31 de agosto de 2010

Cadastre aqui no blog o politico porcalhão

Este blog esta recebendo fotos dos candidatos que ocupam as calçadas com cavaletes, que atrapalham a circulação de pedestres e que enfeiam a nossa cidade.

Veja também Político Porcalhão

30 de agosto de 2010

Uma boa dica

se você é contra o desrespeito visite o link desrespeito
Não vote em políticos que ocupam as calçadas com cavaletes.

Arborização das calçadas do 62 BI


Arborização urbana

Arborizar ruas e praças ajuda a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Melhora a permeabilidade do solo, reduzindo o efeito das enxurradas e principalmente ameniza o calor, chegando a reduzir em alguns graus a temperatura em ruas arborizadas se comparadas com ruas sem arvores.

Nada disto deve ser novidade, porem o efeito negativo de projetos mal executados é maior que os benefícios pretendidos. A criação de áreas de gramado paralelas ao meio fio, representam aumentos do custo de manutenção da cidade, sem chegar a apresentar vantagens significativas, quando a largura das faixas é igual ou menor que 80 cm. Ainda a implantação de faixas de grama, que requerem cortes constantes, em geral devem ser calculados 12 cortes ao ano, ou um por mês, fazem a cidade menos sustentatvel, aumentam a poluição sonora, pelo barulho ensurdecedor das maquinas roçadeiras, e pela poluição dos motores de dois tempos, que na maioria de países não são mais permitidos para este tipo de trabalhos.

A forma amadorista, como continua sendo tratado o verde urbano é preocupante. Sem profissionais com experiência especifica o passivo que as cidades estão adquirindo fica mais e mais caro e difícil de resolver.

A escolha das melhores soluções paisagísticas devem incluir os componentes de sustentabilidade, para que nossas cidades sejam mais verdes, tenham maior qualidade de vida e mais eco-eficientes.

A censura é burra



Publicado por Adriana Vandoni

Já tivemos presidentes para todos os gostos, ditatorial, democrático, neo-liberal e até presidente bossa nova. Mas nunca tivemos um vendedor de ilusão como o atual. Também nunca tivemos no Brasil, como agora, uma propaganda à moda de Goebbels (Ministro da Propaganda de Hitler na Alemanha Nazista) . O lema de Goebbels era: uma mentira repetida inúmeras vezes, se tornará uma verdade.

O povo, no sentido coletivo, vive em um jardim de infância permanente. Vejamos alguns dados vendidos pelo ilusionista. O governo atual diz que pagou a divida externa, mas hoje, ela está em 230 bilhões de dólares. Você sabia ou não quer saber? A pergunta é: pagou? Quitou? Saldou? Não. Mas uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. Pagamos sim, ao FMI, 5 bilhões de dólares, o que portanto mostra apenas quão distante estamos do que é pregado para o povo. Nossa dívida interna saltou de 650 bilhões de reais em 2003, para 1 trilhão e 600 bilhões de reais hoje, e a nossa arrecadação em 2003, ano da posse do ilusionista, que foi de 340 bilhões, passou para 1 trilhão e 24 bilhões de reais em 2008. Este ano a arrecadação caiu 1% e, olhem bem, as despesas aumentaram 16,5%. Mas esses dados são empurrados para debaixo do tapete.

Enquanto isso os petralhas estão todos de bem com a vida, pois somente com nomeação já foram 108 mil, isso sem contar as 60 mil nomeações para cargos de comissão. É o aparelhamento do Estado. Enquanto isso os gastos com infra-estrutura (transporte; energia, água/esgoto etc.) subiram apenas 1%, já as despesas com os companheiros subiram para mais de 70%. Como um país pode crescer sem infra-estrutura, sendo essa inclusive a parte que caberia ao governo? O PT vai muito bem, os companheiros estão todos muito bem situados, todos, portanto, estão fora da marolinha, mas nós outros estamos sentindo o peso do Estado petista ineficiente, predador e autoritário. Nas áreas cruciais em que se esperaria a mão forte e intervencionista do governo, ou seja, na saúde, educação e segurança o que temos são desastres e mais desastres, mortandades.

O governo Lula que fala tanto em cotas raciais para a educação, basta dizer que entre as 100 melhores universidades do mundo, o Brasil passa longe. Já os Estados Unidos (êta capitalismo) possuem 20 universidades que estão entre as 100 melhores. O Brasil não aparece com nenhuma... São números. O governo Lula também desfralda a bandeira da reforma agrária. O governo anterior fez mais pela reforma agrária que o PT, mas claro, esses números não interessam. Na verdade não deveriam interessar mesmo.

Basta dizer que reforma agrária é mais falácia do que coisa concreta em beneficio da sociedade. Se querem saber, em todos os países onde houve reforma agrária, logo em seguida eles se tornaram países importadores de alimento. A ex-URSS, Cuba e China são exemplos claros do que estou afirmando. Mas continuamos com o discurso de reforma agrária. A URSS quando Stalin coletivizou a terra, passou a ser importadora de alimento e consequentemente a ser um dos responsáveis pelo aumento do preço do alimento no mundo. Entendam. Cuba antes da comunização com Fidel, produzia 12 milhões de toneladas de açúcar do mundo, hoje não produz nem 2 milhões. A Venezuela tão admirada por Lula produzia 4 mil quilos de feijão por hectare, depois da reforma agrária praticada pelo coronel Hugo Chaves só produz 500 kg por hectares.

Mas os socialistas não sabem nem querem saber dessas questões, ou do trabalho que dá para produzir, para gerar alimentos, isso porque eles tem a sociedade para lhes pagar o salário, as contas e as mordomias, além de dinheiro do contribuinte para colocar comida na sua mesa. Mas eles não sabem nem querem saber sobre o que é produzir, cultivar, plantar alimentos. Pois bem, os companheiros acreditam nos milagres da reforma agrária. Dizem que estão mudando o país. É para gargalhar.

