12 de outubro de 2008

Bandidato


O primeiro turno acabou e os vereadores ja estão eleitos.

Falar do passado


O texto original tinha sido postado no final de Setembro.

Este blog, não imaginava os desdobramentos que a campanha traria neste segundo turno. Em azul o texto original de Setembro. Impressiona a velocidade com que a campanha tem chegado perto do fundo do poço.

Passa a ter uma importância ainda maior, o passado dos candidatos, como no filme estrelado por Jane Fonda em 1971 (Klute) traduzido no Brasil por "O passado condena". O eleitor Joinvilense deve mais que nunca estar alerta para evitar que alguns nomes da nossa politica local, frequentem as paginas policiais com a mesma tranquilidade com que passeiam pelas de politica.

Chama a atenção a sensação de impunidade, que faz que alguns dos protagonistas das noticias dos últimos dias, tenham passado a se considerar, como estando acima do bem e do mal. O fato de se considerar imunes, os leva a agir cada vez mais de uma forma descarada, quase debochada. Ao negar tudo, com a maior tranquilidade, buscam confundir ao eleitor. O papel da midia é neste momento crucial, porque é ela quem neste momento assume a responsabilidade de trazer as informações com equidade e isenção. Elementos imprescindíveis, neste momento de duvida e emoção.


Não cabe a menor duvida, que nunca tivemos uma campanha municipal, em Joinville, em que os candidatos tivessem a sua vida tão vasculhada. Em que ficassem tão expostos, em que tanto espaço houvesse para o debate, para troca de idéias e de conceitos.

Não tem faltado oportunidade para que cada um apresente os seus projetos, as suas propostas e questione as dos demais candidatos. Com a transparência ganhamos todos e teremos melhores condições para escolher aquele candidato que melhor tenha sabido se comunicar com os eleitores nos debates que o processo eleitoral tem oferecido.

Um ponto, porem, me deixa incomodo, quando questionados, alguns dos candidatos, insistem em não querer falar do passado, em querer só debater os seus projetos para o futuro. Eu entendo e concordo que devemos olhar o futuro, porque estaremos votando no futuro. Mas preciso votar com um olho no passado. Quem é o candidato? Como foram as suas campanhas anteriores? Como tem agido, quando tem ocupado cargos na vida publica? Com que transparência tem prestado contas aos eleitores e aos contribuintes?

Porque é pelas suas obras que os reconheceremos, as palavras parecem ser capazes de sustentar tudo, o promessômetro é um exemplo disto, a quantidade de promessas de difícil execução e cumprimento, pesam negativamente, para aqueles que historicamente, não tem se destacado pelo cumprimento da palavra dada. Promete mais, quem menos tem intenção de cumprir.

Acredito, que nenhum milagre fará que o candidato que na sua vida passada, foi pouco serio, deixou duvidas quanto a sua lisura e seriedade, possa agora mudar da noite para o dia, e passe a ter um comportamento e uma atitude distinta da que tenha pautado a sua vida.

Posso acreditar que as virtudes depois de eleito tenderão a diminuir e os vícios e defeitos experimentaram uma forte tendência a aumentar.

Por isto preste atenção no passado do seu candidato, o seu passado determinará o nosso futuro.

11 de outubro de 2008

Problemas e Soluções



A coincidência, num curto espaço de tempo, de um turbilhão de obras publicas, que tem deixado a cidade de pernas para o ar e a vida dos joinvilenses um pouco mais confusa, de amplos debates entre os candidatos e o encaminhamento de um pacote de leis que sem uma discussão ampla e transparente com a sociedade organizada, tem aportado na Câmara de Vereadores.

Fazem que o tema do desenvolvimento urbano e do futuro da cidade esteja em pauta e seja mais atual que nunca.

Ao professor Mario Henrique Simonsen é atribuída a frase “O problema mais difícil do mundo, se for corretamente enunciado, um dia poderá ser resolvido. Já o problema mais fácil, ao ser mal apresentado, é irremediavelmente insolúvel”.

