Índice de Democratização da Cidade*
A
democratização da cidade não é discurso acadêmico, de ideário politico
exclusivo ou forma de julgo preconceituoso de minorias. Democratizar é verbo, e
como todos os verbos afirmam existência de ação. Democratizar significa tornar
algo acessível a todas as classes.
É também prática de boas políticas urbanas em suprir escassez de
serviços públicos em áreas carentes, como saneamento ou abastecimento de água,
no custo e qualidade do transporte publico e mobilidade, na ausente segurança
publica, na educação e saúde qualificada, no controle e diminuição de resíduos
poluidores, na promoção cultural, na conservação de espaços e edifícios
públicos, em eliminar áreas de risco, na garantia e preservação de áreas de
recursos hídricos e naturais e mais muitos requisitos.
A cidade justa, acessível e democrática se obriga no equilíbrio das
diferenças sociais, econômicas e ambientais de todo território e passam pela
pontual inacessibilidade dos passeios, perdas temporais no trânsito, vazamentos
ou ligações clandestinas nas redes de infraestrutura, buracos sistêmicos nas
ruas ou manutenção precária dos espaços, ditas como deseconomias urbanas e se
aprofundam nas garantias e distribuição para todos da cidade da qualidade de
vida sustentável.
As
avaliações quantitativas do PIB (Produto Interno Bruto) são meramente
econômicas, e poderiam ser implementadas pelo Índice de Democratização da
Cidade (IDC proposta por Sérgio Magalhães), para quem sabe monitorar ente
outras a redução das assimetrias na prestação dos serviços e recursos à
sociedade e no que isso possa representar em termos de oportunidades atuais e
futuras. Democratizar a cidade é torná-la menos desigual e representa trabalhar
em toda área de sua influência para que seja suprida em suas necessidades de
ambiência, independente de identidades ou interesses.
Não
faltam siglas, a teoria do Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS)
propõe ações desenvolvidas em comunidade que possam operar impacto considerável
na mudança da vida das pessoas na cidade, mesmo que seja realizada por uma
pequena parcela de pessoas. Falta sim exercer ou praticar ações propostas pelos
verbos colocados nos discursos.
Arno
Kumlehn
Arquiteto
e Urbanista
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