Agora o incrível, e hoje está mais do que comprovado, é que a diminuição dos impostos no setor de eletrodoméstico fez o comércio e indústria neste setor produzir e vender mais. O aquecimento na venda de carros também surtiu efeito com a redução de impostos. O que fica definitivamente comprovado é que imposto nesse país (a mais alta taxa tributária do mundo) é um empecilho ao progresso e ao desenvolvimento. Mas o discurso dos petistas é outro. Ou seja, uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. É o ilusionismo de Lula.

COMO O BLOG DA ADRIANA VANDONI, FOI AMORDAÇADO JUDICIALMENTE PELO GOVERNO, VAMOS DIVULGÁ-LO!

29 de agosto de 2010

Balanço da greve

Balanço da greve

Concluída a greve, é oportuno avaliar a estratégia e os resultados obtidos por cada uma das partes envolvidas.


Para os contribuintes queda uma conta de R$ 40.000.000 adicionais a cada ano, para manter o funcionalismo publico municipal.


Para o executivo um desgaste forte e principalmente a exposição da sua fragilidade e dificuldade em lidar com os problemas antes que se avolumem e compliquem.


Para o funcionalismo a imagem projetada é de uma estrutura que cresce e incha a cada mês ignorando a sociedade a quem deve servir.


Para a Câmara de Vereadores ficou a imagem de servir como caixa de ressonância, para que uns e outros fizeram seus discursos histriônicos para uma platéia barulhenta e mal-educada, sem maiores compromissos com a sociedade.

Trânsito e Peleguismo - Apolinario Ternes

O escritor e historiador joinvilense Apolinario Ternes, nos deleita uma vez mais com o seu texto inteligente, vibrante e critico.
Trânsito e Peleguismo publicado no jornal A Noticia

VLT X Corredores de Onibus

Novas opiniões enriquecem o debate entre o apoio aos corredores de ônibus ou os veículos leves sobre trilhos ou VLTs.

No jornal A Noticia o jornalista José Antonio Baço publicou o seguinte texto:

BAIXO

Li as explicações do presidente do Ippuj, Luiz Alberto de Souza, sobre a questão VLT (metro de superfície) e do BRT (corredores de ônibus). Não convence. Não adianta pegar em números e estatísticas e achar que isso explica tudo. Se a gente torturar os números, eles confessam o que a gente quiser. O BRT raramente é uma solução de planejamento, de antecipação, de previsão. É quase sempre uma forma de minimizar problemas já existentes. Pode ser uma opção mais viável em termos financeiros, mas nunca será uma solução de futuro, especialmente em termos ambientais. Mas, pensando bem, priorizar o BRT pode ser um avanço: é mais ou menos como estar à beira do precipício e avançar um passo. Ah... e nas grandes cidades do tal “primeiro mundo” os ônibus são quase sempre o pior meio de transporte coletivo.

As justificativas dos técnicos do IPPUJ, perdem consistência a cada dia, quando confrontadas a outras distintas. Se por um lado a diversidade de opiniões enriquece o debate e mostram que existem outras alternativas viaveis, pelo outro evidenciam, como o IPPUJ esta cada dias mais isolado da realidade e da sociedade joinvilense, pela defesa de posições de governo e não da cidade. A visão de governo e curta e míope. Joinville precisa enxergar e planejar para alem da mediocridade.

27 de agosto de 2010

Muito obrigado

Muito obrigado


A aprovação das ARTs e ainda o aumento do tamanho de algumas, representa um momento especial na historia desta pujante cidade e devemos reconhecer com orgulho o papel desempenhado por alguns dos seus principais protagonistas.


Se num primeiro momento a Câmara de Vereadores tomou uma decisão corajosa, a propor a retirada de todas as áreas que acabariam representando um aumento do perímetro urbano da cidade, perímetro que é bom que se diga, já é hoje, do tamanho do da cidade de São Paulo, o que não parece pouco. Os vereadores tem sabido adequar suas posições e discursos aos dados e documentos apresentados com mais entusiasmo que de habitude por importantes lideranças locais. Que tem mostrado um poder de convencimento acima da media.


Aos apelos veementes da ACIJ e Ajorpeme, os vereadores responderam com magnanimidade exemplar, tanto ao aceitar ARTs incluir de novo áreas, que tinham sido retiradas, com estruturados argumentos, pelos mesmos vereadores que agora num exemplo de adaptabilidade e em reconhecimento publico da capacidade de persuasão dos seus interlocutores, as defendem com convencimento e entusiasmo admirável.


Aumentar o perímetro urbano tem forte impacto sobre os custos da cidade, obrigará a estender os serviços públicos de energia, água e esgoto, influirá sobre o custo da tarifa do transporte coletivo e fará de Joinville uma cidade menos eficiente, pelo desaproveitamento dos investimentos públicos já feitos. Novas ruas precisarão ser pavimentadas e novos investimentos públicos serão necessários em áreas mais longínquas. Cientes da lógica perversa que representa esta aumento da cidade, os delegados que votaram na Conferencia da Cidade as diretrizes do Plano Diretor de Joinville, decidiram não permitir o aumento do perímetro urbano, por entender que Joinville mantém vazios urbanos desocupados, que devem ser melhor utilizados e incluíram este conceito em todas as diretrizes propostas e aprovadas.


A cidade deve reconhecer o empenho denodado de alguns dos seus lideres mais destacados, neste esforço diuturno para conseguir que novas áreas sejam incorporadas ao tecido urbano e com isto passem a ter novos valores. Gostaria desde este espaço de propor que as novas ruas e avenidas, que cortarão as novas Áreas de Transição, reconheçam os nomes destes joinvilenses ilustres, paladinos do desenvolvimento. Nada parece neste momento mais meritório.

Para pensar acordado

A política deixou de ser uma arte fascinante. Está misturada a outras artes.

Moacir Bogo - Empresario

26 de agosto de 2010

Para pensar acordado


Enquanto os alemães têm um polvo imerso num aquário, que sabe de tudo,
os brasileiros têm uma lula, curtida na cachaça, que nunca sabe de nada."