Parece que este encaminhamento possa ser ao mesmo tempo o problema e a solução de boa parte das situações que a cidade enfrenta. A concepção de projetos e a execução de obras publicas, de uma forma apressada e que as vezes da a sensação de ser até atabalhoada.

A formulação de forma pouco coerente de problemas, que a cidade enfrenta, leva na maioria das vezes a soluções erradas, a dispêndio de recursos públicos de forma pouco econômica e até a problemas maiores que os que se pretendia resolver.

O desgaste da administração publica, que se divorcia de vez da sociedade é evidente. Tanto pela forma em que problemas e soluções se misturam de forma desordenada, especialmente na vida dos nossos vizinhos. Sem uma estruturação formal, sem uma discussão aberta e participativa. Como pela forma, que os problemas mal apresentados são resolvidos ou o que é pior permanecem como insolúveis, aos olhos dos técnicos e penalizam os cidadãos. Que deixam de confiar nas soluções apresentadas e buscam outras alternativas.

Nesta situação, a sociedade enfrenta um quadro de perda de confiança nas autoridades que foram eleitas para governar e que ao não ter mostrado capacidade para formular corretamente os problemas, parecem incapazes de apresentar as soluções. De nada adianta mostrar soluções, quando os problemas parece que são outros.

10 de outubro de 2008

Do baú da vovozinha

Do baú da vovozinha
um texto publicado pela ACIJ em 2004,disto já faz uma eternidade a entidade tinha outro perfil. Porém continua contribuindo com bons nomes para o desenvolvimento de Joinville e de Santa Catarina.

O empresário na política
Historicamente, a Associação Comercial e Industrial de Joinville tem sido uma "fornecedora" de lideranças para os governos que se sucedem, no âmbito local e estadual.
Recentemente, Omar Amin Ghanem Filho, Ivandro de Souza, Ivo Gramkow e o próprio presidente da ACIJ, Jaime Grasso, compunham o primeiro escalão da administração municipal, enquanto Carlos Schneider, Max Bornholdt e Alexandre Fernandes emprestavam sua competência ao governo do Estado de Santa Catarina.
Alguns deles deixaram a atividade pública, mas todos deram ou dão a sua contribuição à sociedade, ocupando cargos estratégicos dentro da estrutura de governo.
Essa participação é histórica: Mário Boehm, por exemplo, acumulou a presidência da ACIJ e Celesc. Hans Dieter Schmidt, Henrique Weber, Albano Schmidt, Jordi Castan, Edgar Meister e tantos outros provenientes da ACIJ e de outras entidades dedicaram-se à gestão pública.
Os sócios beneméritos da entidade, José Henrique Loyola, Baltasar Buschle e Wittich Freitag (in memorian) têm uma folha de serviços prestados cuja descrição não caberia nesta página de jornal.
São homens de reconhecido sucesso na sua atividade privada e que efetivamente privam-se do conforto de seus lares, do convívio com a família e da conveniência de sua atividade empresarial para dedicarem-se à difícil e complexa função política.
Estes mesmos homens, que vem semanalmente à ACIJ debater e buscar soluções para os problemas da cidade, de forma voluntária, ou que as quartas-feiras participam das reuniões e atividades dos Bombeiros Voluntários, também sem qualquer ônus para a instituição (pelo contrário, ainda contribuem financeiramente) são aqueles cuja cultura e vocação é de participar e colaborar para com a sociedade onde vivem.
Voluntariamente, em ONG´s, ou atendendo convites de governadores e prefeitos, o empresário de Joinville costuma abrir mão de boa parte de sua vida para contribuir com a coletividade.
E isso é extremamente salutar para o serviço público. Estruturalmente, os organismos estatais sofrem com problemas e vícios naturais decorrentes do espírito de corporação ou da carência de uma necessária renovação periódica mais freqüente, quando lidam com recursos que não tem um dono, mas que são de todos.
A chegada do empresário, que está acostumado a administrar com austeridade o seu orçamento, que tem por ofício o planejamento e a gestão otimitizada do seu negócio, como condição necessária par sua sobrevivência, contribui para um melhor desempenho do órgão que lidera ou participa.
A união da experiência e austeridade empresarial com o conhecimento técnico e político do servidor público, se bem administrada, tende a oferecer resultados interessantes para a coletividade. É por isso que a ACIJ se sente orgulhosa em ver seus líderes empresariais contribuindo com o governo e, por consequência, com toda a cidade ou Estado

