31 de dezembro de 2010
30 de dezembro de 2010
Ciclovia na Visconde de Taunay
A imagem publicada no A Noticia mostra o pouco acertado da solução implantada pela Conurb. Os blocos de concreto oferecem pouca segurança para os ciclistas e dificultam a visibilidade dos tachões refletivos.
Soluções menos seguras tem sido priorizadas frente a soluções mais seguras. A extranha lógica dos planejadores municipais, faz que o transito em Joinville continue sendo inseguro e que a bicicleta não consiga se firmar como uma alternativa viável e segura. Insistir em manter no mesmo nível dois modais diferentes, como carros e bicicletas, só serve para aumentar o numero de acidentes com feridos graves e até mortes.
O tamanho das incertezas
O tamanho das incertezas
Resumo da entrevista com o presidente do IPPUJ ao jornalista Claudio Loetz no jornal A Noticia
Para quem não teve a paciência de ler nem a entrevista na sua totalidade, nem os comentários deste blog, um breve resumo, coisa de poucas linhas, fácil de entender porque a entrevista mostra maior incerteza que a que o presidente gostaria de reconhecer.
Se por um lado reconhece a Cidade Plural, pelo outro insiste num futuro feito de prédios para todos. Aonde ficou o pluralismo?
A sua visão simplista faz que vislumbre unicamente uma Joinville dividida entre ambientalistas e empreendedores, ignorando todos os demais componentes da sociedade.
Finalmente confunde a sociedade com a cidade. A sociedade ( não a cidade) é multifacetada, a cidade é apenas a a base (o território) da sociedade.
É difícil acreditar que alguém que confunde e mistura conceitos tão elementares possa ter tanta certeza, como afirma, do que esta fazendo.
Comentando a entrevista do presidente do IPPUJ (e 4)
A afirmação do presidente do IPPUJ, “Temos muita certeza do que estamos fazendo em planejamento urbano.” Pode ser respondida com outra frase, esta de Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara (hoje Rio de Janeiro), no seu livro “Poder das Idéias”. “No serviço público, quem tem a caneta tem sempre a certeza de estar certo” O que não quer dizer que esteja.
29 de dezembro de 2010
Excesso de Currículo (*)
Excesso de Currículo
Recentemente um jornal publicou a entrevista com um destacado membro do governo municipal. Boa parte do espaço estava dedicado ao detalhado currículo do entrevistado. Impressionante. Sem duvida ninguém poderia questionar um currículo como aquele. Na nossa sociedade nos encontramos mais e mais com casos como aquele, um caso de excesso de currículo.
As nossas universidades estão cada vez mais lotadas de profissionais que sofrem de excesso de currículo, mestres, doutores, pós-doutores e outros títulos de importância e destaque semelhante que precedem o nome do individuo e que servem para esconder uma realidade diferente da que poderíamos imaginar. Sob estes currículos formidáveis se escondem, também, biografias menos brilhantes, gente que nunca elaborou um projeto, construiu uma obra, nem produziu nada de concreto. Que nunca conseguiria sobreviver no mundo real e vive isolada no seu mundo teórico, irreal e fantasioso.
Profissionais que dificilmente conseguiriam emprego no duro mundo da iniciativa privada sobrevivem e florescem exclusivamente no mundo acadêmico, ministrando aulas em que falam com propriedade e mostrando uma firmeza e conhecimento que poucas vezes encontra paralelo no mundo exterior. Aquele formado por orçamentos, concorrentes, clientes e pela realidade do mercado. Estes profissionais de laboratório, não são perigosos quando circunscritos ao âmbito fechado e protegido de universidades e centros de pesquisa. Mas podem ser letais para a sociedade quando confrontados com a realidade e com os interesses do mercado e os desejos da sociedade para os que não foram preparados.
Nestes casos a prepotência, dos que acreditam ser superiores aos demais mortais, os leva a ignorar e desprezar a sabedoria popular e as opiniões e comentários dos leigos que formam a sociedade. A mesma prepotência que os impede, não só de escutar, mas principalmente de aprender. A dificuldade em aprender aquilo que acreditamos que já sabemos faz destes mestres e doutores, verdadeiros buracos negros de conhecimento, que sugam toda a energia positiva em volta deles, na sua ânsia irrefreável de brilhar mais que o seu entorno e os converte em toscos pedaços de carvão opaco, prejudiciais para a sociedade que os mantêm e os tem conduzido a este excesso de currículo que os faz inúteis e perigosos.