(Autor desconhecido, mas muito atento)

Os Dilmistas com certeza não gostarão


Este blog já fez as suas escolhas e Dilma não é uma delas

24 de agosto de 2010

VLT e Trem Bala (*)


VLT e Trem Bala

Uma declaração de Udo Dohler serviu para colocar em pauta o tema do VLT ou metro de superfície, gente que entende do riscado, acha que é viável e que esta na hora de começar a pensar nisto, sob risco que nunca seja possível. Gente que esta no governo municipal e que da noite para o dia virou especialista no tema, defendendo o modelo movido a pneu e diesel, mais barulhento, poluidor e de tecnologia ultrapassada.

Empresários do setor do transporte coletivo consideram que um VLT ligando nada a coisa nenhuma e sem integração não é rentável, e não estão isentos de razão. O governo do presidente Lula, coincidentemente do mesmo partido que a equipe que governa Joinville, tem desenvolvido um modelo de investimento em transporte publico, para o Trem Bala, que caso saia do papel, algum dia ligará Campinas – São Paulo e o Rio de Janeiro. O modelo da engenharia financeira, utiliza o velho e bom BNDES, e permite que os empresários participem do investimento com 30% do valor e banco publico aporte os outros 70 %. Um modelo capaz de convencer o inversor mais temeroso. Ainda para ajudar a viabilizar o negocio esta prevista uma garantia da demanda de passageiros por meio de subsídios ou de mágicas financeiras.

O trem bala tem que balizar preços com a ponte aérea, que é a sua principal concorrente. O transporte coletivo de Joinville, concorre com carro usado, motos, com prestações do tamanho do custo de passagem de ônibus.


Estimular ou não o uso do transporte coletivo é uma decisão que precisa ser tomada, o que até agora não tem acontecido, ao contrario ao longo do tempo, temos contribuído a criar e consolidar a situação atual, o aumento do perímetro urbano, a incorporação de gratuidades e subsídios sociais, lançados integralmente sobre a tarifa, tem feito que o modelo atual seja caro e concorra em desvantagem com outros modelos de transporte, mais rápidos e mais econômicos.

Colocar Joinville as portas do futuro, ou continuar apostando em modelos ultrapassados é uma decisão de governo, a diferença de decisões de cidade e de governo e sutil, as primeiras são de longo prazo e são estratégicas, as segundas tem um horizonte de no máximo quatro anos e uma abordagem mais paroquial.

Kinder planejamento

A cada dia mais a forma como se apresentam os temas referentes a planejamento urbano de Joinville, estão ficando parecendo com um ovo Kinder, aqueles em que você só sabe o premio, ou o resultado, depois que abre.

Quanto mais transparente e aberto seja o planejamento melhor para todos.

Arvores e ambiente urbano


É possível manter um equilíbrio entre arvores e ambientes construídos, sem que seja sempre preciso cortar as arvores.

A realização de ajustes, permitirá cidades mais verdes e ambientes urbanos mais sadios.

23 de agosto de 2010

Uma opção turistica

Cartagena de Indias - Colômbia uma bela opção turística

Sobre a costa do Caribe colombiano, a cidade de Cartagena de Indias é um boa opção turística, com opções de gastronomia e boas praias. Vale a pena incluir na agenda.

VLT e Trem Bala

O debate entre o VLT e os corredores de onibus, me lembrou este texto do Elio Gaspari, sobre o trem bala. Dem uma lida, postarei um post sobre VLT - Transporte Coletivo e Trem Bala.

ELIO GASPARI: Trem-bala virou uma coisa muito estranha

NOSSO GUIA precisa congelar as iniciativas destinadas a apressar a concorrência para a construção de um trem-bala ligando o Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas. Deve fazê-lo porque não fica bem para um presidente com poucos meses de mandato decidir a contratação de uma obra de R$ 34,6 bilhões. Trata-se de um ervanário equivalente à construção de 170 quilômetros de metrô, sabendo-se que as malhas de São Paulo e do Rio somam apenas 104 quilômetros. Se o Grande Mestre persistir, criará a última encrenca de seu governo, ou a primeira do mandato seguinte.

O projeto do trem-bala poderia ter sido uma joia da coroa da política de investimentos do atual governo, mas transformou-se num almanaque de má gestão, improvisações e leviandades.

Em 2007 o Tribunal de Contas recebeu um projeto que quase certamente concederia a obra ao consórcio italiano Italplan. Ele prometia entregar o trem sem pedir um tostão à Viúva. A obra começaria no ano seguinte, estaria pronta em 2016 e custaria em torno de R$ 9 bilhões. O TCU estudou a matemática do projeto e salvou a Viúva, chutando a bola para fora. Estava tudo errado, da estimativa dos custos à previsão da demanda.

Pior: o trem sairia do Rio e, 90 minutos depois, chegaria a São Paulo, sem qualquer parada. Não há no mundo trem de alta velocidade que faça um percurso de 400 quilômetros sem estações intermediárias.

O governo passou o assunto ao BNDES, e os estudos recomeçaram do zero. Mesmo assim, o voluntarismo do Planalto incluiu o trem-bala no PAC. Se o BNDES estava estudando a viabilidade da obra, a cautela sugeria que se esperasse a conclusão da análise. A esta altura, felizmente, a linha havia sido estendida a Campinas.

No início de 2009 a estimativa do custo do trem-bala pulou para R$ 11 bilhões, prevendo oito paradas, uma delas em São José dos Campos. A linha ficaria pronta a tempo de transportar as torcidas da Copa de 20014. Lorota total.

O Tribunal de Contas recebeu há pouco um novo projeto, no qual o custo está em R$ 34,6 bilhões. Desfez-se a fantasia do financiamento privado. Os empreiteiros e fornecedores de equipamentos entram com 30% dos recursos, e a Viúva fica com 70% da conta, quase toda financiada pelo BNDES, com recursos do Tesouro. Os interessados também querem que haja uma garantia da demanda de passageiros por meio de subsídios ou de mágicas financeiras. A tarifa, que começou em R$ 103 e agora está liberada, sob um teto de R$ 206 na classe econômica do trecho Rio-SP.

