17 de janeiro de 2012

Índice de Democratização da Cidade*


Índice de Democratização da Cidade*

A democratização da cidade não é discurso acadêmico, de ideário politico exclusivo ou forma de julgo preconceituoso de minorias. Democratizar é verbo, e como todos os verbos afirmam existência de ação. Democratizar significa tornar algo acessível a todas as classes.

É também prática de boas políticas urbanas em suprir escassez de serviços públicos em áreas carentes, como saneamento ou abastecimento de água, no custo e qualidade do transporte publico e mobilidade, na ausente segurança publica, na educação e saúde qualificada, no controle e diminuição de resíduos poluidores, na promoção cultural, na conservação de espaços e edifícios públicos, em eliminar áreas de risco, na garantia e preservação de áreas de recursos hídricos e naturais e mais muitos requisitos.

A cidade justa, acessível e democrática se obriga no equilíbrio das diferenças sociais, econômicas e ambientais de todo território e passam pela pontual inacessibilidade dos passeios, perdas temporais no trânsito, vazamentos ou ligações clandestinas nas redes de infraestrutura, buracos sistêmicos nas ruas ou manutenção precária dos espaços, ditas como deseconomias urbanas e se aprofundam nas garantias e distribuição para todos da cidade da qualidade de vida sustentável.

As avaliações quantitativas do PIB (Produto Interno Bruto) são meramente econômicas, e poderiam ser implementadas pelo Índice de Democratização da Cidade (IDC proposta por Sérgio Magalhães), para quem sabe monitorar ente outras a redução das assimetrias na prestação dos serviços e recursos à sociedade e no que isso possa representar em termos de oportunidades atuais e futuras. Democratizar a cidade é torná-la menos desigual e representa trabalhar em toda área de sua influência para que seja suprida em suas necessidades de ambiência, independente de identidades ou interesses.

Não faltam siglas, a teoria do Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS) propõe ações desenvolvidas em comunidade que possam operar impacto considerável na mudança da vida das pessoas na cidade, mesmo que seja realizada por uma pequena parcela de pessoas. Falta sim exercer ou praticar ações propostas pelos verbos colocados nos discursos.

Arno Kumlehn
Arquiteto e Urbanista

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...