São Lula
A maior prova que ninguém supera a capacidade do presidente Lula de falar bobagens:
"Nem dom Pedro, que era imperador, filho de rei, conseguiu fazer (a transposição das águas do São Francisco) Precisou vir o Lulinha, filho do seu Aristides, um cara de Garanhuns, filho de dona Lindu, casado com dona Marisa."
Antenas de Celular
Faz uns dez anos que numa viagem na África do Sul, algumas palmeiras isoladas chamavam a atenção, pelo seu formato e principalmente pela sua localização, pareciam pouco com as espécies conhecidas.
Agora numa viagem recente ao Senegal, foi possível identificar a espécie, são exemplares de Palma celularis, na realidade se trata de antenas de telefone celular, que para chamar menos a atenção e proporcionar uma paisagem urbana menos agressiva tem a forma de palmeiras.
A idéia que poderia perfeitamente ser adotada pelas nossas operadoras de telefone celular, ajudaria a melhorar a paisagem urbana, retirando entre outras agressões visuais as antenas. O problema é que parece que no Brasil, o nível de abandono, feiúra e poluição visual é tão elevado que a nossa sensibilidade já esta adormecida e ficamos insensíveis a sujeira, abandono e descaso.
28 de dezembro de 2010
Caderno de viagem
Cartagena de Índias é um dos mais belos destinos turísticos da Colômbia. Banhada pelo Mar Caribe, consegue ao mesmo tempo reunir historia, tradição, gastronomia e alegria.
Nada mais gostoso que escutar salsa donde Fidel, no finalzinho da tarde, no centro histórico, depois fazer um passeio, curtindo o pôr do sol, sobre as muralhas e acabar o dia jantando ao ar livre num dos bons restaurantes da cidade.
Comentando a entrevista do presidente do IPPUJ (3)
Comentários sobre a entrevista do presidente do IPPUJ ao jornalista Claudio Loetz do jornal A Noticia. Continuação.
“Dizer que a verticalização é um problema é um mito. Pomerode (no Vale do Itajaí) definiu que os imóveis só podem ter seis pavimentos. Verticalizar não significa, necessariamente, adensar. Joinville tem processo de espalhamento espacial das moradias. Isso acontece por força da exclusão socioeconômica em função do modelo de desenvolvimento econômico adotado. Forjou-se um município de forte concentração, com predomínio de poucas famílias donas de imóveis e baixos salários. A população foi ocupando áreas das periferias, mais baratas. A classe média e a classe A ficaram na região central e proximidades. Isso desaguou num vazio não ocupado entre as duas partes.”
O problema das pessoas que como o presidente do IPPUJ confundem ideologia com desenvolvimento e que dedicam tempo e esforço a justificar o modelo de desenvolvimento de Joinville como resultado de modelos políticos ideológicos, os seus comentários destilam recalque e ressentimento e não permitem que veja e encare a cidade com a isenção que os cargos que ocupa no governo municipal exigem.
Ignora que o modelo de desenvolvimento urbano adotado em Joinville é o resultado da incapacidade do município de executar as obras de infrestrutura necessárias para promover o desenvolvimento e ter transferido a responsabilidade do planejamento urbano a loteadores e empreendedores privados. Alias este modelo existe desde os primórdios da existência da Colônia Dona Francisca, já que o modelo de ocupação urbana de Joinville é o resultado dos projetos elaborados pela Companhia Colonizadora de Hamburgo. A criação do município de Joinville é posterior a criação da Colônia e este modelo marca de forma indelével o perfil da cidade moderna.
A ocupação das áreas de periferia foi na quase totalidade dos casos feita a traves de loteamentos aprovados pelo poder publico e com a compra dos lotes por parte dos moradores recém chegados a cidade. Não houve praticamente invasões ou ocupações irregulares destes espaços.
As ações da atual administração por desvalorizar o centro, promovendo a implantação de conjuntos habitacionais de baixa renda e de descaracterizar as poucas áreas residenciais unifamiliares remanescentes, parecem mais o resultado de um desejo pessoal do próprio presidente do IPPUJ que o resultado de um planejamento urbano cuidadoso e criterioso.