Técnicos do BNDES que estudaram o projeto viram que um trem para o percurso Rio-São Paulo-Campinas, consumindo R$ 11 bilhões em túneis, é obra de prioridade discutível. Pelas contas de hoje, o trem-bala seria um bom negócio no eixo Campinas-São Paulo-São José dos Campos, mas a prioridade de uma obra dessas poderia ser discutida com o arquiteto Hemiunu, aquele que construiu a pirâmide de Quéops.

Num governo com oito meses de vida e com um candidato oposicionista que não acredita no trem-bala, soa estrondosa a revelação feita à repórter Maria Cristina Frias por Dilma Rousseff, sob cuja coordenação está o projeto: "A primeira fase vai até São José dos Campos, que tem um aeroporto de porte internacional. (...) Além disso, você revitaliza Viracopos". Ou seja, um trem-bala que iria do Rio a São Paulo irá de Campinas e São José dos Campos. Como esse será o trecho barato da obra física (noves fora a compra bilionária de trens e equipamentos), sobrará para o futuro o caroço dos túneis e das pontes na Serra do Mar.

O governo levou dois anos para desfazer a lambança do projeto de 2007. Agora, quer apressar o Tribunal de Contas para iniciar a licitação em maio, em plena campanha eleitoral, com todas as ansiedades e promessas típicas desses períodos. Quem achar que há algo de estranho nisso pode ter certeza: há algo muito estranho nisso.

20 de agosto de 2010

Outorga onerosa a quem interessa?

Outorga onerosa a quem interessa?


Quando na Câmara de Vereadores iniciou o debate sobre a verticalização em Joinville, temas de fundo quedaram na gaveta. Caso se aprovasse a proposta, sem maiores estudos, a cidade poderia perder muito, e ainda pior, uns poucos, os mesmos de sempre, poderiam ganhar muito.


Numa cidade que se esquece de prever no orçamento recursos para desapropriar as áreas que precisa a justificativa da falta de recursos, não convence a ninguém, é pura imprevidência. Que tem levado a construção de obras públicas de em áreas previstas para estacionamentos ou áreas verdes, como já sucedeu no Hospital São José e no Centreventos, que tem tudo para se converter, aos poucos, num cortiço cultural.


A outorga onerosa é uma alternativa interessante, para socializar parte do lucro resultado da especulação imobiliária, permite que os recursos sejam dirigidos para obras que melhorem a cidade, a compra das áreas dos parques de Curitiba, foi possível pelos recursos originados pela outorga onerosa. Joinville poderia dar um grande avance se aprovasse uma lei clara, transparente e democrática, que a estabelecesse. Com uma visão de desenvolvimento urbano e não de pura arrecadação, como inicialmente parece.


Quem quiser construir acima do estabelecido pela lei, o poderia fazer, respeitando determinadas regras e parâmetros urbanísticos e toda a sociedade poderá ser recompensada pela perda de qualidade que a verticalização excessiva promove. Por isto a aprovação sem estudos adequados, de edifícios maiores que os atuais 18 pavimentos, representariam um tiro no pé para Joinville. Estaríamos dando um presente a poucos, sem exigir nada em troca. O custo da outorga onerosa é uma decisão do empreendedor imobiliário, que feitas às contas, decidira ou não, optar pelo pagamento. Desde já, proponho que todos os recursos originados por este dispositivo legal, sejam destinados a adquirir áreas verdes localizadas no perímetro urbano e que estão sob constante ameaça da especulação imobiliária. Comecemos pelo Morro do Boa Vista e continuemos pelo Morro do Finder.


Seria conveniente que a outorga onerosa, fosse encaminhada, para analise do Conselho da Cidade, de forma completa, sem recortes. A lerdeza com que estes temas são tratados, preocupa e levanta suspicacias. É importante que seja tratada de forma rápida e que seja possível entender o impacto para toda a cidade, para evitar que uma boa idéia, acabe sendo usada só para arrecadar e não como a importante ferramenta de planejamento urbano que pode chegar a ser.


Publicado pelo jornal A Noticia

VLT X Onibus

A troca de informações e desinformações que tem surgido na imprensa local nestes dias sobre o Metro de Superfície ou VLT versus a opção dos corredores de ônibus é interessante. Mas esta ficando tendenciosa. Divulgar informações de forma parcial e truncada, não ajuda a esclarecer o debate, pelo contrario gera confusão ao comparar alhos com bugalhos.

Comparar só os custos dos investimentos, sem considerar outros pontos, como a vida útil, a capacidade operacional, a velocidade media de operação, o numero de passageiros transportados, os índices de segurança, o nível de conforto para os usuários ou o nível de poluição é reduzir o debate a uma visão míope e tendenciosa.

Bem vindo o debate desde que seja amplo, transparente, esclarecedor e aberto.

19 de agosto de 2010

Miriam Leitão - O Globo

Segunda ameaça

Míriam Leitão, O Globo, 18/08/10

O Brasil perderá esta eleição, independentemente de quem vença, se ficarem consagrados comportamentos desviantes assustadoramente presentes na política brasileira. Uso de um fundo de pensão para construir falsas acusações contra adversários, funcionários da Receita acessando dados protegidos por sigilo, centrais de dossiês montados por pessoas próximas ao presidente.

A cada eleição, fatos estarrecedores têm sido aceitos como normais na paisagem política, e eles não são aceitáveis. Quando a Polícia Federal entrou no Hotel Ibis, em São Paulo, em 2006, e encontrou um grupo com a extravagante quantia de R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo tentando comprar um dossiê falso, havia duas notícias. Uma boa: a PF continuava trabalhando de forma independente. A ruim: pessoas da copa, cozinha, churrasqueira e campanha do presidente da República e do candidato a governador pelo PT em São Paulo estavam com dinheiro sem origem comprovada e se preparando para um ato condenável. A pior notícia veio depois: eles ficaram impunes.

Nesta eleição, depoimentos e fatos mostram que estão virando parte da prática política, principalmente do PT, a construção de falsas acusações contra adversários, o trabalho de espionagem a partir da máquina pública, o uso político de locais que não pertencem aos partidos.

