1 de agosto de 2010

O tempo e a razão (*)

O tempo e a razão


Algumas pessoas desenvolvem uma especial capacidade para escorregar em cascas de banana. Chegam a desenvolver uma técnica tão apurada, que quando não tem cascas com as que escorregar eles mesmos jogam algumas, para não ficar fora de forma.


O debate sobre o Macrozoneamento, tem tudo para parecer a Comedia dos Erros de William Shakespeare, a divertida comedia de final feliz, conta a sucessão de erros e trapalhadas levam os seus protagonistas e uma sucessão de divertidas confusões. O projeto originalmente encaminhado pelo executivo ao legislativo, sem ser debatido pelas Câmaras Técnicas, nem pelo Conselho da Cidade, agora o tempo mostrou o quanto teria sido conveniente que este debate tivesse sido feito corretamente, sem pressa, nem o açodamento que tem se mostrado desnessarios.


O debate realizado na Câmara de Vereadores promoveu uma Audiência Publica, que por unanimidade aprovou a retirada das ARTs, por considerar que representavam um aumento do perímetro urbano e uma seria ameaça as áreas rurais remanescentes, no cinturão verde de Joinville. Agora depois de aparecer uma nova proposta, abertamente apoiada pela ACIJ e Ajorpeme, os vereadores se encontraram na situação de votar o substitutivo do substitutivo, uma situação esdrúxula, em que o que se pretenderia votar, tinha perdido quase que completamente as linhas originais do projeto inicialmente encaminhado.


A situação atual obriga, que o projeto atual, seja devolvido ao executivo, que deverá ser novamente escrito e encaminhado de volta ao legislativo, reconhecendo o desejo da população expressado na Audiência Publica. Este processo permite que agora sim o projeto seja encaminhado ao Conselho da Cidade e seja analisado amplamente nas Câmaras Técnicas correspondentes. Finalmente uma sucessão de erros e trapalhadas permite que o processo e o debate do macrozoneamento voltem ao seu caminho normal. Abrindo o debate de forma mais transparente e permitindo que os interesses pessoais, que tem aflorado em vários momentos com maior intensidade, se façam mais claros, e sejam mais facilmente identificados.


Sem cascas de banana, no caminho e sem equilibristas, afirmando hoje o que negarão amanha.

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