12 de agosto de 2010

Os Anões e o Circo


Os Anões e o circo


Inicialmente esclarecer que os anões aqui citados, não fazem referencia a nenhum grupo especifico de pessoas de baixa estatura, ou desavantajadas verticalmente, se trata só de uma figura de linguagem.


É comum acreditar que se o governo, quaisquer governo, o nosso daqui ou outro que se situe mais longe, comprasse um circo, no dia seguinte os anões começariam a crescer, a mulher barbuda perderia a barba ou os palhaços esqueceriam das piadas e truques. Pode parecer exagero. Mas a cada dia, os fatos provam que a historia ganha força entre as pessoas mais ou menos esclarecidas, até se converter numa verdade.


Alguns exemplos locais ajudam a reforçar este mito. Quando iniciou em Joinville um programa modelo de educação para o transito, que se chamava Aluno Guia, que tinha como objetivo alem de formar cidadãos melhores para o futuro, melhorar a segurança na frente das escolas e reduzir a demanda por policiais militares, na época, hoje guardas municipais, na frente das escolas nos horários de entrada e saída das crianças. A idéia era brilhante mesmo não sendo original, o modelo existe em muitos países, alguns próximos como o Paraguai, de onde foi importada a feliz idéia. Aqui alguém, temendo perder o emprego, determinou que o Aluno Guia só pudesse funcionar com a presença de um agente de transito. Desta forma o modelo vencedor morreu na casca. Não foi possível de implantar em todas as escolas, não reduziu a presença dos agentes e acabou restrito a poucas escolas e mobilizando ainda mais agentes. O que convenhamos é uma pena.


Imaginar que seja preciso um mestrado em segurança de transito, cursos de defesa pessoal, conhecimento profundo do Código Brasileiro de Transito e outras quireras mais, para que os veículos parem na frente de uma escola, com faixa de pedestres, para que as crianças possam atravessar em segurança é querer complicar as coisas simples. Complicar é uma atividade em que Joinville em particular e o Brasil de uma forma geral, é campeão mundial disparado.


Por isto ninguém deve se surpreender se numa blitz da Conurb o numero de agentes chega perto de uma dúzia, para fazer o que poderia ser feito e bem feito por 2 ou 3 agentes. Temos que lembrar que o nosso Aluno Guia foi uma escola de como duplicar esforços e reduzir a eficiência, e nisto ninguém é melhor que nós.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville

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