As notícias têm se repetido com assustadora frequência. O verdadeiro perigo é que se consagre esse tipo de método da luta política. A democracia não é ameaçada apenas quando militares saem dos quartéis e editam atos institucionais. Ela corre o risco de “avacalhação”, para usar palavra recente do presidente Lula, quando pediu respeito às leis criminosas do Irã.

Sobre o desrespeito às leis democráticas brasileiras, Lula não teme processo de “avacalhação”, pelo visto. A Receita Federal não presta as informações que tem o dever de prestar sobre os motivos que levaram seus funcionários a acessarem, sem qualquer justificativa funcional, os dados da declaração de imposto de renda do secretário-geral do PSDB, Eduardo Jorge. Nem mesmo explica como os dados foram vazados de lá. Se a Receita não divulgar o que foi que aconteceu, com transparência, ela faz dois desserviços: sonega ao país informações que têm o dever de prestar antes das eleições; mina a confiança que o país tem na instituição, porque sua direção está adiando, por cumplicidade eleitoral, a explicação sobre o que houve naquela repartição.

Nas últimas duas semanas, a “Veja” trouxe entrevistas de pessoas diretamente ligadas ao governo e que trabalham em múltiplos porões de campanha. O que eles demonstram é que aquele grupo de aloprados do Ibis não foi um fato isolado. Virou prática, hábito, rotina no Partido dos Trabalhadores. Geraldo Xavier Santiago, ex-diretor da Previ, contou à revista que o fundo de pensão, uma instituição de poupança de direito privado cuja função é garantir a aposentadoria dos funcionários do Banco do Brasil, era usada para interesses partidários. Com objetivos e métodos escusos. Virou uma central de espionagem de adversários políticos. Agora, é o sindicalista Wagner Cinchetto que fala de uma central de produção de espionagem e disparos contra adversários; não apenas tucanos, mas qualquer um que subisse nas pesquisas.

Esse submundo é um caso de polícia, mas há outros comportamentos de autoridades que passaram a ser considerados normais nas atuais eleições. E são distorções. Não é normal que todos os órgãos passem a funcionar como ecos do debate eleitoral, usando funcionários pagos com os salários de todos nós, estruturas mantidas pelos contribuintes. Todos os ministérios se mobilizam para consolidar as versões fantasiosas da candidata do governo ou atacar adversários, agindo como extensões do comitê de campanha. Isso é totalmente irregular. Na semana passada, até o Ministério da Fazenda fez isso. Um relatório que é divulgado de forma rotineira, virou palanque e peça de propaganda, com o ministro indo pessoalmente bater bumbo sobre gráficos manipulados para ampliar os feitos do atual governo e deprimir os do anterior. O que deveria ser técnico virou politiqueiro; o que deveria ser prestação de contas e análise de conjuntura vir ou peça de propaganda.

Um governo não pode usar dessa forma a máquina pública para se perpetuar; órgãos públicos não são subsedes de comitês de campanha; fundos de pensão não são central de fabricação de acusações falsas; o governo não pode usar os acessos que tem a dados dos cidadãos para espionar. Isso mina, desqualifica e põe em perigo a democracia. Ela pressupõe a neutralidade da máquina mesmo em momentos de paixão política. Nenhuma democracia consolidada aceitaria o que acontece aqui. A Inglaterra acabou de passar por uma eleição cheia de paixões em que o governo trabalhista perdeu por pouco, mas não se viu lá nada do que aqui está sendo apresentado aos brasileiros com naturalidade, como parte da disputa política. Crime é crime. Luta política é um embate de propostas, estilos e visões. O perigoso é essa mistura. Como a História já cansou de demonstrar, democracia não significa apenas eleições periódicas. A manipulação da vontade do eleitor, o uso de meios ilícitos, o abuso do governante ameaçam a liberdade, tanto quanto um ato institucional.

Corredores de Onibus - Veiculo Leve

A troca de informações e desinformações que tem surgido na imprensa local nestes dias sobre o Metro de Superficie ou VLT e la opção dos corredores de onibus é interessante. Mas esta ficando tendenciosa. Porque divulgar informações de forma parcial e truncada, não ajuda a esclarecer o debate.

Informar os custos dos investimentos, sem considerar a vida util, a capacidade operacional ou o nível de poluição é reduzir o debate a uma visão míope e tendenciosa.

Bem vindo o debate desde que seja amplo e aberto.

Produtividade na Construção Civil

O projeto MCMV (Minha Casa, Minha Vida) tem estimulado fortemente o desenvolvimento do setor da construção civil. Novos indices de produtividade e de qualidade estão levando as empresas a contratar pessoal mais capacitado e com maior motivação. As imagens falam por elas mesmas.

18 de agosto de 2010

Mundo Corporativo

“Não interessa como foi a reunião.....

Volte para casa sempre de cabeça erguida !!!”

Grandes Joinvilenses Ilustres


Brincando a serio.

A nossa homenagem de hoje, lembra a figura de Nicodemus Hartmann, poeta e jardineiro amador. Nascido em Totten und Thor, na antiga Pomerania, chegou a Joinville ainda jovem, numa das barcas que faziam regularmente a ligação entre Hamburgo e a Colónia Dona Francisca. Durante a longa viagem marítima, conheceu e se apaixonou perdidamente de Herminia Carolina Francisca Trump, com quem manteve um romance platónico, ao longo de toda sua vida. Fruto deste romance adolescente, surge a sua poesia mais intensa e juvenil, com poemas como "Cerejas no pé" e "O teu olhar de mel".
A pesar da jovem Herminia Carolina Francisca, nunca ter retribuído as suas românticas iniciativas, Nicodemus dedicou sua vida a poesia romântica, em que plasmou o seu amor não correspondido.