8 de outubro de 2008

Avaliações e comentarios

Numa época em que tanto politologo e tanto politicômano, tece comentários e emite opiniões sobre as eleições e os seu resultado, que um blog amador, que tem como foco a cidadania e a cidade, teça alguns comentários pontuais, deve ser visto e encarado com benevolência.
Toda eleição tem vencedores e vencidos, e o resultado das urnas no dia 5, permite algumas ilações.
A primeira pode ser a que entre os vencedores, alem claro esta do PT, que continua se beneficiando da forte influencia do presidente Lula, podemos incluir a Kennedy Nunes, que tem mostrado uma imagem diferente da de outras eleições anteriores, sem perder o seu modo de ser tem ganhado em maturidade e mostra que tem condições de jogar um importante papel no futuro politico de Joinville. Também Rodrigo Bornholdt, tem deixado evidencias, que é uma figura com a que contar em Joinville. Rogério Novaes, apresentou um projeto politico consistente, porem a possibilidade de ter sucesso fora dos partidos majoritarios é muito pequena, no sistema eleitoral brasileiro.
O candidato do PMDB, terá a sua grande oportunidade em 2010, quando definitivamente poderá mostrar se veio para ficar, neste caso, mostrou capacidade e principalmente estrutura para aguentar chuvas e trovoadas, sua entrada no jogo politico local, trará caso se confirme mudanças interessantes no cenário politico do 15.
Em outras palavras nenhum dos candidatos derrotados sairá de cena a curto prazo.
Menção a parte merece o candidato da coligação que busca dar continuidade ao modelo de gestão atual. Na medida que a campanha foi avançando alguns pontos ficaram mais evidentes e a população gradativamente mudo de opinião. Reduzindo o percentual de aprovação e aumentando o índice de rejeição. A entrada de um novo marqueteiro, será o quarto e o apoio da maquina municipal, sem duvida deixarão a campanha mais animada neste segundo turno.
A capacidade de cada candidato de negociar e de angariar apoios consistentes, servirá para definir a eleição no segundo turno.
A renovação na Câmara de Vereadores, pode sinalizar uma vontade de mudança, depois de alguns anos de continuidade administrativa, caso a população considere o modelo atual esgotado, o resultado do segundo turno poderá ser avultado e representar o final de uma era.
Quem viver verá.