Insistir em defender um discurso ultrapassado, que teima em citar “o modelo de exclusão socioeconômica em função do modelo de desenvolvimento econômico adotado” como o culpado pelos problemas atuais e ignorar a historia da cidade e do seu desenvolvimento.
27 de dezembro de 2010
Confirmado o novo ministerio
Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa, o que não era novidade na Marinha Mercante britânica, mas o navio fedia.
O Capitão chama o Imediato:
- Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!
- Aye, Aye, Sir!
Reune os seus homens e diz:
- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa. David troque a camisa com John,
John troque a sua com Peter,
Peter troque a sua com Alfred,
Alfred troque a sua com Jonathan... E assim prosseguiu
Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz:
Sir, todos ja trocaram de roupa.
O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.
É ISSO QUE VAI ACONTECER NO BRASIL NO PRÓXIMO GOVERNO...
Comentando a entrevista do presidente do IPPUJ (2)
Continuando com a analise da entrevista concedida pelo presidente do IPPUJ ao colunista Claudio Loetz do jornal A Noticia.
O presidente do IPPUJ tem dificuldade em entender elementos básicos na composição dos preços. A velha e conhecida lei do mercado e as leis de oferta e procura, não parecem ser do seu conhecimento.
A afirmação: “Como o valor do m² de loteamentos habitacionais é definido pelos donos das áreas, e se tornaram muito caros, muita gente está migrando para Araquari.” Considera, erroneamente que os preços dos lotes são fixados pelos proprietários de forma discricionária, o que leva as pessoas a mudar para outros municípios. Na verdade são as exigências maiores que Joinville faz aos loteadores o maior motivo dos preços praticados na nossa cidade. Municípios que exigem menos investimentos dos loteadores podem oferecer lotes a preços menores, ao mesmo tempo que socializam o custo entre todos os munícipes.
A visão ideológica ultrapassada que busca culpar aos loteadores pelo valor dos lotes e pela sua cobiça e ganância, ignora também que são os legisladores e planejadores municipais os que ao alterar discricionalmente e arbitrariamente o zoneamento de áreas rurais e urbanas, distorce os valores e enriquece instantaneamente a uns em prejuízo de outros.
Comentando a entrevista do Presidente do IPPUJ (1)
A densidade da entrevista concedida ao jornalista Claudio Loetz, pelo presidente do IPPUJ, aconselha que o tema seja tomado com parcimônia. A quantidade de afirmações proferidas e o caminho que propõe para Joinville, exigem uma analise cuidadosa.
Existe uma diferença sensível entre a realidade de Blumenau e a de Joinville, que o presidente de Joinville ainda não tem percebido, os muitos anos longe de Joinville, morando as margens do rio Itajaí, podem telo feito esquecer que a topografia das duas cidades é diferente, que o tamanho é diferente e que principalmente os prédios e a verticalização que em Blumenau fazem a diferença entre sofrer ou não com as enchentes. Não tem em Joinville os mesmos defensores como ele mesmo reconhece.
A sua cruzada pessoal em prol da verticalização, tem cada dia mais a imagem de uma luta quixotesca para defender um modelo que não forma parte do modelo de desenvolvimento urbano de Joinville. A frase “Os nossos filhos terão outra compreensão do espaço urbano. E vão naturalmente morar em prédios. Diferente da concepção de muitos da nossa geração, que preferem casa.” Parece mais própria da Mãe Dinah que do presidente do Instituto de Planejamento de Joinville e do Conselho da Cidade e reconhece que a pesar de que a maioria da população de Joinville preferir morar em casas, o modelo que ele defende e se empenha em promover é o da verticalização em forte desencontro aos desejos da população.
26 de dezembro de 2010
Em Brasilia...
Mercado Livre
Na sua ultima coluna do ano, o jornalista Claudio Loetz nos oferece um presente, a entrevista com o Arquiteto e Advogado Luiz Alberto de Sousa, presidente do IPPUJ a entrevista na integra no link Livre Mercado, os comentários do blog nos próximos posts.
