Se a prefeitura conseguir arrumar a desordem, em que anos de descaso
converteram o mercado municipal, se anotará um bom tanto. O caso do mercado é
exemplar, tem gente ocupando os espaços desde faz mais de 30 anos, sem pagar
pela ocupação de um espaço público, como aqueles parentes que pedem para ficar
uns dias e acabam ficando na casa de praia durante toda a temporada, alem de
não tomar a iniciativa de contribuir com as despesas, ainda puxam alguns
parentes longínquos, que alem de usufruir da casa, reclamam que o ar
condicionado não esfria que chega e que seria bom comprar um aparelho novo.
Alguns são tão folgados que, depois de esgotado o estoque de cervejas, ainda pedem
para comprar outra marca, porque a que você tinha comprado na promoção não era
a da sua preferência.
Os valores propostos na licitação não parecem estar fora dos valores de
mercado, se calculados pelos 120 meses previstos, representam um aluguel de R$
3.000 para o Box de maior tamanho e de pouco mais de R$ 230 para o de menor
trabalho. Chama a atenção a necessidade de ter que pagar 50% do valor
imediatamente e o resto em 36 parcelas. A Promotur esta querendo que os permissionários
paguem por adiantado. Os atuais ocupantes devem lembrar que o proprietário do imóvel
não tem recursos para fazer a reforma e que não seria estranho que o imóvel pudesse
vir a ser interditado pela vigilância sanitária, ou que como tem acontecido com
outros prédios públicos o telhado possa vir a desabar sobre as suas cabeças e
as dos clientes.
Dois pontos chamam a atenção o primeiro é que tenha gente ocupando o
espaço publico durante mais de 30 anos, sem custo e ainda tenham a ousadia de
se achar em algum direito, o pior é que em ano político não deve estranhar que
o tema de novo seja tratado politicamente, inclusive alguns com maior experiência,
situam o espaço para o debate na sede do legislativo municipal. O segundo é que
a prefeitura insista em fazer licitações por 10 anos, renováveis por mais 10. O
bom senso diz que as licitações não deveriam prever a renovação, porque o
calculo por parte do empreendedor será calculado sobre os primeiros 10 anos, os
únicos garantidos no contrato. As renovações, como as reeleições, permitem e
até estimulam negociações que muitas vezes envergonham a quem as conduz.
Merece aplauso a iniciativa de por ordem no imbróglio do mercado
municipal, se o resultado final for o de por ordem numa situação que vem se
alastrando por décadas, o esforço terá valido a pena. Está difícil pressagiar o
resultado, o ideal seria propor uma licitação por 10 anos e com valores fixos mensais.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Pra quem tem um CAMELODRAMO MUNICIPAL ,aonde só são revendidos produtos legalizados, mas que em toda fiscalização da RF são lacrados novamente, ter um Mercado Municipal com ocupação sem licitação é o que podemos chamar de 'equiparação'
ResponderExcluirBrilhante a comparação, fico sembre embasbacado quando vejo a forma como os espaços publicos são administrados.
ResponderExcluirA conclusão logica é que são administrados mesmo como se fossem de outro.
Por isto o resultado que vemos