Nicodemus compartia sua paixão pela poesia, com a não menos intensa paixão pela jardinagem. Os mais belos canteiros de flor de Joinville sempre foram da sua autoria. A seleção das melhores sementes, a escolha dos adubos adequados e principalmente a sua dedicação e cuidado, o fizeram merecedor dos maiores prémios da jardinagem amadora da Colónia Dona Francisca, tendo sido merecedor do Repolho de Ouro em varias ocasiões e da roseira campeã em 1873. Quando recebeu inclusive uma carta autografada pelo intendente da Colónia, em nome dos príncipes.
A Cidade de Joinville, em reconhecida homenagem, decretou que os canteiros de flor localizados frente ao Fórum, serão denominados "Canteiros de Flor de Época Nicodemus Hartmann"

16 de agosto de 2010

Des-articulação. (*)

Des-articulação.


Estou começando a olhar a gestão do prefeito Carlito Merss com outros olhos. Vejo nele cada vez mais, um homem convicto que esta fazendo um bom governo e que o resultado da sua gestão aparecerá. Um pouco como aqueles filmes hollywoodianos, em que o bem sempre vence, o mocinho sempre fica com a mais bonita e no fim todos vivem felizes para sempre.Já faz tempo que os cinéfilos sabem que o cinema mudou muito. Não é sempre que os mocinhos ganham e cada vez mais vezes os herói morre ao final ou a mocinha fica com o mau.


A forma como se relacionam o executivo e a sociedade, e o executivo – legislativo e sociedade entre si, é um sintoma claro que as chances do mocinho ganhar vão ficando reduzidas. Tem que acha que tem muito aprendiz de bandido, na equipe mais próxima do prefeito. Se os temas que são encaminhados ao legislativo “já foram amplamente debatidos com a sociedade” em palavras dos secretários responsáveis e quando chegam na Câmara de Vereadores, uma romaria de munícipes, com os que supostamente, tudo já tinha sido negociado e articulado, percorrem gabinetes e participam de audiências para solicitar a retirada de artigos, a modificação de parágrafos e a exclusão de capítulos, a impressão que fica é que o debate com a sociedade ou não aconteceu, ou não atendeu os seus anseios.


A capacidade negociadora e de articulação de alguns destacados membros deste governo esta mais próxima de um tchetnik ou de um membro da jihad islâmica que de um Lê Duc Tho, o hábil negociador do Vietnam do Norte.


Esta constante desarticulação, esta sucessão de conflitos menores, a dificuldade para aprovar as propostas mais singelas, não faz bem a cidade. Na Câmara, nem os mais ferinos opositores teriam como não votar projetos que tivessem sido amplamente discutidos com a sociedade, até porque um novo debate, sobre temas já exauridos, seria trabalho cansativo e estéril. A sociedade seria a primeira que pressionaria pela rápida aprovação das leis e regulamentos, que seriam do seu interesse. Não encaixa com o perfil do prefeito esta forma de fazer politica e o prefeito parece cada dias menos a vontade com esta situação, em que ninguém esta ganhando.

As multas, a arrecadação e os custos


O sempre bem informado Jefferson Saavedra informa que o caixa da Conurb precisa ser complementado pelo orçamento da Prefeitura Municipal de Joinville, porque todo o dinheiro arrecadado com as multas não é suficiente para manter os custos e fazer frente as obrigações que a Conurb tem, como sinalização horizontal e vertical.

Se são verdadeiras as informações sobre a Conurb , ser o unico lugar do mundo aonde a arrecadação do dinheiro das multas da prejuízo. Quaisquer atividade que custe mais do que arrecada esta condenada ao fracasso.

Parafraseando o velho Rockefeller que dizia que o melhor negocio do mundo é uma companhia petrolífera e o segundo melhor negocio é uma companhia petrolífera mal administrada, isto ele falava porque não conhecia a receita das multas de transito.

Pode ser que não seja uma Petrobrás, mas que é rentável é, se não for, tem alguma coisa errada ou muita coisa pendurada nas tetas....do transito.

15 de agosto de 2010

Criatividade é bom

Uma iniciativa inteligente para que as pessoas deixem de usar a escada rolante e utilizem as escadas. Fazer exercício pode ser também resultado de propostas inteligentes.

Aceite o desafio !!!

Para pensar acordado

Desde faz 17 anos Espanha é o pais campeão do mundo em doação de órgãos.

Organização Nacional de Transplantes

Cortando o bolo em pedaços (*)


Esta afeição em separar em pedaços pequenos os temas referentes ao planejamento urbano, só servem para despertar duvidas e principalmente para dificultar o analise das propostas. Aprovar isto, sem saber o tudo, faz que seja muito difícil poder apoiar ou não as propostas em discussão.

Suspicácias naturais fora, a duvida que permanece e insiste em ficar, é porque não encaminhar de uma vez a proposta completa? O Executivo tem alegado que a minoria que tem na Câmara de Vereadores, não o deixa confortável para enviar projetos mais complexos ou mais elaborados. Porque os vereadores teriam mais facilidade para alterar ou modificar as propostas encaminhadas. Este discurso ignora o principio republicano do equilíbrio entre os poderes, e acaba cerceando o debate tanto entre a sociedade, no Conselho da Cidade, como na Câmara, que acaba só apreciando os temas de uma forma parcial e que teme, com razão estar dando cheques em branco, para o executivo.

Definir as linhas mestres do projeto que estabelecê a outorga onerosa, detalhando, para que serão utilizados os recursos originados por esta nova fonte de receita, quando e como poderá ser transferido o potencial construtivo, a extensão e as regras para a outorga onerosa em todas as áreas da cidade, são pontos que não deveriam ser tratados de forma separada, exceto no caso que o objetivo seja, uma vez mais, ter pressa para beneficiar a alguns imóveis ou proprietários.

Quando o torpor da administração publica se vê sacudido pela priorização de determinados temas, menos urgentes, frente a outros de maior importância, é bom ficar de olho, porque jabuti não sobe em toco.