25 de dezembro de 2010
Para pensar acordado
Grilo Falante
Este blog lançou uma pesquisa ou uma enquete, para saber a quantas anda a aprovação da gestão do Prefeito Carlito Merss. O levantamento mostrou que a absoluta maioria dos entrevistados, exatos 72 % (59 % péssimo + 13 % ruim) consideram que a gestão municipal esta muito longe do ideal previsto. O prefeito Carlito mantém porem uma minoria fiel de 19 % que inabalável ao desalento consideram a sua gestão ou Excelente ou boa (13 % excelente + 6 % boa)
Evidentemente que estes números, que não por casualidade são quase idênticos aos divulgados faz algum tempo por um instituto de pesquisas de opinião, não devem deixar satisfeito nem ao prefeito, nem a sua equipe, merecem uma profunda reflexão e em outras latitudes já teriam merecido alguns ajustes e mudanças de rumo, o que por aqui parece pouco provável.
O blog solicitou ao sociólogo Charles Henrique Vôos, que comentasse os resultados da pesquisa, o resultado é o texto que com o titulo “Grilo Falante”, permite identificar inclusive em que setores da administração publica se concentram os grilos mores. Aproveitem o texto.
Um grilo falante
Passados 2 anos de seu governo, Carlito Merss encontra-se na berlinda. A população e seus companheiros de coalizão estão esperando por mudanças, e o atendimento de todos aqueles anseios demonstrados na campanha, ainda em 2008.
O governo petista, até agora, foi um grilo falante. Para tudo há uma desculpa, um discurso de melhora, ou de futurologia: “Isso é herança da gestão anterior”, “Está em fase de estudos”, “Vamos a Brasília conversar com o Ministro tal” são frases frequentemente observadas quando funcionários do governo vão até a imprensa relatar algo. Eu posso dizer com propriedade isto tudo, pois fiquei 18 meses como funcionário comissionado, e conheci a realidade (participei ativamente em dois projetos: a “Pesquisa Origem Destino” base para toda licitação prevista para 2011...2012...2013...2014...talvez 2050, quando estive no IPPUJ; e o “Primeira Exportação” quando estive no Des. Econômico). É triste saber que poderia ter feito mais, só que os egos acirrados, e as falas dos filhos do grilo me desanimavam. Pedi para sair. Mas isto relatarei melhor em outra oportunidade.
O ano de 2009 começou com a perda da Presidência da Câmara de Vereadores e com problemas nas finanças. Coletivas foram convocadas para denunciar abusos do governo Tebaldi, e para alertar falhas no sistema montado ainda no mandato do tucano. O grilo falante entrou em ação pela primeira vez.
A segunda aparição do grilo foi no fatídico – e histórico – episódio da limpeza dos rios. Acusaram negligência dos gestores anteriores, e muitas outras coisas. O que de fato foi feito? Pouca coisa, pois as chuvas vieram, e continuaram afetando regiões da cidade.
Depois disso, o grilo comunicou que seria feito um teatro, uma revitalização do centro, a manutenção do Conselho da Cidade, a criação de um Plano Setorial de Mobilidade, a troca do sistema de informática, milhares de casas do “Minha Casa, Minha Vida”, um ginásio de esportes, municipalizar o SINE, resolver a saúde em 100 dias, acabar com o turno intermediário, resolver o problema do trânsito em todas as regiões da cidade, e tantos outros discursos, nos quais a voz do grilo ecoava.
O grilo foi acuado com o passar dos meses, pois a população viu que falar, falar, falar (mesmo que de forma sábia e coerente, características de um bom grilo falante) não dava mais certo, o tempo havia acabado. As mudanças deveriam ser imediatas. Nem o plano de ação no aeroporto (que aumentou o número de voos e empresas operando, bem como a poda de árvores nas cabeceiras da pista), a inauguração de um semáforo (hã?) a abertura da Hermann Lepper para passeios ao domingos, a construção da Casamata, inauguração de CEIS e Escolas deixadas pelos antecessores para “cortar a fita”, aumentos de tarifas (ônibus, água), o fim da TLL, um projeto para exportação de pequenas empresas, a regulamentação do “Empreendedor Individual”, poucos quilômetros de ruas asfaltadas e recapeadas, o medo de enviar projetos para a Câmara, as CPI’s abertas para investigar possíveis irregularidades, e a falta de verbas para quase tudo não foram suficientes, visando a aprovação popular.