ALGUMAS CONCLUSÕES

Em todas as eleições existem perdedores a vencedores, mas a história do primeiro turno em Joinville já apresenta algumas Parece claro de que o eleitor está cada vez mais maduro, exigente e coerente na escolha de seu candidato. Muito embora alguns políticos ainda procurem agir como se o eleitor pudesse ser cooptado mediante favores de última hora, promessas mirabolantes, sentenças de favoritismo ou pela pressão àqueles que dependem de cargos públicos ou favores, me parece nítida e significativa à mudança de comportamento nas urnas. De todas as práticas, aquela que coloca o eleitor como um ser débil ou incapaz de fazer avaliações conscientes para sua escolha é a mais nociva para a democracia. A eleição em Joinville, embora ainda não tenha terminado, mostrou que existem fortes demonstrações de descontentamento, primeiramente por uma representativa renovação na Câmara de Vereadores. Se todo o fisiologismo existente ainda não foi expurgado, esta claro que os votos deram um aviso prévio àqueles que sobreviveram e, as práticas políticas no legislativo deverão, para o bem dos eleitos, sofrerem mudanças a favor da população e não apenas para o próprio proveito. O fisiologismo, a relação de dependência com o executivo mediante troca de votos por favores e apadrinhamentos e a falta de probidade praticada por membros desta legislatura tiveram o troco nas urnas. Na disputa majoritária, a maior lição ficou por conta do candidato imposto, um forasteiro surgido do dia para a noite que desestruturou o PMDB local, desrespeitou lideranças do partido, impediu potenciais candidatos para a postulação à prefeitura, com maiores chances de sucesso significando, talvez, a mais vergonhosa e ridícula demonstração de autoritarismo e falta de ética política. Um fracasso que não deverá ser esquecido na história política de Joinville. Por outro lado, apareceram nesta campanha, mesmo que ainda timidamente, opositores ao atual governo municipal, que se fizeram ausentes ou omissos nos últimos anos por conta de uma opressiva censura. Ouvi muitas vezes a frase que denota qualificação ao debate político quando os candidatos criticam uns aos outros seja pelas propostas, pelos compromissos ou pelo passado. Ora, uma campanha política é justamente o momento em que as diferenças devem surgir para que o eleitor possa avaliar qual candidato mais se aproxima dos seus desejos, sejam eles de mudança ou de continuidade. Portanto, o embate de idéias, as críticas e até acusações desde que pertinentes à probidade, honestidade e ética, são plenamente admissíveis. É o ônus de quem quer ocupar um cargo público pelo voto. No entanto, ficou claro que existem demandas e problemas em Joinville as quais vieram á tona de forma cabal durante a campanha. E não foram poucas. Isto ficou oculto durante os últimos anos por conta de uma milionária e, diga-se de passagem, competente mídia governamental cuja missão foi ofuscar quem se atrevesse a denunciá-las. O eleitor, tenham certeza, esteve atento a isto. O debate entre candidatos mostrou outra Joinville, a cidade real que se ressente de muitos investimentos e de uma gestão pública competente. O resultado das urnas pode ser visto de forma simples e matemática: 24% dos eleitores votaram no candidato da situação e os demais 76% demonstram desejos de mudança. Há quem diga que isto não quer dizer nada e que muitas cartas ainda serão jogadas até que a eleição do segundo turno venha a ser decidida. Se o eleitor demonstrou claramente sua insatisfação, ou melhor, uma tendência no primeiro turno, isto também serve de aviso aos candidatos derrotados que não tiverem coerência para com os eventuais apoios aos dois candidatos vencedores para o segundo turno. Penso que o eleitor será seletivo e qualquer deslize que demonstre incoerência pode significar um desgaste ou até uma eventual condenação política futura. Dois pontos muito positivos neste primeiro turno foram os debates que permitiram a exposição de idéias através das várias fórmulas e mídias, que se apresentaram seletivos, bem articulados e esclarecedores. Outro ponto que merece destaque é o surgimento de novas lideranças, novos nomes que, se não lograram êxito para seguirem no segundo turno, são promessas alentadoras de uma nova etapa no futuro da política Joinvillense.

Sérgio Gollnick

Arquiteto e Urbanista


6 de outubro de 2008

Transparência

A frase “O que é bom a gente mostra e o que é ruim a gente esconde” passou a formar parte da picaresca nacional, virou sinônimo, mas que de uma forma de agir, de uma forma de ser.

Mostrar e divulgar aos quatro ventos, bradar em alto e bom som o que é feito, mesmo que as vezes, nem merecesse tanto barulho. Ao mesmo tempo esquecer de mostrar aquilo que não nos convém. Calar, às vezes ate tentar esconder. Contando tal vez com que as pessoas aos poucos esqueçam e não se volte a falar do tema.

Em 23 de Julho, o Jornal A Noticia trouxe aos seus leitores a informação que o a prefeitura municipal tinha recebido no inicio do mês de Julho, o laudo técnico, contratado com a empresa Geoforma. O estudo, de acordo com informações da própria prefeitura, engloba situações maiores, como as condições do talude e avalia os problemas da pavimentação da rua August Hermann Lepper.

Surpreende e levanta suspicacias, que transcorridos mais de 3 meses, desde que a prefeitura oficialmente recebeu o laudo, a situação continue a mesma, com uma pista interditada, apresentando risco para os veículos e sem que a prefeitura nada tenha feito até agora.