Campanha Eleitoral

A matemática aplicada as campanhas políticas:

+ campanha = - idéias + platitudes - sinceridade - conteúdo

14 de agosto de 2010

Concursos Públicos

Concursos Públicos


A idéia de concurso publico, não é para contratar mais gente na maquina publica, que nos últimos anos tem crescido de uma forma assustadora. A idéia é a de defender que quando se utilizem recursos públicos seja obrigatória a contratação dos projetos por concurso publico. Os institutos de planejamento, e nos temos também um em Joinville, parece que esgotaram a capacidade para criar, os profissionais que neles trabalham, precisam pensar, planejar e fazê-lo melhor do que o tem feito até agora, os desafios são maiores e a sensação é que eles e a sociedade estão começando a ficar cansados, das mesmas soluções de sempre.


Alguém pode até defender que os projetos feitos por estes profissionais a soldo do município, são mais econômicos. Tem quem se ilude imaginando que são de graça, esquecendo o custo que representa para Joinville manter uma estrutura como a do IPPUJ por exemplo. Não me parece justo, exigir que os mesmos urbanistas planejem a Joinville das próximas décadas, e tenham que dedicar tempo e esforço a projetar pinguelas, praças, boulevares, calçadas, ciclofaixas, obras menores, que pela simplicidade, nem deveriam tomar o seu tempo. O ideal seria que toda esta inteligência e esta capacidade se dedicassem integralmente a definir os rumos da cidade do amanha. A recuperar o atraso em que estamos.


Abrir para as centenas de profissionais competentes e sérios que aqui trabalham a oportunidade de projetar e detalhar, serviria para que visem à luz novas idéias, que tem tudo para serem mais criativas, mais econômicas e melhor projetadas. As queixas, que não tem sido poucas, sobre a qualidade dos projetos que alguns órgãos públicos elaboram, diminuiriam ou até poderiam desaparecer. Não teríamos alterações aos projetos, nem seria preciso recalcular estruturas e decks. A sociedade poderia inclusive escolher entre diversas alternativas, ficaríamos livres da ditadura da unicidade de pensamento que hoje impera em Joinville. Entra governo e sai governo e as soluções apresentadas, continuam saindo das mesmas gavetas, as idéias continuam as mesmas. Querer que as coisas mudassem, e continuar fazendo sempre o mesmo é impossível.


Publicado no jornal A Noticia

13 de agosto de 2010

Arvores e ambiente urbano




É possível equilibrar arborização e fiação aérea. É só querer.

Pode até dar mais trabalho, mas o resultado compensa. Não é preciso cortar as arvores.

Guarda Municipal incorpora unidade canina

A Guarda Municipal de Joinville incorpora novos serviços e tecnologia, além do radar para identificar veículos com o IPVA atrasado, também uma unidade canina, esta treinada para aprender as placas dos veículos irregulares.

Vejam os novos agentes em ação, numa blitz.

12 de agosto de 2010

Os Anões e o Circo


Os Anões e o circo


Inicialmente esclarecer que os anões aqui citados, não fazem referencia a nenhum grupo especifico de pessoas de baixa estatura, ou desavantajadas verticalmente, se trata só de uma figura de linguagem.


É comum acreditar que se o governo, quaisquer governo, o nosso daqui ou outro que se situe mais longe, comprasse um circo, no dia seguinte os anões começariam a crescer, a mulher barbuda perderia a barba ou os palhaços esqueceriam das piadas e truques. Pode parecer exagero. Mas a cada dia, os fatos provam que a historia ganha força entre as pessoas mais ou menos esclarecidas, até se converter numa verdade.


Alguns exemplos locais ajudam a reforçar este mito. Quando iniciou em Joinville um programa modelo de educação para o transito, que se chamava Aluno Guia, que tinha como objetivo alem de formar cidadãos melhores para o futuro, melhorar a segurança na frente das escolas e reduzir a demanda por policiais militares, na época, hoje guardas municipais, na frente das escolas nos horários de entrada e saída das crianças. A idéia era brilhante mesmo não sendo original, o modelo existe em muitos países, alguns próximos como o Paraguai, de onde foi importada a feliz idéia. Aqui alguém, temendo perder o emprego, determinou que o Aluno Guia só pudesse funcionar com a presença de um agente de transito. Desta forma o modelo vencedor morreu na casca. Não foi possível de implantar em todas as escolas, não reduziu a presença dos agentes e acabou restrito a poucas escolas e mobilizando ainda mais agentes. O que convenhamos é uma pena.


Imaginar que seja preciso um mestrado em segurança de transito, cursos de defesa pessoal, conhecimento profundo do Código Brasileiro de Transito e outras quireras mais, para que os veículos parem na frente de uma escola, com faixa de pedestres, para que as crianças possam atravessar em segurança é querer complicar as coisas simples. Complicar é uma atividade em que Joinville em particular e o Brasil de uma forma geral, é campeão mundial disparado.


Por isto ninguém deve se surpreender se numa blitz da Conurb o numero de agentes chega perto de uma dúzia, para fazer o que poderia ser feito e bem feito por 2 ou 3 agentes. Temos que lembrar que o nosso Aluno Guia foi uma escola de como duplicar esforços e reduzir a eficiência, e nisto ninguém é melhor que nós.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville

11 de agosto de 2010

Para pensar acordado

Em epoca de campanha eleitoral, devemos ter muito presente a maxima de Francisco de Quevedo:

"Ninguem ofereçe tanto, como aquele que não vai cumprir"

9 de agosto de 2010

Política e Religião (*)

Política e Religião


Neste emaranhado ideológico pragmático em que tem se convertido a política nacional, alguns grupos se destacam sobre os demais, os chamados candidatos religiosos. Agrupados em correntes como Fé na Política, Congresso Quadrangular, Políticos Carismáticos ou Evangelistas da Política, conseguem em prol da governabilidade, transitar com surpreendente facilidade por todo o espectro político partidário.


A sua atuação me lembra uma parábola, que tenho certeza de ter lido numa versão pouco divulgada da bíblia, traduzida do aramaico a língua geral e desta ao português. Conta a parábola que tendo que se ausentar temporariamente da sua responsabilidade como guardião das portas do céu, São Pedro pediu a um querubim que o substituísse na sua curta ausência. Para facilitar o labor do querubim, lhe entregou uma bíblia e um feixe de bilhetes de R$ 100, cada candidato a entrar no Céu, deveria escolher um dos dois, se fosse a bíblia, o acesso estaria assegurado, caso escolhesse o dinheiro, o destino seria o andar de baixo.