Seguidas pesquisas de Institutos, e enquetes em blogs especializados em opiniões demonstram isto(a avaliação está baixíssima). A paciência acabou e parece que o grilo está sem voz. Está parando de falar, e tentando agir, mesmo que, para garantir isso, tenha que se aliar com o Vereador Odir (DEM), o maior rival no legislativo, para ter facilidades ao enviar projetos. E agora, o grilo não vai falar nada? Creio que o grilo aprendeu que se deve agir. Joinville está precisando!
24 de dezembro de 2010
Interlocutor privilegiado
O jornalista Claudio Loetz informou na sua coluna "Livre Mercado" do dia 23 sobre a agenda reservada do presidente do IPPUJ:
PARANAENSES
Empreendedores de Londrina (PR) prospectam áreas para construir condomínios em Joinville. O grupo tinha agenda reservada com o presidente do Ippuj, Luiz Alberto de Souza, nesta semana. Assunto será desdobrado no próximo ano. Para a iniciativa empresarial se viabilizar, é preciso mudar o zoneamento na área rural de Joinville.
Dificilmente alguém que possa estar interessado em avançar sobre as áreas rurais de Joinville, ou com firmes desejos de conseguir mudanças no zoneamento de Joinville, poderia encontrar um ouvinte mais interessado e sensibilizado.
Os apelos para que a cidade avance ainda mais sobre suas áreas rurais e aumente ainda mais a densidade de espaços que já enfrentam hoje sérios problemas de transito, tem recebido no atual presidente do IPPUJ uma atenção e uma dedicação total.
21 de dezembro de 2010
Para pensar acordado
quando são corruptos, as leis são inúteis."
20 de dezembro de 2010
Polyanna
Sem problema
O presidente do Ippuj, Luiz Alberto Souza, não vê problema no projeto do estudo de impacto de vizinhança enviado à Câmara. O EIV não foi votado, entre outros motivos, porque os empreendimentos podem ser liberados antes do cumprimento de medidas para amenizar os impactos. Para Luiz Alberto, não há problema em conceder prazos, desde que as medidas sejam cumpridas.
O Presidente do IPPUJ nunca vê problema em quase nada. Os problemas são os que insistem em aparecer. Como Polyanna, parece viver num mundo de fantasia, que nunca se concretiza. A realidade da cidade esta cada vez mais distante da Joinville fantástica dos desenhos coloridos e maquetes virtuais.
19 de dezembro de 2010
Cidades Verdes
Cidades Verdes
Estocolmo e Hamburgo foram as primeiras cidades européias a receber o Premio Cidade Verde. A cada dois anos a premiação se outorga a duas cidades que tem uma política de desenvolvimento urbano voltado a sustentabilidade, a promover a qualidade de vida e que fazem disto um compromisso. Vitoria-Gasteiz e Nantes foram as cidades premiadas nesta segunda edição.
Vitoria-Gasteiz é uma cidade do Norte de Espanha, fez grandes progressos na adoção de medidas para tornar mais ecológico o ambiente urbano tradicional. O centro da cidade é rodeado por um «cinturão verde», uma ampla zona verde parcialmente recuperada de zonas degradadas, assegurando assim a toda a população (cerca de 250 000 habitantes) a possibilidade de viver à distância máxima de 300 metros de um grande espaço aberto verde. Foram criadas numerosas medidas para apoiar e aumentar a biodiversidade e os serviços relativos aos ecossistemas. A flora e a fauna são monitoradas e a fragmentação do habitat é reduzida, formando corredores ecológicos para a preservação da fauna nativa. Alem de implantar uma rede de ciclovias, transporte publico elétrico e fechamento de ruas para o transito de veículos particulares, priorizando o pedestre. A cidade fez também grandes esforços para reduzir o consumo de água e tem por objetivo passar a consumir menos de 100 litros/dia por habitante.