Passado o efeito que a implantação do bulevar Cachoeira poderia ter no processo eleitoral, a prefeitura parece ter perdido o interesse na Rua Hermann August Lepper, e a tem como tantas outras relegado ao fim da lista. Este tipo de atitude, de se apaixonar perdidamente por um projeto e depois perder repentinamente o interesse, é sintoma claro de imaturidade e da falta de consistência de algumas das propostas, com que a prefeitura e a sua equipe técnica nos surpreendem constantemente.

A morosidade da prefeitura em divulgar o laudo técnico e especialmente a cortina de silencio, com que os técnicos da prefeitura tem tratado o assunto, parece incompatível com a necessidade de transparência imprescindível no trato da coisa publica. Pode a sociedade considerar irresponsável a atitude da prefeitura ao não agir, numa situação que apresenta um perigo real para a população.

Mas é o sigilo e o mutismo da prefeitura o que maiores duvidas gera. Nada deveria justificar a demora em divulgar um laudo técnico, elaborado por empresa idônea e custeado com recursos públicos.


leia a integra da materia do jornal A Noticia.

Debate do segundo turno


Em primeira mão recebemos as imagens do primeiro debate entre os dos candidatos a prefeito no segundo turno.
É possível acompanhar o elevado nível que a campanha alcançou neste primeiro debate e o resultado final do debate.

Plano Diretor 3

Qualificação do Ambiente Natural
Não é de hoje que o governo municipal exerce uma forte ação politica, para a qualificação do ambiente Natural, o exemplo apresentado aqui nesta imagem da Estrada Arataka, evidencia o exito desta politica.

Como uma imagem vale mais que mil palavras. Nada melhor que mostrar em imagens a nossa realidade. As palavras colocadas na lei do Plano Diretor,

“são questões estratégicas”

...., constituem-se diretrizes para”

...., “a efetividade das ações deverá”......

Todas de ordem impositiva, Altissonantes e que querem transmitir uma força e uma segurança que estão longe de ser seguidas.

Como a leitura da legislação é enfadonha e na maioria dos casos, a lei não é feita para que o eleitor médio possa compreender facilmente, com a inestimável colaboração do Arquiteto Arno Kumlehn, estamos colocando neste blog algumas imagens que possam servir ao eleitor médio, gente como você e como eu, para compreender melhor, O que é e especialmente o que deveria ser.

Aumentar a ocupação de areas rurais, fora do atual perimetro urbano, representa uma ameaça ao futuro de Joinville. Tirar do papel as propsotas e converte-las, mas que em leis, em normas e padrões de conduta depende do proprio poder publico, que tem estado omisso.



5 de outubro de 2008

Resultados da eleição em Joinville - 2

Não foi surpresa o segundo turno, porem sim surpreendeu a diferença entre o primeiro e o segundo colocado, 13 % de diferença é um resultado expressivo. Maior ainda se consideramos que o segundo classificado teve o apoio da maquina publica municipal.
As pesquisas divulgadas parecem ter acompanhado a evolução do eleitor e principalmente as mudanças, que como resultado dos debates e do desenvolver natural da campanha tem se produzido.
A abstenção foi pequena, menor que na maioria das cidades de porte semelhante e os votos brancos e nulos, mostram que o joinvilense compreendeu a importância do momento politico.
As alianças e coligações que se formem a partir deste momento, definirão o resultado do segundo turno.
O eleitor de Joinville parece ter sinalizado que quer uma mudança, e que a alternância no poder pode estar bem próxima.