Ao voltar, São Pedro perguntou como foi, e o querubim relatou a facilidade do processo, os que escolheram a bíblia, tiveram o acesso franqueado e os que escolheram o dinheiro não foram aceitos. Ficou porem uma duvida, com um caso pontual.


Um dos candidatos escolheu a bíblia e antes que a porta se abrisse, a folheou com interesse, pediu um bilhete para marcar uma pagina determinada, porque aquele salmo preciso lê pareceu interessante. Outro bilhete marcou a pagina do Gênesis, para o Cantar dos Cantares precisou de vários bilhetes, outro serviu para sinalar o inicio da historia do Êxodo, um outro para o Apocalipse e foi marcando cada versículo e cada capitulo, até que os bilhetes acabaram. Só depois o candidato entrou no Céu, segurando fervorosamente a sua Bíblia.


São Pedro lamentou que a sua ausência tivesse sido aproveitada para furar o bloqueio que um dia sim e outro também, estabelece nas portas do céu, para evitar a entrada destes sátrapas, figuras destacadas do sinédrio. Destacados na sociedade pela sua capacidade de engabelar e multiplicar pães e peixes, em quantidades que fariam a Jesus Cristo avermelhar de vergonha.

Grandes Joinvilenses Ilustres


Brincando a serio.

Este blog homenageia hoje a Deoclezio Gumersindo Schachter, inventor do ponto de ónibus ecológico. Deoclezio foi um dos grandes precursores da cidade ecológica e sustentável, nascido em Guamiranga, adotou Joinville aos poucos anos de idade, quando veio para fazer os seus estudos, ainda jovem mostrou sua preocupação com o meio ambiente e em quanto os seus amigos e colegas de escola, perseguiam passarinhos, ele desenvolveu o projeto do primeiro ponto de ónibus ecológico de Joinville, frente aos projetos mais custosos propostos e implantados pela prefeitura, os postos de ónibus de Deoclezio se destacam pela sua concepção simples e eficiente, a cobertura é proporcionada por árvores nativas, que além de proporcionar sombra, servem de refugio e alimentos a pássaros silvestres.

O trabalho deste joinvilense ilustre, só foi valorizado depois da sua trágica morte, acontecida numa ciclofaixa na rua Dona Francisca. No aniversário do trágico acidente, a sociedade promoveu uma arrecadação para implantar um ponto de ónibus ecológico que leva seu nome, no bairro Saguaçu.

8 de agosto de 2010

Vai estudar, Otario

Simplificar


De Portugal chega uma criativa idéia de como simplificar as coisas complexas, uma despretensiosa estação meteorológica fornece todas as informações necessárias para a tomada de decisão em assuntos de clima.

7 de agosto de 2010

Para pensar acordado

Os diplomatas não gostam de dizer o que pensam, os políticos não gostam de pensar o que dizem.

Peter Ustinov

TAPEÇARIA DE PENELOPE

TAPEÇARIA DE PENELOPE

A metáfora “colcha de retalhos” resume entendimento corrente sobre a legislação urbanística em vigor na cidade de Joinville. Novos estatutos estão em vias de concretização, e na ordem primeira esta a Lei Complementar do Macro-zoneamento. De forma simples podemos resumir dizendo que tal lei delimita os territórios da cidade segundo suas vocações ou atendendo as diretrizes de sustentabilidade social, econômica e ambiental entre outras. Sua aplicação legal se imporá sobre os ambientes (natural ou construído) da cidade.

Portanto a matéria é sobre o “direito ao ambiente”, que merece de todos interesse devido suas conseqüências sobre nosso espaço de vivência. Quanto mais me dedico ao tema das relações dos espaços da cidade, mais pergunto do que estamos falando afinal. A metodologia adotada na sua concretização tem apenas gerado replica da torre de Babel, onde poucos se entendem, ou quando se entendem discordam quanto aos interesses.

Por inúmeras razões afirmo que engatinhamos na procura de técnicas proprias, não atingindo nunca desenvolvimento pleno ou tampouco seu ponto de equilíbrio. Nossos caminhos batem com procedimentos horizontais, esquecendo proposital ou por deficiências princípios, regras ou situações que obrigam muitas verticalidades. Portanto reconhecer que na construção da cidade a interação multidisciplinar não é só necessária, sim obrigatória.

Afora deficiências apontadas acima, agora o processo ganha na Câmara de Vereadores outras cores que no projeto do executivo eram deficientemente pictóricas. Primeiro quando os instrumentos de salvaguarda do ambiente que pareciam estar razoavelmente garantidos, que por decisões de gabinete são transformadas em direito administrativo sobre o ambiente, que ira permitir avanço individual e empresarial sobre nossas fronteiras sem menor contrapartida e que no futuro próximo terá seus custos socializados a todos. Tal modelo só aumenta nossos passivos infra-estruturais, contribuindo no sentido inverso de sua solução.

Outra evidencia demonstrada é que apesar de alguns avanços, os legisladores manifestam pouco gosto pelas regras jurídicas no seu sentido exato, preferindo a regulamentação desacompanhada de conceitos e diretrizes apropriadas e oportunistas, quem sabe influenciados pelas demandas de ordem pessoal ou de uma campanha eleitoral.

Neste cenário encontrei nos ensinamentos de Nicolas de Sadeller em seu livro Os Princípios do Poluidor Pagador, uma nova metáfora para facilitar o entendimento de comportamentos dos legisladores municipais, na tese da “Tapeçaria de Penélope: onde o que é feito de dia é desfeito durante a noite,” em que posições ou textos são rapidamente modificados, muito pouco conhecidos e muito mal e desigualmente aplicados.

O direito ao ambiente sustentável para todos cede as tentações oferecidas por agentes que conhecemos ou que deveriamos identificar.

Arno Kumlehn
Arquiteto e Urbanista
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