No caso de Joinville poderíamos, se a nossa permanente falta de humildade nos permitisse, aproveitar as excepcionais condições que a natureza nos brinda, e concentrar nossos esforços em manter para as futuras gerações, as áreas de morro ainda remanescentes e a preservação do ameaçado cinturão verde que é a nossa área rural em torno da cidade, objetivo da cobiça de uns e do descaso e desídia de outros. Morar em cidades não quer dizer que tenhamos que aceitar, sem maiores estudos e propostas, os modelos propostos. Alternativas são possíveis e devemos nos esforçar em alcançá-las.
A pesar dos nossos técnicos de plantão estar mais motivados a participar e ganhar os prêmios concedidos as Cidades mais Cinzas e são avessos a quaisquer outras cores que não sejam o cinza concreto ou o gris paver, quem sabe, se como aconteceu com Saulo de Tarso, um dia caem do cavalo e vem finalmente a luz. Mas como estes exemplos são europeus, por aqui não devem nem ser considerados como alternativas possíveis. Uma pena, porque perdemos todos.
Publicado no jornal A Noticia
18 de dezembro de 2010
De costas para a cidade real
De costas para a cidade real
Não é de hoje que o presidente do IPPUJ insiste em confundir e tergiversar realidade e fantasia. A cidade real que ele insiste me não querer enxergar é a Joinville que prevalece e se desenvolve pela omissão e o descaso de pessoas que tendo a responsabilidade de planejar, executar, cumprir e fazer cumprir a lei não o fazem.
A idéia, que prospera nos corredores do IPPUJ, é que atividades de pouco impacto para o transito e que gerem pouco barulho, devem ser autorizadas a se instalar em áreas residenciais unifamiliares, evidencia o tradicional desconhecimento da realidade. A única coisa que começa grande e acaba pequena é o lápis, ainda que alguns formadores de opinião incluem também neste quesito o prestigio do prefeito Carlito, que chegou a prefeitura com ampla maioria da opinião favorável e que hoje desce em picado e convive com índices
de rejeição que superam os 70 %. Do mesmo modo uma pequena gráfica artesanal, ou uma fabrica de chaveiros, de perfumes e sabonetes ou de velas, por citar atividades aparentemente simples e de pouco impacto, ainda que poderíamos incluir consultórios médicos, pequenos comércios e tantas outras atividades, para que possam manter a sua condição de “baixo impacto” estão condenadas a não se desenvolver.
Os nossos planejadores que são manifestamente impotentes para enfrentar o crescimento amalucado da cidade, querem agora Promover, sem explicar como funcionará, um modelo teórico de desenvolvimento antinatural. Que estabelece que as empresas não podem crescer. E é bem sabido que a empresa que não se desenvolve esta irremediavelmente condenada a desaparecer. Ignorar este principio basilar do desenvolvimento econômico e ignorar a própria historia da cidade de Joinville. Prova a estultícia supina dos nossos planejadores de plantão. Permitir, ou o que é pior ainda estimular, a instalação de atividades econômicas em áreas exclusivamente residenciais é um erro e uma bomba de efeito retardado que condenaram de forma definitiva as poucas áreas exclusivamente residências que ainda sobrevivem na cidade.
Para evitar ser tratado de alarmista ou acusado de teorizar sobre possíveis impactos negativos futuros que não devem acontecer. O post Inclui as imagens de pequena gráfica instalada na Rua dos Capuchinos esquina com Rua Platina no Bairro Saguaçu (ZR1) Área residencial unifamiliar. Evidentemente que tampouco esta gráfica começo
u grande. A efeitos deste post, desconsideraremos outras irregularidades cometidas na mesma região nas Ruas Platina, Saudade e Águas Marinhas, como a falta de respeito dos recuos obrigatórios. A pergunta que fica é se a fiscalização é conivente ou é omissa?
17 de dezembro de 2010
16 de dezembro de 2010
Para pensar acordado
Não ajudarás os assalariados se arruinares aqueles que os pagam
Não fortalecerás os fracos por enfraqueceres os fortes.
Um Parque para Joinville
Um parque para Joinville 1
Até pensei!
“Junto à minha rua havia um bosque / Que um muro alto proibia / Lá todo balão caía, toda maçã nascia / E o dono do bosque nem via.”