Resultados da eleição em Joinville - 1

O ponto importante a destacar é a renovação na Câmara de Vereadores, teremos muitos nomes novos e teremos seja qual seja o resultado do segundo turno, uma composição na Câmara de Vereadores muito diferente da atual.
O próximo prefeito precisará escutar mais, conversar mais e terá muita mais dificuldade em impor a sua vontade. A responsabilidade da Câmara e de cada um dos vereadores aumenta muito.
Tem uma oportunidade de estabelecer as condições para que Joinville seja de fato uma cidade melhor.
Das urnas surge um novo perfil de cidade, é um momento importante, que deverá ser bem aproveitado por cada um dos vereadores eleitos, que serão empossados no próximo dia 1 de Janeiro de 2009.
O fato que alguns nomes tradicionais, não tenham sido reconduzidos, mostra que os eleitores, não parecem ter apoiado, nem as mudanças de partido depois de eleitos em 2004, nem as votações chapa branca em que os impostos e as tarifas publicas municipais foram aumentadas sem escutar ao joinvilense .Tampouco os eleitores parecem ter apoiado as iniciativas para mudar a legislação no caso de leis de uso e ocupação do solo e os aumentos de salário dos vereadores, acima da inflação.
Os eleitores votaram com consciência e com esperança numa cidade melhor

Projeto (Fazendo) Arte na Calçada IX


Um dos melhores apresentados na Mostra Fazendo Arte na calçada, o trabalho de autor anónimo é de uma forte representatividade. Uma obra de denuncia. O forte simbolismo criado pela composição da bicicleta, oprimida entre o concreto e o lixo.
O autor apresenta uma mensagem forte, a escolha da cor azul, para a bicicleta, representando as cores de Joinville e do preto para a volumetria que comprime a liberdade de ir e vir contra o concreto, serve para reforçar os conceitos, que o artista busca usar como linguagem.
A impossibilidade de se deslocar, numa cidade, que aos poucos mergulha no seu inferno astral, dividida entre crescer e o custo deste crescimento desordenado.
Serve de alerta. A destruição sistemática do meio ambiente urbano é o tema principal deste trabalho.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos públicos )

4 de outubro de 2008

Antes de votar

vale a pena ler o texto de José Antonio Baço

Decálogo para um dia de eleição

Bom dia, leitor-eleitor. Já foi votar? Se ainda não foi, vou bancar o cabo-eleitoral (torcendo para que a Justiça Eleitoral não me tire do ar) e tentar conquistar o seu voto. E atrevo-me a dar uns conselhos sobre como votar hoje. É uma espécie de decálogo.

Vote contra o provincianismo. E esclareço que ser provinciano não é viver na província. Não é um mal geográfico, mas mental. Tem político que vive no neolítico e faz do provincianismo um estilo de vida. É uma doença contagiosa que relega as cidades e as pessoas ao atraso.

O tempo dos currais eleitorais já passou. Diga não ao caciquismo político e não se deixe tratar como boiada. O voto de cabresto - que usa o poder econômico e a máquina pública - é antidemocrático, uma coisa que deve ser banida das democracias pela força das urnas.

Veja se o seu candidato está ligado aos tradicionais círculos de poder. Rejeite as oligarquias que historicamente estiveram no comando dos destinos da sua cidade. Essa gente faz muito pouco pelos interesses da população e quer mesmo é mamar nas tetas do poder público.

Tome cuidado com os "coroné" dos tempos modernos. Hoje em dia, os caras até vestem terno e gravata para disfarçar as suas reais origens. Muda a roupa, mas permanece o autoritarismo e a lógica do "quero, posso e mando". E, claro, a prática de arranjar umas boquinhas para os cabos eleitorais.

O hábito do cachimbo faz a boca torta. O sistema de governo que hoje domina grande número de administrações municipais pode ser chamado de "cleptocracia". Evite votar em quem governa para os amigalhaços e para os interesses próprios.

Vote contra a falta de cultura, talento e imaginação. Governar é enxergar um palmo adiante do nariz, mas quase nenhum político do círculo do poder consegue chegar lá. É uma mediocridade que dá pena. Ah... e não confunda inteligência com esperteza.

Desconfie de políticos que estão sempre nas boas graças da comunicação social. Se ninguém o trata de forma crítica, provavelmente ele é um daqueles que usam as verbas de publicidade como arma de arremesso.

Desconfie se a sua cidade virou um canteiro de obras em tempo de eleições. É algum prefeito querendo se reeleger ou eleger o seu candidato e tem que mostrar trabalho.

Tente saber da história do cara. Evite votar em quem sempre viveu da política. Em especial os que sempre foram da situação, onde é mais fácil arranjar uma sinecura. Porque esses caras nunca tiveram que dar duro no trabalho - como todos nós - e não vai ser agora que eles vão começar a trabalhar.

Pense bem se vai querer votar em candidatos de partidos ligados à ditadura (não faz assim tanto tempo). Porque eles certamente desprezam os eleitores.

É como diz o velho deitado: "O chato das eleições é que sempre ganha um político".

3 de outubro de 2008

DOMINGO É DIA DE VOTAR

A campanha política deste primeiro turno das eleições municipais termina nesta semana e chega o momento de celebrar a democracia com o nosso voto. Ao longo dos últimos meses ouvimos muitas propostas e promessas dos candidatos para prefeito e vereador. Há muito Joinville não tinha a oportunidade de vivenciar uma campanha política com muitos favoritos, tão aberta e democrática.
Embora ainda tenhamos algumas tentativas de tutelar a consciência do eleitor, homens e mulheres de todas as idades e condições sociais podem expressar livremente os seus desejos de mudanças através do voto. Mesmo que as propostas formuladas pelos candidatos ainda não tenham ficado totalmente compreensíveis, foi possível identificar o espírito de cada um para com os verdadeiros problemas que nos cercam ou preocupam.
Educação, saúde, mobilidade urbana, cultura, economia, agricultura, meio ambiente e gestão pública estiveram no centro das grandes discussões da campanha. Infelizmente, o debate de temas tão abrangentes e importantes só nos é permitido durante a campanha política levando-nos a sonhar e ter ambições para com o futuro da nossa cidade muitas vezes sem a necessária profundidade de análise.
Se iremos ser os avalistas dos próximos eleitos, dentro das nossas expectativas, é preciso avaliar qual será o candidato que, de forma mais sincera e clara soube ter a visão dos problemas da cidade e, sobretudo, transmitir-nos confiança quanto à capacidade de torná-las realidade. Precisamos entender que numa campanha política muitas são as promessas dentre as quais estão aquelas que serão possíveis, desejáveis e necessárias, mas também nos são apresentadas propostas e promessas fáceis, ilusórias e até mentirosas que tem um único objetivo de distrair o eleitor como se tudo fosse possível ser resolvido num passe de mágica.
Precisamos ser ambiciosos nas busca das soluções para os nossos problemas, é verdade, mas esta ambição ou sonho não significa que devemos acreditar em tudo que nos dizem ou prometem. Coerência de idéias, transparências, diálogo, acessibilidade e um currículo de vida que demonstre boa conduta social e financeira é parte imprescindível da avaliação para a escolha. A idéia de democracia passa hoje muito além das eleições ou da alternância de poder, ela necessita ser um código moral que terá como aval o nosso voto. É preciso analisar cada candidato com muito critério, evitando arrependimentos futuros.
Penso que há muitas razões para que tenhamos esperança em superar as dificuldades que nossa cidade enfrenta embora queiram nos fazer acreditar que elas não existam. A verdade é que estas eleições podem mostrar que a nossa sociedade tem a necessária maturidade e consciência dos seus deveres e direitos. Por isto, precisamos nos certificar de que o candidato que iremos escolher venha a exercer o poder não para criar um feudo ou abrigar, a custa do dinheiro público, seus apadrinhados, ou ainda usar o seu cargo como trampolim político das ambições pessoais, como já vimos no passado. O Prefeito é o Servidor Público Número Um e deverá exercer seu mandato a serviço do cidadão. Neste sentido devemos saber escolher aquele candidato que tenha ou compreenda o valor do diálogo, que exerça o poder congregando as vontades da sociedade de forma permanente para construir uma Joinville verdadeiramente democrática.
Precisamos saber escolher aquele candidato que ofereça maior transparência, pois hoje, mais do que nunca, este princípio é inerente ao exercício do poder. É preciso destacar também que o voto para vereador não tem segundo turno e será decidido no primeiro turno. A composição da Câmara de Vereadores é fundamental para que nossa cidade venha a ser mais digna e humana. Precisamos de vereadores comprometidos com valores éticos e morais, que tenham a honestidade como princípio de conduta e que apresentem propostas e independência.
Através do nosso voto, iremos nos congratular com a democracia que nos traz a esperança, a confiança em nós próprios, pois esta é a primeira condição do nosso sucesso coletivo. A eleição é, em si, a expressão do pensamento e da atitude coletiva. Neste domingo é dia de votar, de expressar pelo voto a nossa vontade em relação ao futuro de Joinville e de exercer aquilo que é um direito e um dever de cidadania. Não vamos perder esta oportunidade.