Chico Buarque, nosso compositor maior, expressou nesse trecho da canção, sem saber, o que hoje sentimos em relação ao belo parque que poderíamos ter. Por isso, foi com alegria que li uma entrevista que o futuro presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville, Carlos Grendene, deu ao colunista Cláudio Loetz, em que colocou como uma de suas metas “trabalhar para que a área central onde está o 62º Batalhão de Infantaria se transforme num grande parque para a população”.
O que está acontecendo com essa área reflete as transformações urbanísticas por que toda cidade passa ao longo de sua existência. Antigamente, os trilhos das ferrovias cortavam as cidades e isso era sinônimo de progresso, pois o trem era o melhor e mais rápido meio de transporte para passageiros e cargas. Atualmente, é um transtorno, mas os municípios têm conseguido mudar o traçado das ferrovias para fora do perímetro urbano e aproveitar a faixa ferroviária para parques, jardins e outros bens públicos.
Quando foi construído o quartel do Exército na área central, não havia a orientação que hoje norteia os planejadores urbanos, de que as cidades precisam de parques públicos de fácil acesso. Por outro lado, se o Exército não tivesse construído o quartel, aquela área, muito provavelmente, poderia estar tomada definitivamente por casas e prédios comerciais.
Portanto, temos que olhar pelo lado positivo. Se os organismos oficiais e representativos da cidade – políticos, empresários, urbanistas, ecólogos, militares – se envolverem numa discussão de alto nível com o comando do Exército, poderá se achar uma solução que seja ganha-ganha, boa para a cidade e para a instituição. A Prefeitura precisa se envolver, oferecendo uma área pública adequada à construção de um novo quartel. Creio que também para o Exército seria positivo, pois se faria um projeto novo e adequado às necessidades de hoje que, sabemos, são bem distintas da época em que o atual foi construído.
Enfim, diálogo respeitoso, mas urgente, deve ser iniciado para alcançar o que fala a canção. “A felicidade morava tão vizinha...”
elydiniz@edmlogos.com.br
Verticalização ?
Com o título Verticalização o jornal A Noticia publica a carta de Carlos Adauto Virmond Vieira que reproduzimos na integra pela sua contundencia e clareza.
· Verticalização?
A verticalização, acima de dez andares, em decorrência do adensamento de pessoas, tem sido apresentada como paliativo aos problemas de mobilidade urbana. Não concordo. O adensamento de pessoas traz os automóveis, o lixo, o esgoto, o barulho etc. Ao contrário do que se propaga, onde se permite a construção de prédios muito altos não se atinge grande densidade populacional, porque prédio alto tem custos de construção e manutenção elevados e só atende ao mercado de alto poder aquisitivo.
Acompanhamos a verticalização de cidades como Curitiba, Florianópolis e Balneário Camboriú, e ela só piorou a qualidade de vida por lá. Nos debates, não se fala sobre a paisagem, a insolação, o regime de ventos, que sofrerão com a verticalização. Muralhas de concreto, de até 24 andares, são uma insanidade. Os primeiros exemplos desta insanidade estão ficando prontos, e assustam. Em uma cidade como Joinville, marcada por umidade e calor, privar as propriedades da luz solar e do regime de ventos é condená-las ao mofo e à insalubridade.
O grande diferencial paisagístico de Joinville são seus (ainda) verdejantes morros. Mas aos poucos a pressão imobiliária está cercando e cobrindo os morros pelo concreto. Nosso espetáculo natural mais belo é o pôr-do-Sol na serra Dona Francisca, que marca o perfil geológico de Joinville. Mas os prédios acima de dez andares cobrem o desenho da serra, nos privando desta paisagem maravilhosa. Em países mais desenvolvidos, como a França e a Alemanha, é direito de todo cidadão usufruir da paisagem. Lá o planejamento urbano proíbe prédios que limitem a vista dos Alpes, da Torre Eiffel ou da Catedral de Colônia. O que nos falta é coragem para tentar um novo modelo de desenvolvimento. A proposta da verticalização tem mais de 50 anos e não apresentou resultado positivo em lugar nenhum. Por uma razão muito simples; ela é contra a natureza do ser humano.