Sérgio Guilherme Gollnick
Arquiteto e Urbanista

Plano Diretor 2


Dando sequência a serie de posts, com o titulo Plano Diretor, presentamos uma imagem da rua Ibirama, a falta de sinalização tanto vertical, como horizontal, estimula a situação caótica do transito. Os veículos em desacordo com o código Brasileiro de Transito e principalmente omissão e descaso das autoridades publicas, geram o quadro que esta aqui presente.

Como uma imagem vale mais que mil palavras. Nada melhor que mostrar em imagens a nossa realidade. As palavras colocadas na lei do Plano Diretor,

“são questões estratégicas”


...., constituem-se diretrizes para”

...., “a efetividade das ações deverá”......


Todas de ordem impositivo, Altíssonantes e que querem transmitir uma força e uma segurança que estão longe de ser seguidas. Devemos entender que a Mobilidade urbana, seja uma questão estratégica, só no papel.

Não é o acaso que ocasionou este quadro que esta aqui. Parece que poder publico chegou a um impasse em que não consegue mais converter o emaranhado legal em acões concretas para a sociedade.
A politica de mobilidade urbana, parece definida por duas linhas estratégicas, "Deus nos acuda" e "Salve-se quem quiser"

Como a leitura da legislação é enfadonha e na maioria dos casos não é feita para que o eleitor médio possa compreender facilmente, com a inestimável colaboração do Arquiteto Arno Kumlehn, estamos colocando neste blog algumas imagens que possam servir ao eleitor médio, gente como você e como eu, para compreender melhor, O que é e especialmente o que deveria ser.

Permitindo que ao visualizar, um maior numero de pessoas conheçam e possam desta forma contribuir ao desenvolvimento e a prosperidade desta cidade tão querida.

2 de outubro de 2008

Promessômetro

Do blog do Orlandeli, quem será que acredita em tanta promessa de campanha?

Projeto (Fazendo) Arte na Calçada VIII

A sensibilidade do fotografo, conseguiu plasmar a beleza da dureza desta intervenção cultural.
A utilização de materiais tão diversos, como o toco de árvore autentico, com um corte limpo, num trabalho manual precioso, consegue compor com o material plástico, industrializado. A composição destaca de denuncia e destruição sistemática do nosso meio ambiente, pelo avanço descontrolado da industrialização irresponsável.
O autor lança um alento de esperança, ao escolher utilizar o lixo, cuidadosamente fechado, quase que ninando a árvore morta.
A calçada descuidada e trincada, completa o trabalho.
A fotografia de Arno Kumhlen é da Rua Aquidaban.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos públicos )

Parece que foi ontem...


...mas é hoje que o blog cumpre seu primeiro aniversario. Uma criança que já produziu, graças principalmente a contribuição dos seus leitores fieis, Com quase 500 posts produzidos neste tempo, mais de 1 por dia.
O seu apoio, os seus comentários e as suas opiniões ao longo destes 365 dias, tem ajudado a fazer este blog. Hoje, já recebemos mais de 15.000 visitas.
Tudo isto só nos obriga a fazer mais por vocês, a tecer comentários mais atuais, opiniões mais estruturadas e principalmente servir de espaço aberto para o debate e a troca de ideias.
Obrigado.
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