Carlos Adauto Virmond Vieira
Joinville
15 de dezembro de 2010
Produtividade e Qualidade
14 de dezembro de 2010
Caderno de viagem
O Poulet Yassa é um dos pratos mais típicos do Senegal, aqui na imagem o tradicional arroz foi substituído por batata frita, mas o habito de comer coletivamente do mesmo prato é mantido. O visitante recebe por cortesia os melhores pedaços do frango e todos se esforçam em escolher o melhor para agradar. Os garfos na imagem são uma deferência aos convidados, que por cortesia optaram por seguir o costume local de comer com as mãos.
Nada muito diferente que um churrasco entre amigos com farofa e uma cebola assada.
13 de dezembro de 2010
Para pensar acordado
12 de dezembro de 2010
Caderno de viagem
11 de dezembro de 2010
VLT cada vez mais perto de Joinville
O anuncio que Jaragua do Sul é Guaramirim estarão unidas pelo VLT, traz cada vez mais perto o VLT de Joinville (VLT JGS-GUA)
As cidades de Crato e Juazeiro no Ceara já contam com o serviço do VLT, neste caso desenvolvido com tecnologia nacional (VLT CRA-JUA)
Em quanto isto em Joinville...
Calçadas (*)
Calçadas
Nada mais na moda que defender a acessibilidade, o direito de todos a ter acesso a todos os lugares. Em geral o tema da acessibilidade fica reduzido a uma abordagem física. Poder entrar, poder subir, poder atravessar, poder chegar. E nada simboliza melhor esta acessibilidade que a colocação de piso podotatil em algumas calçadas. Tem cidades em que é feito só para “inglês ver” ou em outras palavras para fazer de conta.
As calçadas de Joinville só são tratadas como prioridade publica na área central. A minha memória, que pode me enganar lembra de no mínimo tres intervenções importantes com recursos públicos nas ruas centrais da cidade, uma na gestão Freitag, em que se implantou o petit pavê e se alargaram a maioria das calçadas, outras menores nas gestões Luiz Henrique e Tebaldi, que implantaram o paver como modelo e agora na gestão atual em que de novo as mesmas ruas sofrem uma nova intervenção. Em media nenhuma tem durado mais de 7 anos. Não é preciso discorrer porque a cada certo tempo as calçadas de Joinville são refeitas, definidos novos modelos e padrões e tudo começa de novo, quem concluiu o ensino básico pode saber ou deduzir.
Mas nada contribui melhor a transmitir a imagem de bagunça organizada em que a cidade tem se convertido, que os alegres desenhos e os complexos quebra-cabeças que forma o vermelho do podotatil. Em algumas ruas é colocado ao longo de toda a calçada, paralelo ao eixo da rua, em outras os técnicos alegam que não é necessário, que os deficientes visuais não precisam desta guia ao longo da rua e que só deve ser instalada nos cruzamentos ou pontos de perigo. Na rua XV o projeto prevê o uso compartilhado da calçada entre os deficientes visuais, ciclistas e pedestres. Projetos e alternativas diferentes que confundem mais que esclarecem.
A Conurb publicou e divulga um modelo de calçada, que não conta com a aprovação unânime dos técnicos do IPPUJ, que entendem que deveria ser diferente. A calçada ecológica é uma solução cara para a cidade que aumenta o seu custo de manutenção e onera o morador, que fica a mercê dos devaneios conjunturais dos técnicos de plantão. Hoje a calçada é de um jeito, amanha será de outro, o que evidencia o resultado de uma administração confusa, descoordenada e atrapalhada, em que muitos mandam e ninguém obedece.
10 de dezembro de 2010
Abaixo assinado
Abaixo assinado
Basear o planejamento urbano de uma cidade em abaixo assinados é perigoso.
Reduzir o planejamento a perguntar a pouco mais de duas dúzias de moradores ou proprietários o que acham que deve ser feito numa determinada quadra, representa tratar o planejamento de uma cidade de 500.000 habitantes com um amadorismo assustador.
Pior ainda que as mudanças possam ser aprovadas sem nenhum estudo técnico, sem avaliar o impacto que a aprovação destas mudanças possam ter e que com certeza terão no desenvolvimento de Joinville. O mutismo do IPPUJ por um lado e a forma superficial e alegre com que os temas referentes as mudanças de zoneamento são tratados, beiram em alguns casos a irresponsabilidade e o bom senso recomenda que o MP teria que estar atento e acompanhar um pouco mais de perto as movimentações de uns e o silencio de outros.